(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Vazamentos em tubos de mineroduto em Santo Ant�nio do Grama teriam origem comum

Falha em solda foi apresentada como motivo aparente para dois vazamentos, mas diagn�stico depende de estudos


postado em 01/04/2018 06:00 / atualizado em 01/04/2018 08:04

Enquanto estudos tentam comprovar que falha em solda foi o que causou as duas ocorrências, técnicos e operários trabalham na limpeza ambiental (foto: TV Alterosa Leste)
Enquanto estudos tentam comprovar que falha em solda foi o que causou as duas ocorr�ncias, t�cnicos e oper�rios trabalham na limpeza ambiental (foto: TV Alterosa Leste)


A falha em uma solda de parte do mineroduto de 529 quil�metros entre Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, e o Porto do A�u (RJ), foi apresentada como o motivo aparente para os dois vazamentos em dutos da Anglo American em Santo Ant�nio do Grama, na Zona da Mata mineira. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) afirmou que o problema foi relatado pela pr�pria empresa, que no entanto diz que a confirma��o do diagn�stico depende de estudos que est�o em andamento. T�cnicos do N�cleo de Emerg�ncia Ambiental (NEA) fizeram duas vistorias na regi�o dos vazamentos e determinaram uma s�rie de medidas para a mineradora, que teve o mineroduto interditado mais uma vez pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama). Os dois rompimentos aconteceram em um intervalo de 17 dias.

Em inspe��o no local do segundo rompimento, entre sexta-feira e ontem, t�cnicos do NEA  constataram que o segundo vazamento fica a 220 metros do local da primeira ocorr�ncia. Segundo informou a empresa � Semad, na quinta-feira vazaram “647 toneladas de polpa de min�rio, sendo que 174 toneladas do material atingiram o Ribeir�o Santo Ant�nio do Grama, enquanto 473 toneladas vazaram em uma propriedade rural particular”.

Ainda de acordo com informe da mineradora � Semad, “a causa do acidente seria a mesma do primeiro vazamento: uma falha na solda de parte do mineroduto. Os tubos das duas ocorr�ncias s�o do mesmo lote”. Em nota, a Anglo American informou que o diagn�stico s� ser� confirmado ap�s a finaliza��o das an�lises que est�o sendo conduzidas pelo Instituto de Pesquisas Tecnol�gicas (IPT) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para apurar as causas das trincas. A mineradora, segundo a Semad, afirmou que adotou a��es de conten��o e remedia��o imediatamente ap�s o incidente.

Os t�cnicos do NEA constataram dep�sitos de min�rio em diversos trechos do Ribeir�o Santo Ant�nio do Grama. “Quanto � deposi��o de polpa de min�rio ao longo do ribeir�o, p�de-se observar que ela ocorreu desde o local do acidente at� um quil�metro a jusante da cidade de Santo Ant�nio do Grama”, informou a Semad no documento. “Verificou-se ainda que a cerca de 250 metros a jusante (abaixo) da conflu�ncia do ribeir�o com o Rio Casca a pluma de min�rio j� havia se dilu�do e n�o era mais percept�vel neste �ltimo curso d’�gua”, concluiu o texto.

Como ocorreu no primeiro vazamento, a Semad determinou uma s�rie de medidas ambientais que dever�o ser cumpridas pela Anglo American. Em 48 horas a partir do incidente, a mineradora ter� que apresentar um laudo com descri��o dos danos provocados e o detalhamento das a��es de mitiga��o, controle e repara��o. Em cinco dias, ter� que apresentar relat�rio com causas prov�veis do acidente e a rela��o com a ocorr�ncia anterior.

Al�m disso, ter� que apresentar relat�rio das medidas tomadas pela empresa, entre o primeiro e o segundo vazamentos, atualiza��o do cronograma de inspe��o de integridade do mineroduto, monitoramento de �guas e sedimentos considerando o auto de fiscaliza��o anterior, relat�rio contendo os dados t�cnicos e a mem�ria de c�lculo do quantitativo de polpa de min�rio vazado, e revis�o do programa de gerenciamento de riscos, considerando o contexto dos acidentes ocorridos.

Os t�cnicos da Semad tamb�m determinaram, em vistoria realizada na manh� de ontem, que a limpeza da calha do Ribeir�o Santo Ant�nio do Grama e suas margens deve continuar sendo feita pela mineradora, “com o recolhimento do min�rio sedimentado, conforme prazo determinado no auto de fiscaliza��o do primeiro acidente”.

“A mineradora deve fornecer as coordenadas geogr�ficas dos pontos onde o mineroduto passa por �reas povoadas, identificando os locais onde est�o instalados os tubos do mesmo lote daqueles que se romperam”, completou a Semad.

PENTE-FINO O vazamento mais recente de polpa de min�rio (composta por 70% de min�rio e 30% de �gua) ocorreu por volta das 18h55 de quinta-feira, e durou entre cinco e oito minutos, segundo a empresa. Em entrevista coletiva na sexta-feira, a mineradora informou que decidiu dar f�rias coletivas aos funcion�rios. A retomada das atividades s� deve ocorrer depois de um pente-fino a ser feito ao longo de toda a extens�o do mineroduto – 529 quil�metros a partir de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, at� o Porto do A�u (RJ).

A companhia informou que antes de retomar a opera��o gradual do mineroduto, os tubos pr�ximos ao do primeiro rompimento foram inspecionados por ultrassom e todo o mineroduto passou por testes de pressuriza��o com �gua. “Todas estruturas apresentaram desempenho dentro da normalidade. O retorno �s opera��es foi autorizado depois da obten��o das aprova��es das autoridades”, acrescentou a empresa. Depois do vazamento, uma equipe de cerca de 150 pessoas foi mobilizada para retirar a polpa de min�rio da calha do rio e de suas margens.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)