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Estado de Minas

Revista minuciosa em adolescentes trans causa insatisfa��o em agentes socioeducativas

Em reuni�o na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), funcion�rias relatam inseguran�a e constrangimento durante a checagem, na qual jovens mulheres trans ficam nuas


postado em 29/05/2018 20:19 / atualizado em 29/05/2018 22:30

Agente socioeducativa Aline Rodrigues denuncia insegurança e constrangimento de funcionárias no momento de revistas minuciosas realizadas em adolescentes trans(foto: Ricardo Barbosa/ALMG. )
Agente socioeducativa Aline Rodrigues denuncia inseguran�a e constrangimento de funcion�rias no momento de revistas minuciosas realizadas em adolescentes trans (foto: Ricardo Barbosa/ALMG. )
Agentes socioeducativas se reuniram hoje na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir as revistas minuciosas realizadas contra mulheres adolescentes trans no estado. Segundo a categoria, tal medida tem gerado inseguran�a e constrangimento durante o trabalho. Entretanto, a quest�o ainda necessita de maior capacita��o das profissionais e de discuss�es mais detalhadas, de acordo com a conselheira-presidente respons�vel pela Comiss�o de Psicologia, G�nero e Diversidade Sexual do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, Dalcira Ferr�o.


A revista reclamada pelas agentes ocore para que se cheque poss�veis irregularidades, como porte de drogas. As jovens ficam totalmente nuas. De acordo com a agente socioeducativa Aline Rodrigues, o procedimento causa grande constrangimento na categoria. Por isso, segundo ela, o ideal seria que as adolescentes trans fossem examinadas por pessoas do g�nero masculino. 

Segundo Rodrigues, a seguran�a tamb�m se torna vulner�vel no momento da abordagem. Para ela, o fato de as adolescentes trans serem mais fortes fisicamente coloca as agentes em risco.


Aline Rodrigues afirma que h� processos administrativos abertos contra agentes que se negam a fazer a revista.


No encontro na Assembleia, o presidente do Sindicato dos Servidores P�blicos do Sistema Socioeducativo, Alex Batista Gomes, concordou com a reclama��o das profissionais. O mesmo posicionamento foi adotado pelos deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), Cabo J�lio (PMDB) e Jo�o Leite (PSDB).


O encontro foi marcado pela Comiss�o de Seguran�a P�blica da ALMG, presidida pelo deputado do PTB. A reuni�o n�o p�de ser considerada uma audi�ncia p�blica, devido � aus�ncia de representantes do Executivo, em fun��o do ponto facultativo decretado pelo governador Fernando Pimentel (PT).

Outro lado


A conselheira respons�vel pela Comiss�o de Psicologia, G�nero e Diversidade Sexual do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, Dalcira Ferr�o, defende a busca por equil�brio entre as partes e a garantia de seus direitos. Para ela, � preciso rever as regras do sistema socioeducativo, para que ele n�o se aproxime do prisional.


Segundo Ferr�o, falta um trabalho espec�fico, com objetivo de capacitar as agentes para lidar com transexuais. “Fico pensando em uma enfermeira que vai dar um banho em um paciente acamado. Elas n�o t�m problema com isso, assim como outros profissionais. Por isso, � necess�rio rever o mecanismo de revista e preparar essas profissionais para esse trabalho”, ressalta.


Ainda de acordo com a conselheira-presidente, o assunto ainda � novo e n�o h� um c�digo de conduta ideal para fazer o procedimento nas unidades socioeducativas. Entretanto, a garantia de direitos das pessoas trans e das agentes socioeducativas e a manuten��o da resolu��o em quest�o devem ser prioridade durante as discuss�es.


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