
As comemora��es pelo dia da padroeira de Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade, come�aram bem cedo, quando mais de 2 mil pessoas, a maioria do Apostolado da Ora��o, chegaram ao topo da Serra da Piedade, em Caet�, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Durante todo o dia era praticamente imposs�vel enxergar um palmo adiante do nariz, devido � nebulosidade, principalmente na frente da antiga ermida do s�culo 18, hoje bas�lica, que guarda a imagem da padroeira esculpida por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijdinho (1738-1814).
J� para a cerim�nia de abertura do processo de beatifica��o do mineiro natural de Caet�, vieram �nibus de Belo Horizonte, Lavras e Santos Dumont, Congonhas e Divin�polis, dos estados do Tocantins e Rio de Janeiro e de Bras�lia (DF). Moradora de Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste de Minas, e usando camisa com o rosto estampado de Monsenhor Domingos, Lourdes Eduviges Guimar�es disse que p�e muita devo��o na candidatura a beato, e depois a santo, do Evangelista da Piedade. “Tenho f� nele desde pequena, aprendi com minha m�e”, contou. Na caravana de Bras�lia, a professora Gl�ucia Andr�a Penha Carvalho, do Instituto S�o Jos�, se mostrou satisfeita ao participar da festa na Serra da Piedade. “Estou encantada com este lugar. � importante destacar que a congrega��o faz um belo trabalho e mant�m vivos os sonhos do monsenhor”, disse.

Santidade e simplicidade
Natural de Caet�, na Grande BH, monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro passou a vida servindo a Deus e ajudando as pessoas. De acordo com a Congrega��o das Irm�s Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, por ele fundada, “sua exist�ncia foi admir�vel e sua pureza de costumes, os benef�cios de suas obras apost�licas e a confian�a na provid�ncia divina diante dos sofrimentos, caracter�sticas predominantes”. “Como reconhecimento a tanta benemer�ncia, a Santa S� lhe concedeu o t�tulo de monsenhor.” Em 1905, o papa Pio X destacou a integridade, a tenacidade e o zelo religioso para com o minist�rio, a atividade mission�ria, o labor e o cuidado em favor dos pobres, �rf�os e enfermos. “� lembrado tamb�m por saber juntar a santidade das obras � simplicidade da vida. Era um prot�tipo de pureza e caridade pela luz e calor de sua alma. Trabalhou sem tr�gua e sem f�rias durante mais de meio s�culo de sacerd�cio.” O religioso cresceu frequentando o Santu�rio de Nossa Senhora da Piedade, entrou para o semin�rio de Mariana e foi ordenado padre em 1869.