
A Prefeitura de Jana�ba, no Norte de Minas, divulgou presta��o de contas da assist�ncia �s v�timas da trag�dia do inc�ndio criminoso na Creche Inocente, que completa um ano na sexta-feira. Embora moradores reclamem da falta de apoio e de amparo por parte do poder p�blico, a administra��o municipal garante ter oferecido atendimento adequado a todas fam�lias atingidas pela trag�dia, causada pelo vigia Dami�o Soares dos Santos, de 50 anos, que, em 5 de outubro de 2017, invadiu a unidade de ensino e ateou fogo na sala onde estavam as crian�as, matando a si pr�prio e provocando as mortes de outras 13 pessoas, entre as quais 10 crian�as, e deixando dezenas de feridos. Na �rea de sa�de, a administra��o afirma que assiste 103 v�timas, entre elas 53 crian�as.
Segundo a Prefeitura de Jana�ba, desde a trag�dia, foi ofertado “atendimento multiprofissional” �s v�timas pelas secretarias municipais de Promo��o Social e a de Sa�de. “Todas as fam�lias foram visitadas e foi realizado levantamento das demandas de cada uma delas, relativas a servi�os de sa�de, transporte, acompanhamento das v�timas hospitalizadas fora da cidade e adapta��o das instala��es a serem utilizadas ap�s a alta”, sustenta a administra��o municipal.
Planilha da prefeitura lista 103 v�timas do inc�ndio criminoso atendidas com exames e consultas especializadas at� hoje, entre crian�as, servidores da creche, al�m de pessoas que ajudaram no socorro aos alunos durante a trag�dia e ingeriram fuma�a t�xica. A administra��o municipal garante que “atendeu todas as v�timas ininterruptamente desde o inc�ndio, destinando �s mesmas servi�os p�blicos de sa�de e assist�ncia social, tanto da rede regular de atendimento quanto decorrente de contrata��es excepcionais realizadas pelo munic�pio �s suas expensas para atendimento exclusivo das v�timas”. Segundo o balan�o, foram gastos R$ 83, 42 mil com a contrata��o de especialistas e compra de produtos para tratamento de queimados at� agosto de 2018. Informa tamb�m que “toda uma rede de sa�de especializada foi estruturada para atendimento das v�timas”. Al�m disso, foi providenciado o “aluguel social” para as fam�lias de v�timas que viviam em moradias prec�rias, sendo gastos at� agora R$ 24 mil com o pagamento do benef�cio.
DOA��ES Reportagem publicada pelo Estado de Minas no domingo mostrou que h� suspeita de que parte das doa��es enviadas por volunt�rios de todo pa�s por ocasi�o do inc�ndio n�o chegou �s fam�lias das v�timas. A suspeita foi levantada pelo presidente da Associa��o dos Familiares de V�timas e Sobreviventes da Trag�dia da Creche Municipal Gente Inocente de Jana�ba (AVTJana), o prot�tico Luiz Carlos Batista, marido da professora Helley de Abreu, morta tentando salvar seus alunos das chamas. Batista disse que vai averiguar os supostos desvios e que, para isso, vai pedir as presta��es de contas da administra��o publica e das entidades que receberam os donativos.
A administra��o municipal rebateu a den�ncia. “Sobre as doa��es de produtos e medicamentos feitas pela sociedade civil destinadas �s v�timas da creche, cumpre informar que o munic�pio repassou todos os insumos recebidos por ele �s fam�lias das v�timas”, garantiu a prefeitura. “No entanto, n�o tem como informar, tampouco se responsabilizar, por doa��es recebidas por outras institui��es”, afirmou. A prefeitura assegurou ainda que as doa��es em dinheiro “foram revertidas 100% para atendimento �s v�timas. Lembra tamb�m que as presta��es de contas foram feitas mensalmente ao Minist�rio P�blico.