
A revista reclamada pelas agentes ocore para que se cheque poss�veis irregularidades, como porte de drogas. As jovens ficam totalmente nuas. De acordo com a agente socioeducativa Aline Rodrigues, o procedimento causa grande constrangimento na categoria. Por isso, segundo ela, o ideal seria que as adolescentes trans fossem examinadas por pessoas do g�nero masculino.
Segundo Rodrigues, a seguran�a tamb�m se torna vulner�vel no momento da abordagem. Para ela, o fato de as adolescentes trans serem mais fortes fisicamente coloca as agentes em risco.
Aline Rodrigues afirma que h� processos administrativos abertos contra agentes que se negam a fazer a revista.
No encontro na Assembleia, o presidente do Sindicato dos Servidores P�blicos do Sistema Socioeducativo, Alex Batista Gomes, concordou com a reclama��o das profissionais. O mesmo posicionamento foi adotado pelos deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), Cabo J�lio (PMDB) e Jo�o Leite (PSDB).
O encontro foi marcado pela Comiss�o de Seguran�a P�blica da ALMG, presidida pelo deputado do PTB. A reuni�o n�o p�de ser considerada uma audi�ncia p�blica, devido � aus�ncia de representantes do Executivo, em fun��o do ponto facultativo decretado pelo governador Fernando Pimentel (PT).
Outro lado
A conselheira respons�vel pela Comiss�o de Psicologia, G�nero e Diversidade Sexual do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, Dalcira Ferr�o, defende a busca por equil�brio entre as partes e a garantia de seus direitos. Para ela, � preciso rever as regras do sistema socioeducativo, para que ele n�o se aproxime do prisional.
Segundo Ferr�o, falta um trabalho espec�fico, com objetivo de capacitar as agentes para lidar com transexuais. “Fico pensando em uma enfermeira que vai dar um banho em um paciente acamado. Elas n�o t�m problema com isso, assim como outros profissionais. Por isso, � necess�rio rever o mecanismo de revista e preparar essas profissionais para esse trabalho”, ressalta.
Ainda de acordo com a conselheira-presidente, o assunto ainda � novo e n�o h� um c�digo de conduta ideal para fazer o procedimento nas unidades socioeducativas. Entretanto, a garantia de direitos das pessoas trans e das agentes socioeducativas e a manuten��o da resolu��o em quest�o devem ser prioridade durante as discuss�es.