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Estado de Minas

Um patrim�nio da humanidade na Serra dos Cristais

Pano de fundo de Diamantina, a eleva��o rochosa comp�e o cen�rio tombado pela Unesco e mant�m hist�rias do per�odo colonial vivas


postado em 30/04/2018 07:00 / atualizado em 08/05/2018 14:22

Diamantina – As montanhas n�o apenas impuseram dificuldades construtivas e tornaram o abastecimento de Diamantina num processo complexo e dispendioso. Para o chefe do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) na cidade hist�rica, Junno Marins da Matta, as forma��es rochosas que cercam Diamantina permitem reconhecer ser aquela uma paisagem diferencial das demais cidades coloniais brasileiras e um atrativo tur�stico.

Ver galeria . 10 Fotos Um patrimônio da humanidade na Serra dos Cristais Pano de fundo de Diamantina, a elevação rochosa compõe o cenário tombado pela Unesco e mantém histórias do período colonial vivasJuarez Rodrigues/EM/D.A.Press
Um patrim�nio da humanidade na Serra dos Cristais Pano de fundo de Diamantina, a eleva��o rochosa comp�e o cen�rio tombado pela Unesco e mant�m hist�rias do per�odo colonial vivas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press )

“A Serra dos Cristais, que � o pano de fundo da cidade, por exemplo, � t�o importante que integra o conjunto tombado como Patrim�nio da Humanidade pela Unesco. Quando voc� anda pelo Centro, come�a a ver uma cidade colonial de origem portuguesa, mas ao enxergar a Serra dos Cristais, voc� percebe que n�o est� em qualquer cidade colonial, voc� est� em Diamantina”, considera o arque�logo do Iphan Reginaldo Barcelos.

Nos distritos, as montanhas tamb�m foram esburacadas e revolvidas pela extra��o mineral de diamantes e cristais. No povoado de Sopa, por exemplo, a sucess�o de rombos no solo pedregoso feitos pelos escravos no s�culos 18 e 19 e posteriormente continuado, transformaram a paisagem num cen�rio lunar, com grandes crateras se emendando, repletas de �gua no fundo. As montanhas da regi�o de Buen�polis tamb�m sofreram com a extra��o de cristais e o extrativismo, com a coleta das sempre-vivas.


Com a criminaliza��o da atividade, muitas pessoas deixaram o alto das montanhas, ainda que haja uma recomenda��o do ano passado do Minist�rio P�blico Federal, para que n�o se aja contra as popula��es que t�m nessa atividade tradicional o seu sustento. Isso, contudo, transformou quem ainda resiste no alto, em quase eremitas. A artes� Edna Maria Viveiros Teixeira, de 60 anos, vive sozinha com o marido no alto da Serra do Cabral.

Serra dos Cristais integra o conjunto tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Serra dos Cristais integra o conjunto tombado como Patrim�nio da Humanidade pela Unesco (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Ela se lembra, saudosa, de quando a comunidade era mais numerosa. “A gente sa�a em grupos para colher as flores e aprendeu desde pequena a tecer o nosso artesanato. Fazer arranjos e tecer cestos e outros objetos. Mas as pessoas foram embora”, conta. Na sua casa, visitas s�o sempre agradadas e ela e o marido at� constru�ram uma capela e um espa�o para receber a comunidade pulverizada pela serra para festividades. No ateli�, desenvolve esculturas, fuxicos, sacarias, pontos diversos de prenda e criatividade.

“� para me ocupar. Porque sou muito sozinha. �s vezes, quando meu marido sai cedo para o trabalho na propriedade, fico na cerca esperando algu�m passar e as l�grimas descem mesmo”, suspira a moradora solit�ria da montanha. A solid�o e a do�ura da senhora Edna sensibilizaram at� os funcion�rios do Parque Estadual da Serra do Cabral, que inclu�ram em suas rondas preventivas um r�pido contato com ela, que � vizinha de cerca da unidade e fica muito feliz com a presen�a do pessoal do parque.
 
 
(A LOJA ROTA PERDIDA/ROTA EXTREMA - www.rotaperdida.com.br - forneceu parte dos equipamentos usados nas expedi��es) 


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