O n�mero de adolescentes apreendidos por suspeita de crimes em 2017 em Belo Horizonte aumentou 0,8% em rela��o a 2016. Ao todo, 8.247 foram encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH). No ano passado, foram registradas 6.001 ocorr�ncias envolvendo menores, uma m�dia de 16,4 por dia. Destaque para o homic�dio, que aumentou 140% de um per�odo para outro. Os dados fazem parte do relat�rio estat�stico sobre o envolvimento de adolescentes com ocorr�ncias infracionais divulgado ontem pela ju�za Val�ria da Silva Rodrigues Queiroz, da Vara Infracional da Inf�ncia e da Juventude de Belo Horizonte. O levantamento mostrou ainda as infra��es registradas dentro de escolas. Tendo a amea�a como a mais registrada.
Em rela��o ao furto, o levantamento conseguiu apontar os dias preferidos para o cometimento do crime. Segundo o estudo, domingo � o de menor concentra��o do ato infracional (7,17%), seguido de s�bado (12,61%). O dia em que mais acontecem os furtos � quarta-feira (18,04%) e depois a sexta-feira (17,17%). A Regi�o Centro-Sul de BH � que concentra o maior n�mero de casos, com 52,77%.
ESCOLAS O levantamento da Vara Infracional apontou um crescimento no n�mero de adolescentes encaminhados para a CIA-BH devido a conflitos em ambiente escolar. Os atos infracionais mais cometidos nas escolas da capital s�o amea�a (20% das ocorr�ncias), les�o corporal (13,64%), e vias de fato (12,73%). Mais de 80% dos adolescentes autores de atos infracionais nas escolas s�o prim�rios. As v�timas s�o os pr�prios colegas, professores e funcion�rios das escolas. Para a ju�za, investimentos na educa��o e mudan�as nas leis trabalhistas ajudariam a retirar os adolescentes da vida do crime. “O investimento que devemos ter � na educa��o, e isso n�s n�o estamos tendo”, explicou Val�ria Queiroz. “Eu acho que a legisla��o trabalhista, no que regulamenta a entrada do adolescente no mercado de trabalho, tem que ser mudada. Est� rigorosa. Tudo � considerado insalubre.”
Segundo ela, os adolescentes s� s�o inseridos nas empresas no programa Jovem Aprendiz, mas somente podem trabalhar na �rea administrativa. Por isso, aponta que os jovens acabam migrando para o tr�fico de drogas. Segundo Val�ria, o relat�rio vai servir para a auxiliar em pol�ticas p�blicas. “Vejo o relat�rio como um diagn�stico para que a Secretarias, sejam da �rea de Educa��o e Sa�de, avaliem o que n�s precisamos mudar para que nossos jovens retornem para dentro da sala de aula. Esse � meu maior sonho. � um adolescente sentar na minha cadeira e falar: ‘Estou estudando em uma s�rie compat�vel com minha idade e estou dentro de uma sala de aula’.”