
Se o sonho de belo-horizontinos e visitantes de contar com uma nova e moderna rodovi�ria para a capital continua com futuro incerto, o Terminal Rodovi�rio Governador Israel Pinheiro (Tergip), que no dia a dia dos passageiros � conhecido como “rodovi�ria de Belo Horizonte”, assiste a novos tempos e vai deixando de lado, aos poucos, o aspecto de desleixo, desconforto e de lugar parado no tempo. No pr�dio inaugurado em 1971 e por onde transitam 40 mil pessoas/dia est� prevista para este m�s a volta das duas esteiras rolantes, que n�o funcionam h� mais de 30 anos e pareciam corpos estranhos no acesso a caixas eletr�nicos, correio, guarda-volumes e outros servi�os. A din�mica se completa com um guidaste, vis�vel por quem passa nos viadutos do Complexo da Lagoinha, e usado atualmente para a reforma do telhado, para evitar transtornos no per�odo chuvoso.
Embora o clima de tumulto predomine no entorno da rodovi�ria, localizada na Pra�a Rio Branco, no Centro da capital, � bom o passageiro se acostumar. � que, se depender apenas do prefeito Alexandre Kalil (PHS), o projeto do novo terminal, no Bairro S�o Gabriel, na Regi�o Norte da capital, n�o sair� do papel, pelo menos enquanto n�o ocorrer a reforma no Anel Rodovi�rio de Belo Horizonte. Como mostrou o Estado de Minas, Kalil foi taxativo ao afirmar que o projeto – fruto de contrato assinado pela administra��o anterior, de Marcio Lacerda (PSB), que previa a inaugura��o da obra em agosto do ano passado – � uma “aberra��o absoluta”.
Enquanto isso, na velha rodovi�ria, passageiros em tr�nsito ou saindo de BH notam as diferen�as no interior do pr�dio, que agora disp�e de pra�a de alimenta��o, cadeiras confort�veis, do tipo mais comum em aeroportos – em substitui��o �quelas vermelhas, que estavam manchadas, quebradas ou prontas para desabar – e lanchonetes bem-equipadas, de redes de fast food. O t�cnico em enfermagem Rodolfo Ant�nio Aranha Ferreira, morador de S�o Lu�s (MA), veio de avi�o para BH e aguardava com paci�ncia o hor�rio de pegar o �nibus, no fim da tarde, para o interior mineiro.
“Estou sempre fazendo esta viagem, e vejo que a rodovi�ria de Belo Horizonte melhorou 100%, n�o tem nem compara��o com o que era antes”, disse o maranhense. O mec�nico Eust�quio de Assis tamb�m comemorou o conforto e gostou das mudan�as no ambiente. “D� vontade at� de deitar na cadeira”, contou o passageiro de jeito expansivo. Carioca e fazendeiro em seu estado e em Minas, Ronaldo Ribeiro gostou do visual e sentiu o conforto.
MELHORIAS De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig), atual gestora da rodovi�ria, as melhorias ocorrem desde que o �rg�o estadual assumiu a administra��o, em 1º de mar�o de 2016, mediante conv�nio com o Departamento de Edifica��es e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER/MG). Em nota, a dire��o informa que “a Codemig passou a ser respons�vel pela gest�o e administra��o do terminal, incluindo suas instala��es e atividades, visando a estimular o turismo do Estado de Minas Gerais”.
Os investimentos somam mais de R$ 5 milh�es, com interven��es para reparar danos devido � “inexist�ncia de manuten��es ao longo de v�rios anos”. Nesse per�odo, foram feitas obras e reparos como a revitaliza��o dos pisos do hall de entrada e do mezanino; a recupera��o do pavimento (bloquetes no embarque e desembarque); a pintura das �reas internas e externas; a substitui��o dos bebedouros danificados, totalizando 11 unidades; e a aquisi��o e instala��o de conjuntos de cadeiras semelhantes �s usadas em aeroportos, em substitui��o a todas as existentes no terminal, totalizando aproximadamente 700 assentos, sendo 14 especiais e alguns com mesa de apoio.
Os servi�os inclu�ram ainda conserto e manuten��o permanente de quatro elevadores; substitui��o dos vidros das janelas; melhorias nos estacionamentos superior e inferior, com implanta��o de cancelas autom�ticas e revitaliza��o da sinaliza��o; investimentos no sistema de seguran�a e monitoramento eletr�nico (instala��o de 202 c�meras) e reforma completa, com moderniza��o dos banheiros p�blicos.
Para garantir o conforto perdido ao longo de anos, dizem os t�cnicos, foram contratadas, por meio de processo licitat�rio, empresas para a realiza��o de servi�os espec�ficos, como a concess�o de uso dos banheiros, com explora��o comercial e atribui��o de encargos de gest�o, conserva��o e higieniza��o dessas instala��es, al�m do uso das lojas do terminal, incluindo reformas, e do estacionamento de ve�culos, tamb�m com reformas. Foram ainda instalados 10 novos rel�gios, localizados no hall, no embarque e no desembarque, sem contar o uso do espa�o publicit�rio da rodovi�ria, contemplando revitaliza��o da sinaliza��o.
HIST�RIA Conforme pesquisa divulgada pela Codemig, no in�cio da d�cada de 1940, Belo Horizonte inaugurava sua primeira esta��o de passageiros. Localizado atr�s da antiga Feira Permanente de Amostras, o espa�o foi pioneiro na centraliza��o do transporte rodovi�rio no Brasil. Em meados dos anos 1960, entretanto, a grande demanda por embarques e desembarques, impulsionada pelo crescimento da capital, evidenciou a necessidade de constru��o de um terminal com maior estrutura e capacidade de atendimento.
Em 1965, o governo de Minas, na �poca comandado por Israel Pinheiro, deu ao ent�o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) a incumb�ncia de executar a demoli��o da Feira de Amostras, local que deu espa�o ao atual Tergip. As obras foram conclu�das em dois anos, inaugurando-se, em 1971, os 45 mil metros quadrados do complexo arquitet�nico, formado por oito plataformas de embarque com capacidade para operar, simultaneamente, at� 48 partidas; e sete de desembarque, comportando 14 chegadas simult�neas.
O pr�dio, arquitetado por modernistas como Walter Machado, Fernando Gra�a, Francisco Jos� Esp�rito Santo e Luciano Passini, e constru�do por equipe de engenheiros do ent�o DER, recebeu o pr�mio da 1ª Bienal de Arquitetura no ano de sua inaugura��o. Em 1994, a fachada e o volume do edif�cio foram tombados pela Secretaria Municipal de Cultura.
Foram abertas ontem as propostas de duas empresas interessadas na restaura��o da Igreja S�o Francisco de Assis, conhecida como Igrejinha da Pampulha, joia da arquitetura moderna brasileira e um dos s�mbolos de Belo Horizonte. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, ainda n�o h� data para divulga��o da empresa vencedora do processo licitat�rio, j� que a comiss�o encarregada vai analisar alguns aspectos antes da classifica��o final, para, ent�o, publicar o nome da vencedora no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM). O templo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) integra o conjunto reconhecido como Patrim�nio e Paisagem Cultural da Humanidade pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).
HIST�RIA Conforme pesquisa divulgada pela Codemig, no in�cio da d�cada de 1940, Belo Horizonte inaugurava sua primeira esta��o de passageiros. Localizado atr�s da antiga Feira Permanente de Amostras, o espa�o foi pioneiro na centraliza��o do transporte rodovi�rio no Brasil. Em meados dos anos 1960, entretanto, a grande demanda por embarques e desembarques, impulsionada pelo crescimento da capital, evidenciou a necessidade de constru��o de um terminal com maior estrutura e capacidade de atendimento.
Em 1965, o governo de Minas, na �poca comandado por Israel Pinheiro, deu ao ent�o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) a incumb�ncia de executar a demoli��o da Feira de Amostras, local que deu espa�o ao atual Tergip. As obras foram conclu�das em dois anos, inaugurando-se, em 1971, os 45 mil metros quadrados do complexo arquitet�nico, formado por oito plataformas de embarque com capacidade para operar, simultaneamente, at� 48 partidas; e sete de desembarque, comportando 14 chegadas simult�neas.
O pr�dio, arquitetado por modernistas como Walter Machado, Fernando Gra�a, Francisco Jos� Esp�rito Santo e Luciano Passini, e constru�do por equipe de engenheiros do ent�o DER, recebeu o pr�mio da 1ª Bienal de Arquitetura no ano de sua inaugura��o. Em 1994, a fachada e o volume do edif�cio foram tombados pela Secretaria Municipal de Cultura.
Licita��o para a Pampulha avan�a
Foram abertas ontem as propostas de duas empresas interessadas na restaura��o da Igreja S�o Francisco de Assis, conhecida como Igrejinha da Pampulha, joia da arquitetura moderna brasileira e um dos s�mbolos de Belo Horizonte. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, ainda n�o h� data para divulga��o da empresa vencedora do processo licitat�rio, j� que a comiss�o encarregada vai analisar alguns aspectos antes da classifica��o final, para, ent�o, publicar o nome da vencedora no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM). O templo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) integra o conjunto reconhecido como Patrim�nio e Paisagem Cultural da Humanidade pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).