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Estado de Minas

Empresa far� pente-fino em mineroduto que se rompeu duas vezes em 17 dias

Mineradora Anglo American, que enfrenta segundo incidente do tipo em 17 dias, anuncia que sistema s� volta a funcionar ap�s inspe��o nos 529 quil�metros de tubos entre Minas e Rio


postado em 31/03/2018 06:00 / atualizado em 31/03/2018 06:54

Operários trabalham para conter prejuízos nas proximidades da tubulação que vai até porto no Rio de Janeiro(foto: TV Alterosa Leste)
Oper�rios trabalham para conter preju�zos nas proximidades da tubula��o que vai at� porto no Rio de Janeiro (foto: TV Alterosa Leste)

A mineradora Anglo American promete divulgar nos pr�ximos dias laudo indicando as causas de dois vazamentos em um per�odo de 17 dias em tubula��es do mineroduto da empresa em Santo Ant�nio do Grama, na Zona da Mata mineira. O segundo incidente ocorreu anteontem � noite, e levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama) a interditar mais uma vez as opera��es da empresa, que agora ficar�o paralisadas por pelo menos 30 dias. A companhia j� decidiu dar f�rias coletivas a funcion�rios. A retomada das atividades s� deve ocorrer depois de um pente-fino a ser feito ao longo de toda a extens�o do mineroduto – 529 quil�metros a partir de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, at� o Porto do A�u (RJ).

O vazamento da polpa de min�rio (composta por 70% de min�rio e 30% de �gua) ocorreu por volta das 18h55 de quinta-feira, e durou entre cinco e oito minutos, segundo a empresa. Foi detectada uma trinca longitudinal na tubula��o localizada 400 metros � frente do duto que teve problema semelhante no �ltimo dia 12, durante 25 minutos. Duas universidades est�o atuando no estudo metal�rgico que poder� definir as causas dos incidentes. De acordo com o presidente da Anglo American, Ruben Fernandes, o mineroduto, que tem quatro anos de opera��o, deveria funcionar sem problema algum durante 15 anos.

Em entrevista coletiva ontem � tarde, ele explicou que, na ocasi�o anterior, foi trocada a tubula��o afetada e feita inspe��o em dutos pr�ximos. “Bombeamos �gua nos tubos durante tr�s dias como forma de teste e para garantir que o mineroduto estivesse estancado. Passamos um aparelho ultrassom nos dutos adjacentes e nada demonstrou que n�o pod�amos retomar as opera��es com seguran�a. Solicitamos autoriza��o do Ibama para faz�-lo gradualmente. Est�vamos no primeiro dia dessa retomada, que seria feita plenamente em tr�s dias. Agora, a empresa s� volta a operar depois de inspecionar os 529 quil�metros”, afirmou.

A Anglo American informou que vai negociar com sindicato e seguir os tr�mites do Minist�rio do Trabalho para f�rias coletivas de parte de seus empregados em Concei��o do Mato Dentro. S�o 4 mil em todo o pa�s, 2,5 mil deles na cidade mineira, mas ainda n�o se definiu quantos funcion�rios ficar�o parados. A medida vai atingir aqueles que est�o nas opera��es de mina e de planta de beneficiamento de min�rio.

Um plano de inspe��o maior estava previsto para os pr�ximos meses, mas, diante da urg�ncia, ser� adequado para entrar em vigor imediatamente, de acordo com a mineradora. A avalia��o contar� com um equipamento de ultrassom chamado PIG, que age dentro da tubula��o para verificar falhas. “A verifica��o de toda a extens�o foi feita uma vez, antes do in�cio da opera��o, em 2014. A recomenda��o de especialistas da ind�stria � fazer a cada cinco anos”, explicou Ruben Fernandes.

Por dia, a empresa produz 50 mil toneladas de min�rio. O presidente n�o informou quanto j� foi gasto nas duas opera��es de conten��o, afirmando apenas que os valores est�o sendo contabilizados. A inspe��o ficar� a cargo de uma empresa independente. Uma segunda dever� ser contratada, atendendo a requisi��o do Ibama.

Neste segundo vazamento, 174 toneladas da polpa de min�rio foram carreadas para o C�rrego Santo Ant�nio – antes, foram 300 toneladas (o equivalente a um caminh�o de min�rio). Parte do material ultrapassou o leito e atingiu uma fazenda vizinha. A empresa disse que se responsabilizar� pela recupera��o da �rea, bem como de outras propriedades que foram ou vierem a ser atingidas.

Tamb�m se comprometeu a dar suporte e a retirar vizinhos que n�o se sintam � vontade em ficar em seus im�veis durante os reparos. Ao contr�rio do que ocorreu na primeira quinzena do m�s, quando os moradores da cidade ficaram tr�s dias sem �gua, de acordo com a companhia n�o houve desabastecimento � popula��o, pois agora a capta��o � feita pelo Rio Salgado.

FALHAS Segundo o presidente da empresa, a falha foi detectada por uma equipe que fazia a inspe��o e avisou a sala de controle do mineroduto, estancando o vazamento. Ao mesmo tempo, um morador vizinho ao empreendimento comunicou o fato ao Fale Conosco da empresa. Em notifica��o enviada �s 22h29 de anteontem � empresa, o Ibama informou que a autoriza��o de retomada de atividades depender� da apresenta��o dos resultados da inspe��o dos tubos e da passagem dos equipamentos para detec��o de poss�veis anomalias, al�m de “laudo t�cnico assinado por profissional habilitado que ateste que o duto e estruturas associadas ao mineroduto apresentam condi��es de integridade e seguran�a para voltar a operar”.

Em caso de falhas e fragilidades, a empresa dever� fazer os reparos necess�rios. O Ibama deu ainda prazo de 48 horas para a Anglo American apresentar laudo com descri��o dos danos provocados em decorr�ncia do acidente e detalhamento das medidas de mitiga��o, controle e repara��o feitos pela empresa. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) informou que uma equipe do N�cleo de Emerg�ncia Ambiental (NEA) foi ao local para avaliar a situa��o e adotar as medidas ambientais cab�veis.


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