A partir desta semana, prefeitura de BH vai atr�s de quem n�o se vacinou

A amea�a do retorno ao pa�s de doen�as erradicadas ou controladas levou a Secretaria Municipal de Sa�de a decretar uma verdadeira “ca�a” aos faltosos das salas de vacina��o de Belo Horizonte. A partir desta semana, funcion�rios de centros de sa�de tentar�o localizar por telefone quem precisa se proteger contra o sarampo, e agentes comunit�rios, que v�o para a rua, far�o o mesmo servi�o no trabalho de casa em casa. Em agosto, campanha nacional de imuniza��o do dia 6 ao 31 vai tentar evitar que o surto da enfermidade no Norte do Brasil e a ocorr�ncia de casos em estados das regi�es Sudeste e Centro-Oeste se alastrem para o restante do territ�rio brasileiro, al�m de bloquear de vez qualquer possibilidade de ressurgimento da poliomielite.

Venezuelanos que est�o vindo para o Brasil e viajantes chegando da Europa, principalmente quem est� de retorno da Copa do Mundo da R�ssia, s�o potenciais propagadores de doen�as como sarampo e difteria. O primeiro caso se deve aos registros dessas doen�as na Venezuela e o segundo, na Europa. Antes do Mundial, a Organiza��o Mundial de Sa�de emitiu alerta para os torcedores que fossem viajar tomassem a tr�plice viral, que protege contra sarampo, rub�ola e caxumba. Isso porque a intensifica��o das viagens internacionais e o movimento de pessoas durante eventos de massa aumentam o risco de transmiss�o de doen�as, segundo a OMS.

Al�m disso, no ano passado, o n�mero de novos casos de sarampo na Europa quadruplicou. A doen�a infectou 22,3 mil pessoas e causou 36 mortes. Nos primeiros tr�s meses de 2018, a Europa registrou mais de 18 mil casos de sarampo. Fran�a, Gr�cia, S�rvia e Ucr�nia s�o os pa�ses com o maior n�mero de casos. A R�ssia, por sua parte, notificou mais de 600 casos.

Em 2016, o Brasil recebeu da Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS) o certificado de elimina��o da circula��o do v�rus do sarampo. Segundo o Minist�rio da Sa�de, entre 2013 e 2015, ocorreram surtos decorrentes de pacientes vindos de outros pa�ses, sendo registrados nesse per�odo 1.310 casos da doen�a. O maior n�mero de casos foi registrado em Pernambuco e no Cear�. Em 2017, casos de sarampo em venezuelanos que adentraram no estado de Roraima foram confirmados, ocasionando um surto da doen�a nessa unidade da Federa��o, com amplia��o de casos da doen�a para Manaus, no Amazonas. At� 27 de junho, foram confirmados 475 casos no pa�s, sendo 265 no Amazonas, 200 em Roraima e dois no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a pasta, casos isolados e relacionados � importa��o foram identificados nos estados de S�o Paulo (1), Rio Grande do Sul (6) e Rond�nia (1).

Em Minas, 56 casos est�o sendo investigados – n�o h� notifica��es confirmadas. Em Belo Horizonte, o �ltimo caso � de 1997. Depois disso, foram registrados dois casos importados: um de morador que se contaminou numa viagem aos Estados Unidos e, em 2013, de um franc�s que chegou com a doen�a. A rub�ola, que teve na capital 12 casos confirmados em 2007 e quatro em 2008, � a que menos preocupa, segundo a diretora de Promo��o � Sa�de e Vigil�ncia Epidemiol�gica da Secretaria Municipal de Sa�de, L�cia Paix�o. “Tomando a tr�plice viral contra o sarampo, a pessoa se protege automaticamente”, diz. Outra enfermidade que liga o alerta � a difteria. Minas Gerais n�o registrava casos desde 2011. Ano passado, houve dois, sendo um em BH – em todo o pa�s, foram cinco. “Era um paciente adulto que tinha uma doen�a de base, causando a baixa imunidade. Foi uma situa��o diferenciada e ele foi tratado e curado”, explica L�cia.

Em 2017, houve uma morte referente a um caso importado da Venezuela. No Brasil, a redu��o da incid�ncia se deu a partir da d�cada de 1990. A cobertura vacinal no pa�s aumentou gradativamente, passando de 66%, em 1990, para mais de 95%, em 2015. Na sequ�ncia, caiu: em 2016 e 2017, a cobertura foi de 92% e 78%, respectivamente.