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Estado de Minas

Novo golpe: estelionat�rios usam redes sociais para pedir resgate de carros roubados

V�tima paga taxa, mas fica sem o autom�vel. Moradores de Belo Horizonte foram v�timas dos criminosos


postado em 01/05/2018 06:00 / atualizado em 01/05/2018 08:00

Arte/EM(foto: arte)
Arte/EM (foto: arte)

Apoiados em informa��es que circulam nas redes sociais, criminosos v�m desdobrando roubos de carros em outros crimes. � o que a Pol�cia Civil de Minas Gerais vem investigando, a partir da Delegacia de Furtos de Ve�culos (DFV) e Detran. Segundo o delegado Cl�udio Utsch, coordenador de Opera��es Policiais do Departamento de Tr�nsito do Estado de Minas Gerais, sem saber, propriet�rios de ve�culos roubados acabam passando informa��es a outro tipo de bandidos, os estelionat�rios, que entram em cena com um novo tipo de golpe: o pedido de resgate dos autom�veis. Pago o valor, os criminosos desaparecem, e a v�tima continua sem o carro.

“Est� se tornando comum criminosos se aproveitarem do desespero das pessoas que tiveram seus carros roubados. As redes sociais acabam sendo informantes para estelionat�rios, que montaram um novo golpe, o de pedir resgate para um ve�culo. Ligam para a v�tima e prop�em devolver o carro ou moto mediante pagamento de uma taxa”, conta o policial.

Segundo ele, muitas vezes os criminosos est�o dentro de pres�dios – um indicativo disso � a informa��o “n�mero privado” que aparece durante a liga��o – e usam parentes e amigos para receber o dinheiro. “Eles conseguem as informa��es pelas redes sociais como WhatsApp, Twitter, Instagran. As v�timas ou pessoas ligadas a ela colocam informa��es para tentar localizar o ve�culo roubado. Ou podem fazer isso tamb�m via an�ncio em r�dio ou mesmo em jornais impressos e l�, postam seu telefone de contato. A partir da�, os bandidos entram em a��o com as extors�es.”

Na maioria dos casos, segundo Cl�udio Utsch, s�o passados dados de uma conta banc�ria fict�cia para a pessoa, que acaba depositando o dinheiro pedido. Mas quando procura pelo ve�culo, seguindo a orienta��o do estelionat�rio com quem negociou, n�o encontra nada. “� nesse momento que as v�timas procuram a pol�cia, quando o ideal � que tomassem essa medida antes”, diz.

Ainda de acordo com o delegado, em geral, os criminosos usam uma pessoa de confian�a para receber o dinheiro repassado pelas v�timas. “Com o dinheiro, presidi�rios conseguem comprar celulares e cart�es para recarregar os aparelhos”, explica. Para ele, “seria importante que as empresas de telefonia participassem do combate (a esse tipo de crime), ajudando a rastrear os telefones que aparecem sem identifica��o.”

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)
Investiga��es Cl�udio Utsch vem fazendo um trabalho conjunto com a Delegacia de Furtos de Ve�culos para tentar detectar os autores dos golpes. Segundo a delegada Bianca Mondaini, da Furtos de Ve�culos, s�o registrados pelo menos tr�s casos do crime por semana. “Uma vez, uma v�tima estava na minha frente quando recebeu o telefonema de tentativa de extors�o. Tentamos rastrear, mas n�o conseguimos, pois o golpista desligou o aparelho.”

Inspetor daquela divis�o, Marcelo Marcelino conta que at� mesmo policiais j� ca�ram no golpe. “Uma detetive chegou a pagar R$ 3 mil para os bandidos, na esperan�a de reaver seu carro. Depois, quando procurou pelo ve�culo, seguindo as orienta��es do golpista, n�o encontrou nada. Foi quando nos contou. Mas a� j� era tarde, n�o havia como localizar o carro.”

Ocorr�ncias


No ano passado, 14.827 ve�culos, entres autom�veis e motocicletas, foram levados de seus propriet�rios em Belo Horizonte, apontam dados da Pol�cia Civil. Do total, 6.812 foram recuperados. No caso dos carros, a maior parte, 6.353, foi levada mediante viol�ncia, enquanto outros 4.861 foram furtados. Nesse universo, 5.486 foram recuperados. De acordo com o mesmo levantamento, no caso das motos � o furto que prevalece. Foram 2.462, contra 568 roubos. Foram recuperados 1.065 ve�culos.


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