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Estado de Minas

Principais propostas de interven��o no Anel Rodovi�rio n�o avan�aram

Acidentes em sequ�ncia causam morte, deixam feridos e complicam o tr�nsito no trecho mais perigoso do Anel Rodovi�rio, onde armadilhas s�o antigas conhecidas de motoristas e autoridades


postado em 21/08/2018 06:00 / atualizado em 21/08/2018 07:54

Ver galeria . 12 Fotos Caminhão-tanque que transportava óleo lubrificante batem em pelo menos seis veículos no Anel Rodovário, altura do Bairro Olhos D'Água, nesta segunda-feira. Duas pessoas ficaram feridasEdésio Ferreira/EM/DA Press
Caminh�o-tanque que transportava �leo lubrificante batem em pelo menos seis ve�culos no Anel Rodov�rio, altura do Bairro Olhos D'�gua, nesta segunda-feira. Duas pessoas ficaram feridas (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press )


O trecho � conhecido, os riscos tamb�m, mas a descida do Anel Rodovi�rio no Bairro Bet�nia voltou a fazer v�timas ontem, com efeitos colaterais sobre o tr�fego de toda a Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Com o agravante de que um acidente ocorrido ainda na noite de domingo, com uma pessoa morta e outra ferida, contribuiu para um segundo em intervalo de menos de 12 horas: um engavetamento que deixou dois feridos e envolveu nove ve�culos. A sucess�o de batidas exp�e uma realidade que n�o � nova, nem para motoristas e passageiros, tampouco para autoridades municipais, estaduais e federais: as armadilhas de uma via de tra�ado superado, envolvida em debates que n�o avan�am sobre reforma, municipaliza��o e restri��o ao tr�fego pesado.

O problema � recorrente: de acordo com os �ltimos dados fornecidos pela Pol�cia Militar Rodovi�ria (PMRv), do in�cio do ano at� o �ltimo domingo foram nada menos que 725 acidentes na via, entre os quais 54 engavetamentos. O �ltimo deles ocorreu na manh� de ontem, depois que um caminh�o-tanque bateu em oito ve�culos no km 540, na altura do Bairro Olhos D’�gua, Regi�o Oeste de BH. Outra batida, ocorrida � noite, no km 541, teria contribu�do para o desastre, que afetou o tr�nsito, causando v�rias horas de lentid�o.

“Por volta de 9h, o tr�nsito estava lento devido ao hor�rio de pico e � ocorr�ncia da madrugada, pois a carga do ve�culo ainda estava sendo retirada da pista. O tr�fego flu�a em apenas em duas faixas, quando surgiu um caminh�o carregando �leo mineral, que n�o conseguiu parar a tempo e acabou se chocando com outros oito autom�veis – uma viatura do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) e sete ve�culos de passeio”, explicou o tenente Geraldo Donizete, da PMRv. Por volta das 9h30, o congestionamento no sentido Vit�ria-Bras�lia chegava a cinco quil�metros. Apesar dos estragos, n�o houve mortes. Duas v�timas foram socorridas, ambas com ferimentos leves.

O primeiro acidente envolveu um caminh�o que transportava vergalh�es de metal. “O motorista n�o conseguiu mudar de marcha, bateu em uma mureta de prote��o e em um carro. Com o impacto da batida, o passageiro da carreta morreu e a carga se espalhou na pista”, disse o tenente Donizete. Havia um radar no ponto do acidente, que foi destru�do em outra batida, ocorrida em maio.

SUSTO E REVOLTA O economista Tiago Pinheiro, de 39 anos, que teve o carro mais destru�do, escapou ileso. Ele seguia para o trabalho quando foi surpreendido pelo impacto. “Foi aquele acidente cl�ssico do Anel, a que a gente est� acostumado. A batida de mais cedo parou o tr�nsito todo. Eu estava na pista do meio, parado por causa do congestionamento. N�o deu nem um minuto quando senti a pancada na traseira do carro. O caminh�o me arrastou por muitos metros”, relatou. Ele acrescentou que normalmente n�o passa pelo Anel, justamente por considerar uma rodovia muito perigosa. “Ontem, estava voltando de um s�tio, deixei minha esposa em casa e resolvi pegar a via para evitar o tr�nsito e chegar ao trabalho. Mas n�o pretendo voltar a fazer este trajeto”, completou.

Washington Luis do Carmo, de 44, tamb�m teve o carro atingido pelo engavetamento. Ap�s o susto, a revolta: “Vemos isso todo dia na TV. Mas quando acontece com a gente � que vemos o quanto � perigoso. Fico revoltado, pois pagamos nossos impostos e n�o vemos retorno. Eu estava com o carro cheio, tinha cinco pessoas, poderia ter sido uma trag�dia”, alertou.

IMPRUD�NCIA O tenente Donizete explicou que n�o foi poss�vel constatar as causas do acidente. “Mas todo condutor tem a obriga��o, de acordo com o C�digo de Tr�nsito Brasileiro, de dirigir com aten��o indispens�vel � seguran�a do tr�nsito”, disse. Ainda, segundo ele, os motoristas que transitam pelo Anel precisam ter mais prud�ncia e paci�ncia, sabendo que est�o em uma rodovia de fluxo intenso, onde pode haver reten��es ou paradas repentinas.

O Anel tem 26 quil�metros de extens�o e liga quatro rodovias que passam pela Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. A maior parte da estrada fica a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o restante, entre os bairros Calif�rnia (Regi�o Noroeste) e Olhos D’�gua (Oeste) � administrado pela concession�ria Via 040. A empresa atua na presta��o de servi�o de socorro m�dico e mec�nico, manuten��o cont�nua da sinaliza��o e do asfalto, servi�os de conserva��o e gest�o do tr�fego nos 10 quil�metros sob concess�o – que incluem o trecho cr�tico, onde ocorreram os �ltimos desastres.

 

 

Como ficou?


Principais propostas de interven��o no Anel Rodovi�rio n�o avan�aram. Confira a situa��o de cada uma

» A municipaliza��o
A Prefeitura de BH prop�s a��o judicial cobrando a municipaliza��o da rodovia, em setembro do ano passado, ap�s um grave acidente que matou tr�s pessoas no Bairro Bet�nia, na Regi�o Oeste. Em abril deste ano, o pedido foi negado pela Justi�a Federal. O munic�pio interp�s recurso e, ontem, informou que ainda aguarda julgamento.

» A restri��o para caminh�es
Em janeiro, a Prefeitura de BH informou que a restri��o para ve�culos pesados deveria come�ar at� mar�o no Anel Rodovi�rio. Na ocasi�o, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em nota, sustentou que n�o havia decis�o a respeito. O Minist�rio dos Transportes, Portos e Avia��o, ao qual o Dnit est� subordinado, informou em comunicado que haveria, sim, limita��o na rodovia, mas no trecho sob concess�o da Via-040, e que o percurso restante operaria normalmente. O Estado de Minas questionou a ANTT sobre as propostas de municipaliza��o e de retirada de caminh�es do Anel. “Existe um grupo de trabalho tratando do assunto, mas ainda n�o h� previs�o de quando ocorrer� a restri��o, visto que demanda uma an�lise profunda  envolvendo v�rios setores da sociedade e �rg�os de governo”, informou, em nota.

» A revitaliza��o
Em junho deste ano, come�ou novo cap�tulo para o in�cio da reforma da rodovia. Um acordo negociado entre o Minist�rio P�blico Federal (MPF) e a Ferrovia Centro-Atl�ntica (FCA) surge como esperan�a de acabar com gargalos e reduzir os graves acidentes que acontecem na rodovia. D�vida da empresa com a Uni�o pode ser revertida em recursos para as obras. O valor do repasse seria de R$ 600 milh�es. Com o montante, seriam feitas interven��es no trecho entre o Bairro Bet�nia e a Avenida Amazonas. Ontem, o Estado de Minas entrou em contato com o MPF sobre o tema. Em nota, o �rg�o informou apenas que as negocia��es continuam. Tamb�m questionado, o Dnit informou que lan�ar� edital para contrata��o dos projetos executivos para obras no trecho sob sua responsabilidade, compreendido entre o acesso ao Bairro Calif�rnia
(BR-040) e o fim do Anel Rodovi�rio, na sa�da para Sabar�. Mas n�o deu mais detalhes ou qualquer previs�o de prazo.

 


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