A busca da uni�o e do di�logo das pessoas como forma de combater a viol�ncia e evitar mortes, servindo tamb�m para “consertar o pa�s”. Esta foi a prega��o feita pelo arcebispo de Montes Claros, dom Jos� Alberto Moura, durante a Prociss�o do Encontro, principal manifesta��o da Semana Santa da cidade-p�lo do Norte de Minas, realizada na manh� desta sexta-feira, com a participa��o de milhares de fi�is.
Mantendo a tradi��o, os homens sa�ram da Catedral de Nossa Senhora Aparecida acompanhando a imagem de Nosso Senhor dos Passos. Eles levaram pequenas cruzes com a palavra “paz”, sendo que um grupo conduziu tamb�m uma grande cruz de madeira de tr�s metros. As mulheres sa�ram da Matriz de Nossa Senhora e S�o Jos�, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. O “encontro” aconteceu na Pra�a Flamaryon Wanderley, no bairro S�o Jos�.
Dom Jos� Alberto Moura fez a sua �ltima prega��o na Semana Santa � frente da Arquidiocese. Em 23 de outubro ele completar� 75 anos e, pelo direito can�nico, ter� que renunciar ao cargo de arcebispo. “Sairei com o sentimento de que, com a gra�a de Deus, cumpri a minha miss�o na igreja”, afirma dom Jos� Alberto, que foi nomeado arcebispo de Montes Claros em fevereiro de 2007. Em fevereiro do ano passado, o papa Francisco nomeou como bispo coadjuntor da cidade dom Jo�o Justino de Medeiros Silva.
Durante a Prociss�o do Encontro os fi�is lembraram o momento que Jesus encontrou com Maria, sua m�e, a caminho do Monte Calv�rio. Ao fazer o serm�o, dom Jos� Alberto chamou aten��o para a necessidade de maior aproxima��o entre as pessoas. “Esse encontro nos ensina que tudo foi planejado. O planejamento de Deus � para a salva��o da humanidade. E a salva��o est� no encontro porque o desencontro humano torna a viol�ncia matadora e destruidora da dignidade humana e at� do meio ambiente”, afirmou o l�der religioso.
O arcebispo destacou que a boa conviv�ncia entre as pessoas � uma forma de evitar assassinatos e diminuir tamb�m outras formas de viol�ncia e as perdas de vida em acidentes de tr�nsito. “Temos mortes que poderiam ser evitadas. No tr�nsito, por exemplo, tivemos mais de 50 mil mortes no ano passado, e mais de 60 mil assassinatos. � uma guerra civil, ( que mata) mais do que no Oriente M�dio. Precisamos fazer com que, principalmente, os pais, desde o ber�o, fa�am com que suas fam�lias n�o sejam desenvolvidas de qualquer maneira. Precisamos inocular no cora��o e na mente das crian�as o sentido do altru�smo, do amor fraterno, do olhar pelo bem da sociedade”, enfatizou.
Segundo dom Jos� Al Berto, o entendimento entre os cidad�os � a alternativa para “consertar o Brasil e fazer as mudan�as necess�rias na economia e a pol�tica. “Precisamos consertar o Brasil e esse nosso mundo com o conserto da miseric�rdia e do entendimento, com o esfor�o de todos para nos encontrarmos tamb�m para uma grande miss�o: a miss�o de fazer com que a fraternidade aconte�a de fato. E para isso, precisamos nos unir. E � no encontro e na uni�o que somos capazes de transformar a pol�tica, a economia, transformar a comunica��o para que ela seja educativa e n�o o contr�rio”, recomendou.
Ele lembrou do tema da Campanha da Fraternidade deste ano – “Fraternidade e Supera��o da Viol�ncia” – e enfatizou que � necess�rio uma conviv�ncia de “mutua colabora��o” entre os indiv�duos. “Como diz a Campanha da Fraternidade. Somos todos irm�os e irm�s. Por isso, � preciso que todos nos ajudemos uns aos outros a superar o seus males, as suas dificuldades, os seus erros e os seus pecados, vivendo em uma grande miseric�rdia que Jesus veio nos trazer”.