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Estado de Minas

Serra da Piedade recebe milhares de peregrinos em celebra��o da Sexta-Feira da Paix�o

Peregrinos sobem os 5,5 quil�metros da serra que abriga a bas�lica da padroeira de Minas para relembrar as esta��es do mart�rio de Jesus Cristo, em penit�ncia que marcou a sexta-feira santa


postado em 31/03/2018 06:00 / atualizado em 31/03/2018 07:32

 

Pista íngreme que leva ao alto do maciço e à ermida do século 18 foi percorrida por fiéis de todas as idades(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Pista �ngreme que leva ao alto do maci�o e � ermida do s�culo 18 foi percorrida por fi�is de todas as idades (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

As 14 esta��es do mart�rio de Jesus Cristo em sua caminhada at� a cruz foram a inspira��o para cerca de 2 mil fi�is que subiram nessa sexta-feira em penit�ncia a sinuosa estrada de 5,5 quil�metros at� a Bas�lica de Nossa Senhora da Piedade, em Caet�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. “Neste caminho em que meditamos sobre a paix�o, a morte e a ressurrei��o de Nosso Senhor, tamb�m meditamos sobre as nossas vidas, t�o desordenadas e a dor de um mundo que sofre com a viol�ncia. Pedimos que o senhor toque nossos cora��es e cesse tantas injusti�as, �dio e gan�ncia. Cada passo de cada peregrino, seja uma crian�a ou um idoso, cumpre essa penit�ncia”, disse o padre Carlos Ant�nio da Silva pr�-reitor do santu�rio.

Cedo, antes das 7h, quando o pico rochoso ainda nem podia ser visto, pessoas de v�rias partes j� seguiam em prociss�o pela estrada. Ao longo das curvas e caminhos �ngremes, a fila de peregrinos parava em locais marcados na montanha que lembram os passos de Cristo em seu mart�rio at� a crucifica��o. A fiel Marta Rodrigues da Silva, de 76 anos, subiu pelo asfalto de p�s descal�os. “Todos os anos venho de Itabira para renovar minha f� e agradecer pela sa�de da minha fam�lia e pela nossa prosperidade. N�o � dor nenhuma, � muita f�”, disse.

A n�voa encobriu o pico desde cedo, impondo um frio rigoroso e �mido ao avan�o lento e penoso dos religiosos. “Tudo vale por aquele que se sacrificou por n�s. Este � um momento de nos colocar no lugar de Cristo e abrir nossos cora��es para sua mensagem, que � o que deve nos guiar”, disse o vaqueiro aposentado Bernardo Cl�udio Ribeiro, de 63 anos, que mora em Caet� e vai a todas as celebra��es que pode no Santu�rio da Serra da Piedade.

O grupo teatral do Centro Cultural S�o Jo�o Batista (Cenarc), composto por 40 atores, encenou v�rias passagens da paix�o e morte de Cristo, prendendo a aten��o da plateia que aos poucos se acomodava nos barrancos, por sobre pedras ou encostada em �rvores. Os momentos mais emocionantes foram o da crucifica��o e o descendimento de Jesus da cruz.

Ao lado dos pais, o pequeno Cau� M�rcio de Souza Rodrigues, de 4 anos, assistia a tudo com olhar atento, muitas vezes reagindo com espanto, como quando ocorreram as s�plicas para que se poupasse Cristo de seu sofrimento. “Acho que assim, no meio da natureza, vendo os atores representando essa que � uma das mais maravilhosas hist�rias, as crian�as podem sentir melhor o valor do sacrif�cio do Nosso Senhor”, disse o pai do garoto, o comerciante Andr� Borges Rodrigues, de 40.

Mesmo ao fim da missa rezada na ermida do s�culo 18 no ponto mais alto da serra, muitas pessoas decidiram descer a mesma estrada para cumprir o restante de suas penit�ncias. Outras pessoas, aproveitaram para lanchar e visitar o espa�o que � um dos marcos de f� de Minas Gerais, elevado � condi��o de bas�lica pelo papa Francisco no ano passado, quando o santu�rio comemorou seus 250 anos de funda��o.

 

 

Supl�cio que  se estende ao meio ambiente


Apesar de se tratar de um momento de sacrif�cios e de penit�ncia, com muitas pessoas sinceramente abrindo seus esp�ritos para uma mudan�a para melhor, parte dos frequentadores do Santu�rio da Bas�lica de Nossa Senhora da Piedade deixou a desejar ao poluir a estrada e as matas do entorno. Nas canaletas, muitas embalagens de biscoitos e sacos pl�sticos de sandu�ches consumidos ao longo da subida acabaram atirados ao solo, voando pelo asfalto ou se prendendo a �rvores e ao mato.

Pela estrada h� pelo menos quatro pequenas grutas de forma��es rochosas, em uma estrutura de min�rio de ferro conhecida como canga. Algumas delas ainda est�o em forma��o, vertendo �gua do interior da rocha. Tais locais acabaram se tornando dep�sitos de garrafas de �gua usadas, garrafas de vidro e lixo produzido pelos caminhantes que deveriam zelar pelo santu�rio durante a peregrina��o.

O empres�rio Roberto de Vaz, de 45 anos, e sua esposa, a dentista Maria Auxiliadora Ferreira, de 37, levaram os tr�s filhos para as celebra��es como uma forma de passeio e de crescimento espiritual. Trouxeram suas refei��es para fazer um piquenique ao t�rmino das celebra��es e tamb�m um grande saco de lixo para n�o deixar nada para tr�s. “De que adianta a gente vir at� aqui, buscar uma mensagem de paz e de harmonia junto com a fam�lia, mas nas primeiras atitudes a gente perturbar tudo isso? E, pior, dar esse tipo de exemplo para as futuras gera��es, no caso, os nossos filhos”, questionou o empres�rio.

 

Muitos dos peregrinos carregaram uma cruz enquanto passavam pelas 14 estações do martírio de Cristo(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Muitos dos peregrinos carregaram uma cruz enquanto passavam pelas 14 esta��es do mart�rio de Cristo (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

 

Hoje em BH

Igreja S�o Jos�


20h – Vig�lia Pascal com b�n��o do Fogo, do C�rio, da �gua batismal, renova��o das promessas do batismo e Missa Solene da Ressurrei��o
Rua Tupis, esquina de Avenida Afonso Pena, Centro

Santu�rio Arquidiocesano de Adora��o Perp�tua (Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem)

20h – Vig�lia pascal
Rua Sergipe, 175, Bairro Funcion�rios


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