T�cnicos da Defesa Civil de Belo Horizonte v�o realizar uma vistoria complementar no local onde uma casa desabou no fim da tarde de ter�a-feira no Bairro Mantiqueira, Regi�o de Venda Nova. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, a equipe vai ao local no in�cio da tarde desta quarta-feira. “O objetivo de verificar se a vistoria de ontem deixou passar algum detalhe relevante, pois foi feita � noite e na movimenta��o do resgate”, explicou a pasta hoje.
A casa de dois andares ficava na rua Ant�nio Mar�al Sampaio. O im�vel abrigava um centro religioso de umbanda, que promove encontros de duas a tr�s vezes por semana. Conforme o tenente J�lio Brant, do Corpo de Bombeiros, das nove pessoas que estavam no local, oito ficaram feridas e quatro precisaram ser retiradas dos escombros pelos militares. Todas as v�timas foram resgatadas conscientes, com escoria��es e fraturas. Quarenta militares participaram da a��o, al�m do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), Pol�cia Militar, Guarda Municipal, Defesa Civil e BHTrans. Os trabalhos no local foram encerrados pouco antes da 1h.
Quatro v�timas foram levadas para o Hospital Risoleta Neves. Nesta quarta, a assessoria de imprensa da unidade confirmou os nomes das v�timas e atualizou seu estado de sa�de. Marco Ant�nio Miranda Coelho, de 39 anos, passou por uma cirurgia no calcanhar. Ele segue em observa��o, est�vel e n�o corre risco; Marcos Jos� de Jesus, 55 anos, teve alta no in�cio da manh�; Maria Eduarda Ara�jo, 16 anos, tamb�m deixou o hospital na madrugada; e Hanna Oliveira Rodrigues, 28 anos, segue internada com estado de sa�de est�vel.
O em.com.br apurou que as outras foram identificadas como Graziela, de 23 anos, Adilson da Silva, 32, Elisa Gon�alves, de 16 anos, e Marcos Lucas Mesquita. Um homem e uma mulher est�o internados no Hospital Jo�o XXIII e est�o est�veis, segundo a Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). A Secretaria Municipal de Sa�de informou que utras duas v�timas foram socorridas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, no Bairro Primeiro de Maio, e tiveram alta ontem. Nem a Fhemig, nem a pasta divulgaram os nomes dos pacientes.
Ap�s ouvir moradores, os bombeiros chegaram a informar que cerca de 10 pessoas estavam no local na hora do incidente, mas apenas oito foram retiradas do local. Por volta das 21h, foram feitas varreduras com c�es farejadores nos escombros em busca de outras v�timas, mas ningu�m foi encontrado. Os bombeiros resgataram ainda um cachorro com vida e dois mortos.
Por volta de 17h50, Jucimar Santos, de 25 anos, que mora em frente a casa que desabou, terminava de assistir ao jogo entre Real Madri e Bayern de Munique quando ouviu um grande estrondo. Ao chegar na rua viu v�rios moradores assustados e uma grande nuvem de poeira na casa vizinha. “O jogo tinha acabado de terminar quando ouvimos um barulho enorme. Pareceu at� uma explos�o. Todo mundo veio para a rua assustado, sem saber o que tinha acontecido. A poeira tomou conta de tudo. Liguei para os bombeiros e fui ajudar. Vi algumas pessoas sendo retiradas do local”, conta Jucimar.
Segundo os vizinhos, o im�vel � antigo mas nunca houve qualquer problema de desabamento na rua. Um dos moradores, pai de uma das v�timas que foi resgatada, contou � reportagem que nos �ltimos dias viu um pedreiro trabalhando no muro da casa. “A dona da casa mandou o pedreiro derrubar um muro h� poucos dias. Acho que fez isso da cabe�a dela, sem se preocupar com nada. E o muro veio todo ao ch�o”, sup�s o morador, que n�o quis se identificar.
Segundo a Pol�cia Civil, uma equipe da per�cia de engenharia esteve no local pela manh� realizando os trabalhos de praxe. O laudo com a causa do desabamento deve ser conclu�do em 30 dias. “Houve um vazamento de g�s, mas ele foi suprimido pelas guarni��es e o risco eliminado. Como ali era uma resid�ncia, a gente especula que pode ter sido um botij�o que ocasionou o vazamento, mas fizemos uma busca e eliminamos esse risco. Fizemos aferi��es para constatar a volatilidade da mistura, mas, ao longo do empenho, ao final j� n�o havia mais risco de volatilidade”, detalhou o tenente Brant nesta manh� ao em.com.br. No entanto, segundo ele, � dif�cil presumir que o vazamento tenha rela��o com o ocorrido, mas engenheiros e t�cnicos da Defesa Civil mencionaram ontem que algumas paredes do im�vel estavam sendo retiradas e, com a supress�o, o im�vel pode n�o ter suportado o peso.