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Estado de Minas

Google em BH abre as portas para mulheres em setor predominantemente masculino

O projeto abre as portas a 80 alunas do ensino m�dio para incentiv�-las a seguir carreira na �rea de exatas


postado em 23/09/2018 06:00 / atualizado em 23/09/2018 09:08

A estudante Maria Júlia Mendonça, de Bauru, interior de São Paulo, descobriu que pode unir a habilidade em eletrônica, ênfase de seu curso técnico, com a formação em medicina, que pretende cursar(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
A estudante Maria J�lia Mendon�a, de Bauru, interior de S�o Paulo, descobriu que pode unir a habilidade em eletr�nica, �nfase de seu curso t�cnico, com a forma��o em medicina, que pretende cursar (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Superar obst�culos, pedra sobre pedra, at� alcan�ar a vit�ria. A divers�o na parede de escalada, na verdade, anuncia um projeto de vida para a estudante Maria J�lia Mendon�a, de 16 anos, de Bauru, no interior de S�o Paulo. A jovem n�o est� de brincadeira e, desde cedo, mant�m o foco em seus objetivos. A parede de escalada em quest�o � na sede do escrit�rio do Google em Belo Horizonte, o �nico na Am�rica Latina voltado para engenharia, que abriu as portas para 80 meninas do Brasil inteiro, como forma de incentiv�-las a seguir carreira na �rea de exatas, territ�rio ocupado massivamente por homens. De acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), as engenheiras correspondem a apenas 14,3% dos profissionais da �rea. Do total de 1,4 milh�o, 204 mil s�o mulheres.

Em sua segunda edi��o, o projeto Mind the Gap, da multinacional de servi�os on-line e softwares, apresentou o universo da tecnologia para alunas do 2º ano do ensino m�dio de escolas p�blicas e particulares bem classificadas no Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem). E nada melhor do que romper barreiras num ambiente de inova��es mundiais. � no escrit�rio de BH que s�o desenvolvidas, por exemplo, ferramentas do sistema de busca usado no mundo todo. Al�m de passar um dia imersas na empresa, as meninas foram em outra data ao Departamento de Ci�ncia da Computa��o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“As mulheres t�m menor interesse em exatas por uma constru��o cultural que tem tudo a ver com o machismo. Em geral, as mulheres escolhem profiss�es em que v�o ajudar as pessoas”, comenta a cientista da computa��o Izabella Maffra, de 27, volunt�ria do projeto. H� tr�s anos e meio trabalhando no Google, ela afirma que a ideia do projeto � dar impulso e liberdade �s meninas nas escolhas de carreira. “Estamos quebrando estere�tipos e queremos pelo menos que elas se perguntem se v�o fazer computa��o”, ressalta.

Em sua segunda edição, o projeto Mind the Gap apresentou o universo da tecnologia para alunas de escolas públicas e particulares que foram bem classificadas no Enem(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Em sua segunda edi��o, o projeto Mind the Gap apresentou o universo da tecnologia para alunas de escolas p�blicas e particulares que foram bem classificadas no Enem (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)


Aluna do 2º ano do Col�gio T�cnico de Bauru, interior de S�o Paulo, Maria J�lia Mendon�a, uma das alunas selecionadas para participar do programa, n�o vai fazer computa��o, mas fez uma descoberta e tanto com a experi�ncia, ao ampliar seus horizontes em rela��o �s ci�ncias m�dicas. Ela quer unir a habilidade em eletr�nica, �nfase de seu curso t�cnico, com a forma��o em medicina, que pretende cursar. “Descobri o inesperado. Posso fazer neurologia, que eu amo, e ajudar na parte de tecnologia”, disse, empolgada.

 

Tamb�m de Bauru, Maria Eduarda Garcia, de 16, que cursa a escola t�cnica de inform�tica, encontrou nas engenheiras do Google um espelho e incentivo. “Independentemente de ser mulher, pela minha capacidade, posso ser uma grande cientista da computa��o”, diz. Ela estava em d�vida e chegou a cogitar fazer o curso de direito. “Mas vi que mesmo nas exatas posso me envolver com projetos de inclus�o e diversidade”, anima-se.

PRESEN�A FEMININA Engenheira da computa��o do Google, Camila Matsubara, de 30, explica que o Mind the Gap surgiu em 2008, em Israel. “Tentamos inspir�-las e mostrar essa carreira como possibilidade”, explica. A pr�pria empresa ilustra essa discrep�ncia e tenta mudar o cen�rio. Enquanto as mulheres ocupam 30,9% do total de postos de trabalho na multinacional, se considerada a �rea de tecnologia, elas correspondem a apenas 21,4% dos empregados. No ano passado, eram 17,4% envolvidas em computa��o e programa��o.

Ganhadora de tr�s olimp�adas de matem�tica e uma de f�sica, Camila Rondelli, de 16, tem fome de conhecimento. Se poss�vel fosse, encheria uma m�o inteira de diplomas: qu�mica, biotecnologia, engenharia aeroespacial, matem�tica, portugu�s. A confian�a n�o a deixa ter receio de alcan�ar seus ideais, mesmo que sejam em �reas em que elas historicamente t�m participa��o menor, como a de ci�ncias exatas. “Se a pessoa for dedicada, ela consegue superar todos os obst�culos”, afirma. E parece que � por esse caminho que ela vai mesmo seguir: “Sinto-me realizada: conhecer o Google era um sonho que mudou a minha vida”.


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