(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Saiba como se proteger da mal�ria, que tem 14 casos suspeitos em Minas Gerais

Minas, que acaba de sair de sua pior epidemia de febre amarela, entra em alerta contra mais um antigo inimigo, especialmente pela notifica��o de casos em regi�es vizinhas do Esp�rito Santo


postado em 23/08/2018 06:00 / atualizado em 23/08/2018 07:35

Doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Minas registrou este ano 20 casos importados e investiga cinco (foto: Reprodução da internet - 10/3/05)
Doen�a � transmitida pela picada da f�mea do mosquito Anopheles. Minas registrou este ano 20 casos importados e investiga cinco (foto: Reprodu��o da internet - 10/3/05)


Depois de enfrentar a maior epidemia de febre amarela da hist�ria e em meio � intermin�vel batalha contra o mosquito Aedes aegypti, para se evitar dengue, chikungunya e zika, Minas Gerais entra agora em alerta contra outra velha doen�a: a mal�ria. O alarme foi ligado depois da notifica��o de 14 casos suspeitos desde a sexta-feira passada, cinco deles ainda em investiga��o. Os outros nove foram descartados. Os diagn�sticos est�o concentrados em tr�s munic�pios da Regi�o Leste, na divisa com o Esp�rito Santo, estado em que h� atualmente surto da doen�a. Ao longo de 2018, Minas registrou 20 casos confirmados da doen�a, transmitida pela picada da f�mea do mosquito Anopheles. Todas essas contamina��es ocorreram na regi�o amaz�nica, de acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de (SES).


Os cinco casos em an�lise est�o distribu�dos entre as cidades de Mantena (tr�s), Conselheiro Pena e Galileia. S�o cidades que ficam a poucos quil�metros dos munic�pios capixabas de Vila Pav�o e Barra de S�o Francisco, que registraram as primeiras transmiss�es no m�s passado. Al�m da proximidade com a �rea de risco, os pacientes apresentam quadro cl�nico suspeito. “H� um v�nculo epidemiol�gico com o que tem ocorrido no Esp�rito Santo, onde h� casos confirmados. A mal�ria se d� em espa�os rurais e onde h� atividade econ�mica extrativa. O estado vizinho tem lavoura de caf� e, nesse momento, por causa da colheita, h� tr�nsito grande de pessoas que v�o trabalhar l�”, afirmou o subsecret�rio de estado de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Rodrigo Said. “A mal�ria n�o � doen�a frequente em Minas, por isso, esse est� sendo caracterizado como um evento inusitado”, disse.


De acordo com o Minist�rio da Sa�de, at� o �ltimo dia 15 foram registrados e est�o em investiga��o no Esp�rito Santo 127 casos de mal�ria por Plasmodium falciparum (o mais letal), sendo 99 no munic�pio de Vila Pav�o e 28 em Barra de S�o Francisco, com confirma��o laboratorial de uma morte pela doen�a. Nesses locais, est�o sendo feitas diversas a��es, como diagn�stico e tratamento supervisionado, borrifa��o de inseticidas em moradias e educa��o em sa�de. Em car�ter emergencial, tamb�m foram encaminhados medicamentos e testes r�pidos adicionais para o estado. Al�m disso, um t�cnico do Programa Nacional de Preven��o e Controle da Mal�ria esteve nos munic�pios para apoiar as a��es de conten��o do surto, al�m de orientar as equipes municipais e estadual sobre as estrat�gias de controle da mal�ria mais eficazes e adequadas � necessidade local.


A mal�ria � uma doen�a febril aguda causada por parasitas transmitidos pela picada de mosquitos (veja arte). Se diagnosticada e tratada corretamente em at� 48 horas do in�cio dos primeiros sintomas, tem cura. Das cinco esp�cies causadoras da mal�ria humana, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax s�o os mais comuns no Brasil. Em poucos dias de infec��o, o P. falciparum causa quadro grave, por isso, todo suspeito de mal�ria deve, de imediato, ser submetido ao exame laboratorial. J� o P. vivax apresenta um quadro de cl�nico mais brando, de febre, mal-estar e dor de cabe�a, mas, se n�o for tratado, pode levar o paciente a complica��es e at� � morte. Do lado mineiro, a SES est� mobilizando 51 munic�pios da Regi�o Leste, fazendo o alerta e capacitando profissionais da sa�de, entre outras medidas.


Em Minas, os exames para confirmar a doen�a s�o feitos nos munic�pios e passam por nova an�lise no laborat�rio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “S� se descarta ou se confirma depois dessas duas an�lises”, afirma o subsecret�rio Rodrigo Said. Al�m do alerta, a SES est� fazendo vigil�ncia na �rea classificada como receptiva, ou seja, que tem a possibilidade da presen�a do mosquito Anopheles. Em 1988, a cidade de Mantena, no Vale do Rio Doce, teve 43 casos de mal�ria e, em 1999, Nova Bel�m, na mesma regi�o, registrou um. “Come�amos uma nova investiga��o entomol�gica (de insetos) para saber se a �rea continua como receptiva”, detalha Said.


A preocupa��o no momento � com um diagn�stico diferenciado a pacientes da regi�o. Por isso, a recomenda��o da Sa�de estadual � que toda pessoa com febre alta, a partir de 40 graus, apresentando ou n�o outros sintomas, como cansa�o, calafrio, dores de cabe�a e muscular, deve procurar o centro de sa�de mais pr�ximo. Aos profissionais, a orienta��o � recolher material para an�lise. Uma das medidas adotadas foi o pedido de cota adicional de medicamento e teste r�pido ao Minist�rio da Sa�de. J� foram enviados rem�dios e testes extras � Superintend�ncia de Sa�de de Governador Valadares, respons�vel pela regi�o. Tamb�m ser�o distribu�dos repelentes para a �rea de risco.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


TRANSMISS�O Embora n�o seja �rea end�mica, Minas tem registro recente de transmiss�o dentro do pr�prio territ�rio (aut�ctone), devido ao surto ocorrido no fim de 2016 e in�cio de 2017 em uma zona de garimpo no limite dos munic�pios de Couto Magalh�es de Minas e Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Na ocasi�o, 23 casos foram confirmados.


A regi�o Amaz�nica concentra mais de 99% dos casos de mal�ria do Brasil, mas os demais estados tamb�m t�m �reas com a presen�a do mosquito transmissor, onde podem ocorrer a reintrodu��o da mal�ria e surtos a partir de um caso importado. Por isso, o Minist�rio da Sa�de informa que a vigil�ncia para a doen�a deve ser mantida mesmo em �reas sem transmiss�o. “Surtos podem ser evitados com a suspei��o, diagn�stico e tratamento oportunos dos casos importados, considerando o deslocamento do paciente para �reas onde haja cont�gio”, informou a pasta, por meio de nota.


Dados federais preliminares revelam que, em 2017, foram notificados 194.372 casos de mal�ria em todo o pa�s. Em 2016, foi registrado o menor n�mero de casos dos �ltimos 37 anos (129.243). Neste ano, de janeiro a junho, foram registrados 92.357 casos da doen�a. O minist�rio acrescenta que tem adotado uma s�rie de a��es estrat�gicas para o enfrentamento do problema, entre elas o Plano de Elimina��o de Mal�ria no Brasil, com �nfase no combate � forma causada pelo Plasmodium falciparum. Tamb�m monitora indicadores de mal�ria e d� suporte t�cnico no enfrentamento �s secretarias estaduais de Sa�de. Garante tamb�m tratamento completo pelo SUS e envia insumos para as a��es de controle vetorial (inseticidas).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)