Diante desse cen�rio, � preciso recorrer � assist�ncia m�dica mais pr�xima imediatamente em caso da detec��o dos seguintes sintomas: dificuldade para respirar, l�bios com colora��o azulada ou roxeada, dor ou press�o abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, v�mito persistente, convuls�o. De acordo com o infectologista Una� Tupinamb�s, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o atraso em procurar ajuda m�dica pode acarretar em consequ�ncias piores. “Todo paciente com sintomas de infec��o grave precisa procurar uma unidade b�sica de sa�de. L�, ele receber� os cuidados da maneira correta”, afirma.
Na mesma linha, a Secretaria de Estado de Sa�de (SES/MG) destaca que “n�o se deve esperar o agravamento dos sintomas para procurar atendimento m�dico”. A recomenda��o ganha ainda mais relev�ncia para crian�as, idosos, obesos, diab�ticos e portadores de doen�as cardiovasculares e neurol�gicas cr�nicas – parte do grupo mais vulner�vel � Influenza.
Nos casos mais graves, a ingest�o do antiviral Tamiflu, em at� 48 horas, pode salvar vidas, como ocorreu com 85 pessoas infectadas. “O antiviral � oferecido gratuitamente pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) �s pessoas que necessitam e pode ser encontrado nas unidades b�sicas de sa�de dos munic�pios ou nas farm�cias de Todos. O m�dico � que vai avaliar a necessidade de prescrever uso do antiviral”, afirma, em nota, a SES. De acordo com o �rg�o, para retirar o medicamento � necess�rio que o paciente apresente a receita m�dica emitida pelos servi�os p�blicos ou privados de sa�de. Al�m disso, a receita precisa detalhar o nome do princ�pio ativo/denomina��o gen�rica e n�o o nome comercial do rem�dio.
IMUNIZA��O Para se prevenir contra a doen�a, a melhor alternativa � a vacina��o. Neste ano, o Minist�rio da Sa�de promove 20ª Campanha Nacional de Vacina��o contra a gripe at� a pr�xima sexta-feira. A recomenda��o da pasta � que 54,4 milh�es de pessoas sejam vacinadas no pa�s, com prioridade para o grupo priorit�rio definido pelo �rg�o: pessoas a partir de 60 anos; crian�as de 6 meses a menores de 5 anos; trabalhadores de sa�de; professores das redes p�blica e privada; povos ind�genas; gestantes; pu�rperas (at� 45 dias ap�s o parto); e pessoas privadas de liberdade, al�m dos funcion�rios do sistema prisional. Em Minas Gerais, esse agrupamento chega a 5,6 milh�es de pessoas.
Apesar dos altos �ndices de �bitos em Minas, o infectologista Una� Tupinamb�s est� dentro do previsto pelos profissionais da sa�de. “� um n�mero esperado. No Brasil, foram quase 400 pessoas que vieram a �bito pelo Influenza. Estamos no momento auge da doen�a, na esta��o do outono. A preocupa��o segue at� o fim do m�s julho e in�cio de agosto”, afirma. Ainda segundo ele, o poder p�blico tem cumprido seu papel para preven��o dos casos de SRAG, apesar da falta de investimento. “O que nos preocupa s�o os cortes nos servi�os de sa�de, pela Medida Provis�ria 839, publicada para sustentar a queda no pre�o do �leo diesel. Isso pode piorar ainda mais um cen�rio de escassez de recursos”, analisa.
Quanto antes se cuidar, melhor
Al�m da vacina��o, a popula��o pode contribuir para evitar a prolifera��o do v�rus. A��es como higiene frequente das m�os e se distanciar grandes aglomera��es e espa�os fechados ajudam a prevenir o cont�gio. Majoritariamente, a contamina��o se d� por meio de secre��es liberadas pela pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar. “De uma forma geral, ter infec��es vir�ticas, principalmente de repeti��o, tem mais rela��o com o estado imunol�gico do indiv�duo do que propriamente com o tipo de v�rus em quest�o.
A melhor forma de se prevenir das infec��es vir�ticas desta �poca � manter, durante todo o ano, um estilo de vida saud�vel. Isso quer dizer n�o fumar ou exagerar no consumo de �lcool, praticar atividade f�sica aer�bica regularmente, ter uma alimenta��o balanceada e um sono de qualidade, al�m de se imunizar de acordo com o calend�rio vacinal e o grupo et�rio”, salienta o cl�nico da Unimed-BH, Val�rio Trindade.
De acordo com o profissional, outras causas tradicionalmente apontadas para a gripe nem sempre s�o realidade. � o caso do consumo de l�quidos gelados ou se expor � friagem. “V�rus s�o os causadores de gripes e resfriados, assim, mudan�as de temperatura e ingest�o de alimentos gelados n�o s�o causa de infec��es vir�ticas”. Quanto aos ch�s e o mel, Trindade destaca que “n�o existem evid�ncias cient�ficas de que xaropes e ch�s” curem a infec��o. Por outro lado, essas bebidas quentes ajudam amenizar o reflexo da tosse.