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Estado de Minas

Portador de doen�as raras tenta arrecadar R$ 200 mil para tratamento fora do Brasil

Preso � cadeira de rodas, ele usa as redes sociais na tentativa de obter dinheiro para tratamento na Espanha que promete estabilizar os sintomas


01/10/2018 06:00 - atualizado 01/10/2018 08:38

Breno Freitas, que começou a perder os movimentos aos 23, com Marly e Aguinaldo: 'Estamos aí, chegando junto', anima-se o pai, ao falar da campanha(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Breno Freitas, que come�ou a perder os movimentos aos 23, com Marly e Aguinaldo: 'Estamos a�, chegando junto', anima-se o pai, ao falar da campanha (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)


Nem a imobilidade, nem as sucessivas cirurgias e muito menos a aposentadoria precoce tiram a f� e a esperan�a de Breno Sales de Freitas, de 37 anos, portador de doen�as raras que o prendem � cadeira de rodas. Sonhos e planos tamb�m continuam em alta, tanto que o morador de Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, graduado em sistema da informa��o, leva adiante uma campanha para conseguir recursos e fazer um tratamento em Barcelona, na Espanha. Al�m de usar as redes sociais, Breno recebe a ajuda dos amigos e familiares para a vaquinha virtual, rifas, festas, incluindo uma a fantasia, e outras formas de atingir a import�ncia de R$ 200 mil.

“Estamos a�, chegando junto”, diz com entusiasmo o pai de Breno, Aguinaldo Soares de Freitas, que, ao lado da mulher, Marly Sales de Freitas, ambos aposentados, devota todo o tempo poss�vel ao ca�ula – o casal tem mais dois filhos que j� lhes deram dois netos. Ao lado, sem esconder a emo��o na l�grima que escapa aos olhos, Marly diz que n�o existe cansa�o quando se trata de um filho. “Desde o momento em que tivemos o diagn�stico, falei para mim mesma: ‘Meu filho pode contar comigo’”, afirma a m�e, reunindo os �ltimos exames que ser�o levados ao m�dico num hospital da capital.

Casado com a professora Ana Carolina e residente na casa dos pais no Bairro S�o Geraldo, na cidade vizinha, Breno contou, ontem, um pouco da sua hist�ria, que come�ou a mudar de forma radical aos 23 anos. Na �poca, trabalhando numa empresa de metalurgia, ele come�ou a sentir dorm�ncia na m�o direita. “Minha adolesc�ncia foi normal, nunca tive nada. Gostava de jogar bola, andar de bicicleta, ent�o fiquei surpreso demais com tudo isso”, afirmou. Na consulta com um neurologista, recebeu o diagn�stico de siringomielia – uma cavidade dentro da medula espinhal, que afeta as c�lulas nervosas; como a cavidade central deixa a medula com um aspecto de flauta (syrinx, em grego), a doen�a ganhou esse nome.

Na �poca do diagn�stico, Breno j� namorava Ana Carolina. “S�o 15 anos de relacionamento, sendo cinco de casados.” Hoje tetrapl�gico, ele diz que a mulher tem demonstrado um amor incondicional e, sem ela e os pais, seria muito dif�cil conduzir a vida. Pouco antes de a reportagem chegar � casa, a m�e lia para o filho trechos da biografia de Cazuza. “Gosto muito de livro, de ficar na internet e conversar com os amigos, que est�o sempre por perto”.



SEM DORES Em 2005, os problemas de sa�de de Breno se agravaram, e o m�dico deu um novo diagn�stico, que veio se somar � siringomielia. Dessa vez, era a s�ndrome de Arnold-Chiari, que tamb�m afeta a medula espinhal e o cr�nio. “S�o doen�as cong�nitas e degenerativas, que surgem no in�cio da fase adulta e n�o t�m car�ter heredit�rio. Felizmente, n�o sinto dores, a n�o ser uma certa falta de ar devido � press�o na coluna”, explica.

Mas a vontade de viver fala mais alto e Breno n�o perde a confian�a na ci�ncia. Procura daqui, busca dali, ele descobriu na internet um tratamento em Barcelona, com uma t�cnica inovadora que permite a descompress�o na regi�o sacral (base da coluna) e libera a press�o medular. “N�o � a cura, mas o tratamento estabiliza a doen�a. Se conseguir viajar para a Espanha, poderei respirar melhor. N�o perco a f� de jeito nenhum”, resume, adiantando que dever� ficar de 15 a 20 dias em Barcelona com um acompanhante.

J� s�o quase 11h e os pais se preparam para levar Breno ao hospital em BH. Marly segura os envelopes com os exames recentes e Aguinaldo vai empurrando, cuidadosamente, a cadeira de rodas. No rosto, Breno traz acesa a chama da esperan�a. E n�o perde o bom humor. Quando o rep�rter pergunta se ele j� est� estudando espanhol, brinca: “ Um poquito”.

COMO AJUDAR

Veja os sites com as informa��es sobre a campanha de Breno Sales de Freitas

www.todoscomobreno.com.br


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