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Estado de Minas

MP acompanha caso de tiroteio entre policiais em Minas; Ouvidoria quer ajuda da PF

Ouvidoria de pol�cia de S�o Paulo enviou of�cio � Superintend�ncia da PF solicitando o acompanhamento do caso. MPMG designou equipe de promotores para seguir de perto as apura��es


postado em 23/10/2018 15:53 / atualizado em 24/10/2018 08:20

Tiroteio aconteceu na última sexta-feira em Juiz de Fora(foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)
Tiroteio aconteceu na �ltima sexta-feira em Juiz de Fora (foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)


Cresce a mobiliza��o para investigar a troca de tiros entre policiais civis de Minas Gerais e de S�o Paulo que terminou com a morte de um agente mineiro em Juiz de Fora, na Zona da Mata, na sexta-feira. Al�m de envolvimento das secretarias de Seguran�a dos dois estados, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) designou uma equipe para acompanhar as apura��es. O ouvidor da Pol�cia Civil paulista refor�ou o pedido para que a Pol�cia Federal (PF) acompanhe o caso, argumentando que h� um grande n�mero de crimes em investiga��o e que eles envolvem duas unidades da Federa��o. Os levantamentos j� realizados indicam que os policiais podem fazer parte de uma organiza��o criminosa.

O ouvidor da pol�cia de S�o Paulo, Benedito Mariano, encaminhou of�cios � superintend�ncia da Pol�cia Federal em S�o Paulo e tamb�m ao ministro de Seguran�a, Raul Jungman. “Acho esta ocorr�ncia envolvendo policiais civis dos dois estados extremamente grave. H� ind�cios de v�rios crimes, como homic�dio de um policial civil, lavagem de dinheiro, estelionato, prevarica��o e organiza��o criminosa. Al�m disso, a PF tem que acompanhar as investiga��es por envolver dois estados”, disse. A PF afirmou que o of�cio foi encaminhado para a delegacia da corpora��o em Juiz de Fora para ser analisado.

O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) tamb�m vai acompanhar o caso. Hoje, uma equipe ligada ao �rg�o foi designada para essa fun��o. Na equipe est�o dois promotores de Juiz de Fora e outros tr�s ligados ao Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), entre eles sua coordenadora, a procuradora de Justi�a C�ssia Virg�nia Serra Teixeira Gontijo. Segundo o MPMG, nenhum procedimento investigat�rio ser� aberto, por enquanto, pelo �rg�o. A equipe vai acompanhar as investiga��es para se inteirar dos fatos.

Depoimento


A linha de apura��o da Superintend�ncia de Investiga��o e Pol�cia Judici�ria de Juiz de Fora � que os policiais davam cobertura a uma transa��o possivelmente ilegal entre os dois empres�rios, marcada para ocorrer no estacionamento de um condom�nio de consult�rios que faz liga��o com o Hospital Monte Sinai. As informa��es j� obtidas pelos investigadores d�o conta de que os policiais faziam a escolta do empres�rio Fl�vio de Souza Guimar�es entre S�o Paulo e Juiz de Fora, que levava d�lares para trocar por reais no munic�pio mineiro. O neg�cio deu errado, aparentemente, quando se descobriu que c�dulas em real que seriam usadas na transa��o eram falsas.

O empres�rio paulista se apresentou na segunda-feira � Corregedoria da Pol�cia Civil do Estado de S�o Paulo, onde negou que estivesse de posse de moeda norte-americana na sexta-feira. Para o ouvidor de Pol�cia de S�o Paulo a hist�ria contada por Guimar�es deve ser mais bem analisada. “Depoimentos contradit�rios. Um dos empres�rios aqui de S�o Paulo, ouvido na corregedoria, disse que n�o levava dinheiro nenhum. Ia apenas a Juiz de Fora pedir um empr�stimo. Estranho ir at� outro estado pegar empr�stimo e levar nove policiais civis de S�o Paulo em uma escolta vip. Claro que ningu�m precisa fazer prova contra si pr�prio, mas no m�nimo devemos investigar as declara��es”, comentou.

Ant�nio Vilela, empres�rio de Minas a quem pertenceriam as malas de notas falsas apreendidas e acabou baleado no p�, deixou o hospital ontem e foi preso. Dois delegados e dois investigadores de S�o Paulo foram encaminhados para o Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Os agentes mineiros foram liberados.

O que j� sabemos sobre o caso


» Em 19 de outubro, houve tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de S�o Paulo, no estacionamento de um condom�nio de consult�rios que faz liga��o com o Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

» Na troca de tiros, o policial civil de Minas Rodrigo Francisco, de 39 anos, morreu. Duas pessoas ficaram feridas. Um deles, Jer�nimo Silva, � dono de empresa de seguran�a particular que acompanhava o grupo de S�o Paulo e irm�o de um dos policiais paulistas. Ele segue internado. O outro paciente, Ant�nio Vilela, empres�rio de Juiz de Fora que estaria transportando R$ 15 milh�es em notas falsas, recebeu alta e foi preso

» O confronto ocorreu em meio a uma transa��o suspeita entre Vilela e Fl�vio Guimar�es, empres�rio de S�o Paulo. As apura��es dos investigadores indicam que policiais de Minas Gerais estavam apoiando o empres�rio mineiro, enquanto os de S�o Paulo garantiam a seguran�a do empres�rio paulista
» At� o momento, a investiga��o aponta que o tiro que matou o policial saiu da arma de um seguran�a particular que acompanhava o grupo do empres�rio paulista com oito policiais do estado vizinho, incluindo dois delegados

» Quatro policiais paulistas, sendo dois delegados e dois investigadores, foram autuados por lavagem de dinheiro. As pris�es em flagrante foram convertidas para preventivas em uma audi�ncia de cust�dia. Todos foram transferidos para a Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem

» Tr�s policiais de Minas foram autuados por prevarica��o e liberados depois de assinar termo em que se comprometem a comparecer a audi�ncia em novembro

» Os dois homens que foram baleados na troca de tiros tamb�m tiveram as pris�es preventivas decretadas

» Do mesmo grupo de S�o Paulo, outros cinco policiais foram ouvidos e liberados.

» O empres�rio Fl�vio Guimar�es fugiu da cena e se apresentou em S�o Paulo. Ele negou que estivesse transportando d�lares e disse que estaria no local para tomar empr�stimo. Indicou ainda que n�o sabia que havia policiais na escolta

» O empres�rio de Juiz de Fora que participaria do neg�cio, Ant�nio Vilela, foi baleado no p�. Ele recebeu alta na noite de domingo e ficou a cargo do sistema prisional


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