A morte de cinco presos por enforcamento desde a semana passada dentro de uma penitenci�ria em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, est� sendo investigada administrativamente pela Secretaria de Administra��o Prisional de Minas Gerais (Seap/MG). Al�m de Uberaba, h� um �bito de um interno do Ceresp Gameleira, inicialmente por causas naturais, ocorrida no per�odo. O n�mero de agentes penitenci�rios reduzidos nos �ltimos meses vem sendo apontado como um dos fatores para casos desse tipo, fugas e tentativas, entre outros.
As ocorr�ncias fatais no Tri�ngulo foram na Penitenci�ria Professor Alu�zo Ign�cio de Oliveira. A morte mais recente, registrada na madrugada de ontem, foi do detento Edmar Aparecido de Oliveira, de 49 anos. O interno, que estava preso desde mar�o de 2017, foi encontrado dentro de uma cela coletiva com uma corda de len�ol amarrada ao pesco�o.
A Seap informou que apura as quatro mortes administrativamente. Conforme a pasta, n�o houve nenhum pedido dos presos para serem encaminhados ao “seguro”, uma cela em que ficam os presos amea�ados. O Minist�rio P�blico e o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, de acordo com a secretaria, tamb�m est�o acompanhando as investiga��es sobre os registros de mortes.
Na madrugada de domingo, mais uma tentativa de fuga no Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria (CPNH), na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, exp�s a atual fragilidade do sistema que, segundo o presidente da Comiss�o de Assuntos Carcer�rios da OAB-MG, F�bio Pil�, � consequente do n�mero insuficientes de agentes penitenci�rios. “S� esta semana foram duas fugas no estado e agora mais essa tentativa. A comiss�o est� cansada de denunciar ao governado estadual as condi��es atuais”, afirmou Pil�, no domingo.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) informou que agentes de seguran�a penitenci�rios impediram a fuga de sete presos do anexo II do Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria, por volta das 3h de ontem. “A equipe de plant�o interceptou durante a ronda os sete indiv�duos descendo do telhado para alcan�ar a muralha. A Seap ressalta que os trabalhos de intelig�ncia e monitoramento somados ao desempenho dos agentes s�o os respons�veis pelo impedimento de nova fuga no complexo”, diz o comunicado.
Depois de impedida a fuga, segundo a secretaria, foi feita a contagem dos detentos e a unidade passou por revista nas celas. “Em raz�o dos danos � estrutura, como grades serradas, os presos do pavilh�o 11 e do anexo II n�o receberam visitas no domingo. A unidade abriu um procedimento interno e apura as circunst�ncias da fuga”, informou a nota da Seap.
De acordo com F�bio Pil�, esta seria a sexta tentativa de fuga desde dezembro na Nelson Hungria e a terceira no m�s. No dia 9, tamb�m sete presos tentaram escapar do pavilh�o 1. Na quarta-feira passada, foi a vez de detentos do pavilh�o 7 serem impedidos de fugir. Por�m, na mesma semana, dois internos fugiram do pres�dio de Ponte Nova, na Zona da Mata, e quatro em Pouso Alegre, Sul de Minas, al�m do investigador que saiu da Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil e matou tr�s mulheres, duas das quais ele havia estuprado e sido condenado pelo crime.