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Estado de Minas

Belo Horizonte tem sexta-feira com folga pela metade devido a jogo do Brasil

Muitas pessoas conseguiram folga do trabalho e da escola, outros continuaram as atividades normais durante o jogo, e mais uma parcela da popula��o teve que trabalhar na parte da tarde


postado em 22/06/2018 16:20 / atualizado em 22/06/2018 16:34

Milhares de pessoas se reuniram na Savassi para assistir ao jogo(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Milhares de pessoas se reuniram na Savassi para assistir ao jogo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O jogo entre Brasil e Costa Rica, marcado para �s 9h da manh�, dividiu a popula��o de Belo Horizonte. Enquanto muita gente conseguiu folga do trabalho ou da escola, uma parcela significativa dos moradores da cidade parou apenas para o jogo e voltou �s atividades normais ou ent�o manteve os compromissos, sem brecha para acompanhar a partida. O fato � que, com a vit�ria dram�tica do Brasil no fim do jogo, o al�vio de muitos se transformou em folga na parte da tarde, emendando a libera��o que inicialmente valia apenas para o turno da manh�. Nas ruas, o clima foi de feriado, com �nibus vazios e o movimento das ruas concentrado nos bares lotados para acompanhar o jogo.

O grupo de amigos formado pelo estudante Guilherme Vin�cius, 24 anos, os engenheiros Cristiano Castro, 39, e Eraldo de Paula, 37, e a corretora de seguros Bruna Martins, de 31, aproveitou a partida para degustar uma boa cerveja na Savassi. Ao fim dos 90 minutos regulamentares e mais os sete de acr�scimos, o sentimento foi distinto entre os quatro. Enquanto Bruna tinha um compromisso profissional marcado na parte da tarde, os tr�s estavam livres. “Hoje (ontem) � direto. Trabalhar agora s� na segunda-feira”, brinca Cristiano. Apesar do clima de alegria p�s vit�ria do Brasil, ele disse que mesmo se a sele��o perdesse ele tamb�m n�o iria trabalhar. “J� estava definido no trabalho”, afirma. “Eu acho que nem � muito inteligente voltar a trabalhar, porque muita gente aproveita para tomar uma cerveja e voltar nessas condi��es � at� pior”, acrescenta Eraldo. Apesar da vit�ria, Bruna n�o estava t�o animada quanto os demais. “Eu tenho que atender um cliente na parte da tarde. Isso se ele n�o desmarcar, n�?”, brinca ela.

As amigas Fernanda Ribeiro, 32, e Aline Silva, 34, tamb�m comemoraram a extens�o do tempo de farra. “Hoje � sem chance, vamos continuar festejando at� o fim do dia”, diz Fernanda, que � advogada. Aline, que � administradora, j� pensava no p�s festa. “J� estou pensando para onde vamos de noite, porque o fim de semana come�ou mais cedo”, afirma. A secret�ria Luciane Abade, 41 anos, n�o teve a mesma sorte. “Eu j� trabalhei um pouco antes do jogo e agora to voltando para cumprir o resto do jornada, porque minha folga no trabalho � s� para o per�odo exato da partida”, diz ela.

Se a maior parte da popula��o consegue libera��o nos trabalhos e nas escolas para ver os jogos do Brasil, para uma parcela de trabalhadores at� mesmo ver o jogo fica complicado em virtude da caracter�stica da profiss�o. Entre os policiais militares que estavam de prontid�o na regi�o da Savassi, o major Orleans Ant�nio Dutra, comandante da 4ª Companhia do 1º Batalh�o, pontuou a necessidade do policiamento o tempo todo. “Temos que ficar sempre de olho o tempo todo para garantir a seguran�a do evento”, afirma o policial. Outros dois fiscais da Prefeitura de BH, que n�o quiseram se identificar, chegaram na Savassi �s 7h e n�o puderam assistir ao jogo. “Existem algumas regras no evento que precisam ser cumpridas e somos n�s que fazemos a fiscaliza��o, ent�o temos que ficar ligados, n�o tem como ver o jogo”, afirma um deles. “Temos que controlar a presen�a de ambulantes e tamb�m fiscalizar a atua��o dos bares, para ver se ningu�m est� desrespeitando o C�digo de Posturas”, completa o segundo fiscal.

At� houve uma tentativa de estender a transmiss�o da partida para o maior n�mero de pessoas com o jogo dispon�vel em 14 pontos de �nibus da Regi�o Centro-Sul e tamb�m em uma banca de revistas, esquema viabilizado por uma marca de cerveja. Mas n�o houve muita ades�o nas ruas, j� que durante o jogo a cidade ficou praticamente deserta, com a concentra��o nos bares de BH. A faxineira Maria dos Passos de Assis, 58, pegou servi�o na Savassi �s 7h, concluiu sua demanda, e �s 10h seguia para outro trabalho, no Centro. Mesmo com a televis�o passando o jogo no ponto em que ela aguardava o coletivo na Avenida Get�lio Vargas, n�o houve nenhum interesse em ver Neymar e companhia. “Eu estou preocupada com o Brasil e n�o com a sele��o brasileira. Esse pessoal j� ganha muito dinheiro enquanto n�s estamos aqui sofrendo. Minha vida segue normal”, afirma.

Apesar de a maioria dos coletivos ter rodado vazia para uma sexta-feira, especialmente no hor�rio de pico da manh�, tamb�m houve exemplos de �nibus lotados por conta da diminui��o da oferta. Segundo informa��es de passageiros da linha 638 (Esta��o Vilarinho/Minascaixa), apenas dois coletivos foram colocados para rodar por volta das 6h, o que deixou um desses coletivos abarrotado.


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