
Aos poucos, o mist�rio em torno do tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de S�o Paulo na tarde de sexta-feira, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, vai sendo esclarecido. A Pol�cia Civil j� sabe que o confronto ocorreu em meio a uma transa��o suspeita entre dois empres�rios, um de Juiz de Fora e outro de S�o Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil de Minas, os investigadores j� levantaram tamb�m que os policiais de Minas Gerais estariam apoiando o empres�rio mineiro, enquanto os de S�o Paulo garantiam a seguran�a do empres�rio paulista. No caso dos mineiros, apesar da informa��o da assessoria de imprensa, uma fonte ligada � investiga��o disse que a conduta ainda precisa ser mais detalhada, pois n�o est� claro com qual interesse os mineiros foram acompanhar o caso.
Por essa raz�o, os agentes mineiros foram autuados por prevarica��o, j� que eles, sabendo da negocia��o obscura, deveriam ter acionado a corpora��o oficialmente, mas compareceram ao encontro de forma velada. Enquanto isso, parte do grupo paulista foi enquadrada no crime de lavagem de dinheiro e parte foi liberada. Fonte ligada aos primeiros trabalhos de apura��o explicou que o enquadramento em lavagem de dinheiro � explicado pelo fato de os policiais paulistas estarem protegendo uma negocia��o que tinha v�rios elementos indicativos de ser fruto de algum tipo de crime.
Um seguran�a particular, que acompanhava o grupo de S�o Paulo e � irm�o de um dos policiais paulistas, est� internado em estado grave no Hospital Monte Sinai e foi autuado pelo homic�dio do policial de Juiz de Fora morto no confronto. Por fim, o empres�rio paulista, que fugiu ap�s o tiroteio, foi autuado por tentativa de estelionato, j� que ele � apontado como o dono dos R$ 15 milh�es apreendidos em notas falsas. Ele teria pegado um t�xi a�reo de Juiz de Fora para S�o Paulo.
O pr�ximo passo da investiga��o � explicar o motivo do desentendimento que gerou os tiros e detalhar a negocia��o que estava em andamento entre os dois empres�rios.
Nenhuma identidade dos envolvidos na confus�o foi revelada. O fato, segundo a Pol�cia Civil, � que policiais acompanhavam os empres�rios envolvidos na transa��o, marcada para ocorrer no estacionamento de um condom�nio de consult�rios que faz liga��o com o Hospital Monte Sinai.
No meio desse processo houve o tiroteio. At� o momento a investiga��o aponta que o tiro que matou o policial Rodrigo Francisco, de 39 anos, saiu da arma de um seguran�a particular que acompanhava o grupo do empres�rio paulista com oito policiais do estado vizinho, incluindo dois delegados. Por esse motivo, o seguran�a, que tamb�m foi atingido e est� internado em estado grave, foi autuado pelo homic�dio. Quatro policiais paulistas, que n�o tiveram os cargos revelados, foram autuados por lavagem de dinheiro e permaneciam sob a cust�dia da Pol�cia Civil de Minas at� a publica��o dessa reportagem. A expectativa � que eles sejam encaminhados para S�o Paulo.
Do mesmo grupo de S�o Paulo, outros quatro policiais foram ouvidos e liberados, segundo a investiga��o. Para ouvir uma parte dos agentes paulistas, a Pol�cia Civil de Minas teve que montar um cerco, com o apoio da Pol�cia Militar, para prender os que tinham fugido quando ocorreu o tiroteio. Outro que fugiu � o empres�rio que tinha a seguran�a mantida pelo grupo. Ele � apontado como o dono de R$ 15 milh�es em notas supostamente falsas, que provavelmente seriam usadas na transa��o com o empres�rio de Juiz de Fora. O dinheiro ainda vai passar por per�cia, mas ao que tudo indica o montante � falso. Por essa raz�o, o empres�rio paulista foi identificado e autuado por tentativa de estelionato, mas n�o foi preso.
A assessoria de imprensa da PC tamb�m informou inicialmente que o homem de Juiz de Fora que participaria do neg�cio teria fugido, mas fonte da investiga��o informou que ele foi ouvido no hospital, j� que levou um tiro no p� e tamb�m foi internado.
At� a noite de s�bado, ele n�o havia sido autuado por nenhum crime, conforme a pol�cia. Do grupo que estava com ele, um policial civil mineiro morreu e outros tr�s foram autuados por prevarica��o, crime que o C�digo Penal descreve como “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de of�cio, ou pratic�-lo contra disposi��o expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. Al�m do dinheiro falso, tamb�m foram apreendidos celulares e armas na ocorr�ncia.
At� a noite de s�bado, ele n�o havia sido autuado por nenhum crime, conforme a pol�cia. Do grupo que estava com ele, um policial civil mineiro morreu e outros tr�s foram autuados por prevarica��o, crime que o C�digo Penal descreve como “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de of�cio, ou pratic�-lo contra disposi��o expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. Al�m do dinheiro falso, tamb�m foram apreendidos celulares e armas na ocorr�ncia.