
As fam�lias das oito v�timas que morreram no tr�gico acidente ocorrido na manh� de segunda-feira, no perigoso trecho da BR-251, na subida da Serra de Francisco S�, no Norte de Minas, enfrentam um novo drama: ainda n�o sabem quando os parentes ser�o velados e sepultados devido �s dificuldades de identificar os corpos, que ficaram completamente carbonizados. O acidente aconteceu no Km 474 da rodovia e envolveu 11 ve�culos – cinco carros de passeio, cinco carretas e um �nibus. Al�m dos mortos, 53 pessoas ficaram feridas e uma segue desaparecida.
Inicialmente, os corpos foram encaminhados para necropsia e trabalhos de reconhecimento no Instituto M�dico-Legal (IML) de Montes Claros, na mesma regi�o do estado. Mas, no final da tarde de ontem, o �rg�o informou que, como as v�timas ficaram muito carbonizadas, n�o � poss�vel a identifica��o e o reconhecimento pelas fam�lias. Por isso, os corpos ter�o que ser encaminhados para o Instituto de Criminal�stica, em Belo Horizonte, para a identifica��o por interm�dio do exame de DNA. Para identifica��o, tamb�m ser� usado o material coletado dos familiares das v�timas.
Parentes da aluna do curso de mestrado em biotecnologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Nat�lia Ara�jo de Almeida, natural de Salinas, tamb�m no Norte de Minas, uma das v�timas do acidente, permaneceram praticamente todo o dia de ontem no IML de Montes Claros, aguardando a libera��o do corpo. O desespero entre eles aumentou quando foram informados de que n�o seria poss�vel fazer a identifica��o pelo Instituto e que o material ter� que ser encaminhado para Belo Horizonte. Em Salinas, outros parentes e amigos estavam ansiosos, aguardando pelo vel�rio.
COMO��O A trag�dia provocou como��o e muita tristeza em Rio Pardo de Minas, ainda na mesma regi�o do estado. O motivo de tamanha tristeza � que seis das oito pessoas mortas no grave acidente da BR-251 eram da cidade. O prefeito Marcos Vin�cius Ramos (PSD) decretou luto oficial de tr�s dias no munic�pio.
As v�timas de Rio Pardo de Minas estavam em um Fiat Dobl� da Secretaria Municipal de Sa�de, que levava pacientes com os acompanhantes para tratamento m�dico em Montes Claros. Apenas um dos sete ocupantes do carro sobreviveu: o sargento da Pol�cia Militar Rafael Pedro Santana, que teve 90% do corpo queimado e ainda est� internado em estado grave na Santa Casa de Montes Claros. Segundo informa��es da unidade de sa�de, ele respira com ajuda de aparelhos.
Dos ocupantes do ve�culo de Rio Pardo, morreram no acidente, o motorista F�bio de Almeida Dias, de 28 anos, e os passageiros Juscelino Marques, de 42, que iria realizar uma consulta com um neurologista, Maria Francisca Santana, de 69, que tratava de c�ncer, Suely Gon�alves do Santos, de 34, Celina Ribeiro de Lima, de 71, e a sua filha, Neli Ribeiro de Lima. Suely e Celina eram submetidas ao tratamento de hemodi�lise em Montes Claros, distante 310 quil�metros de Rio Pardo de Minas.
Ainda morreram no acidente a estudante Nat�lia e Genildo Barbosa, de 32, que dirigia um carro da Prefeitura de Josen�polis, tamb�m envolvido no engavetamento. Ele tamb�m teve o corpo carbonizado.
Para a Santa Casa de Montes Claros, foram levadas seis pessoas v�timas do acidente. Al�m do sargento da PM, um outro homem de 42 anos segue internado. Outras quatro pessoas, entre elas uma crian�a de 5 anos, receberam alta ontem.
De acordo com a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), o acidente ocorreu por causa de uma carreta ba� com c�mara fria carregada com mel�es, que bateu na traseira do Fiat Dobl� e, desgovernada, atingiu outros ve�culos.
