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Belo Horizonte supera 2 milh�es de ve�culos

Frota registrada na capital bate pela primeira vez na hist�ria marca emblem�tica. Rela��o atual � de um ve�culo por 1,24 habitante e tend�ncia, segundo especialistas, � de que taxa se equipare


postado em 26/10/2018 06:00 / atualizado em 26/10/2018 08:00

O mapa dos congestionamentos: enquanto população aumentou 11,75% neste século, quantidade de veículos na cidade cresceu 194,46% no período (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
O mapa dos congestionamentos: enquanto popula��o aumentou 11,75% neste s�culo, quantidade de ve�culos na cidade cresceu 194,46% no per�odo (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)


Em meio a congestionamentos que parecem cada vez mais longos e duradouros em ruas e avenidas de Belo Horizonte, a capital alcan�a um n�mero emblem�tico, mas nada favor�vel para as perspectivas do tr�nsito. Dados do Departamento Estadual de Tr�nsito de Minas Gerais (Detran/MG) mostram que a frota registrada na cidade rompeu pela primeira vez na hist�ria a barreira dos 2 milh�es de ve�culos, dos quais 1,3 milh�o de autom�veis e 219 mil motocicletas, n�mero significativo para se medirem os n�veis de mobilidade urbana em um munic�pio que dobrou sua frota em 12 anos e quase a triplicou neste s�culo (veja arte).

No mesmo per�odo, nenhum quil�metro de linha de metr� foi constru�do, ignorando a forma mais indicada por especialistas para garantir qualidade no deslocamento dos habitantes da metr�pole. Com uma popula��o estimada em 2,5 milh�es de pessoas para 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), a marca dos 2 milh�es de carros, motos, �nibus, caminh�es e demais ve�culos significa um ve�culo para cada 1,24 habitante e a previs�o de estudiosos no assunto � alcan�ar a paridade de um para um em um prazo que s� depende dos n�veis de crescimento econ�mico do pa�s. Perspectiva ainda mais grave quando se considera que apenas uma parcela da popula��o � formada por motoristas.

Em 2006, 12 anos atr�s, BH tinha menos de 1 milh�o de ve�culos. De l� para c�, o conjunto das 931.287 unidades da frota que fecharam aquele ano cresceu 114%, para mais que dobrar em outubro de 2018. No mesmo per�odo, a malha metrovi�ria da capital mineira permaneceu com os 28,1 quil�metros de extens�o entre as esta��es Eldorado, em Contagem, na Grande BH, e Vilarinho, na Regi�o de Venda Nova.

No mesmo intervalo, a capital mineira ganhou apenas o Sistema Move como mudan�a significativa na estrutura do transporte p�blico. O BRT, na sigla em ingl�s, deu prioridade de espa�o para os coletivos em quatro grandes corredores da cidade, al�m de duas vias menores no Hipercentro de BH. Muito pouco diante do avan�o da frota, para o coordenador do N�cleo de Infraestrutura e Log�stica da Funda��o Dom Cabral, Paulo Resende. “N�s n�o aumentamos a densidade do transporte coletivo, do transporte de massa, principalmente o metr� – porque � o metr� que tem a capacidade de deixar o ve�culo em casa”, afirma o especialista.

Resende destaca que a barreira dos 2 milh�es de ve�culos � simb�lica para o tr�nsito. “A cidade perdeu a luta que vinha mantendo, de maneira extremamente t�mida em suas interven��es, com o ve�culo privado”, afirma. Quando se analisa o crescimento apenas dos autom�veis, esse n�mero tamb�m dobrou em 12 anos. Enquanto em 2006 a capital mineira tinha 673 mil carros registrados, hoje s�o 1,3 milh�o, 105% a mais.

O resultado disso � o que o professor chama de “espraiamento dos congestionamentos”. Enquanto h� 10 anos o hor�rio de pico da manh� era das 7h �s 8h30, hoje, segundo o especialista, esse hor�rio se estendeu das 6h30 �s 9h. Outro problema ainda mais grave � o potencial que pequenos acidentes ou outros eventos t�m para instalar o caos nas ruas da capital. “Dependendo de onde acontecer um acidente ou outro evento, imediatamente cria-se o que chamamos de efeito de arrasto. Vai-se criando o famoso n� no tr�nsito. S�o Paulo j� atingiu isso h� muito tempo e Belo Horizonte caminha nessa dire��o”, acrescenta Paulo Resende.

N�o resta outro caminho, na avalia��o do coordenador do N�cleo de Infraestrutura e Log�stica da Funda��o Cabral, sen�o investimentos que visem ao melhor uso e ocupa��o do solo, voltar a fazer linhas de metr�, aumentar o BRT/Move, aumentar integra��o entre os modais p�blicos e usar trechos abandonados de ferrovias para implantar trens intermunicipais na regi�o metropolitana.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

O fantasma do rod�zio 


Sem essas medidas, o caminho natural para Belo Horizonte s�o a��es de restri��o para uso de ve�culos particulares, segundo Resende. “S�o Paulo implantou rod�zio e j� se fala em ped�gio urbano, que significa pagar para entrar em determinados lugares da cidade. Outras op��es s�o aumentar placas em rod�zio e fechamento de ruas. Se n�o criarmos um processo acelerado de alternativas, Belo Horizonte caminha para isso”, alerta.

Enquanto Belo Horizonte rompeu a barreira dos 2 milh�es de ve�culos, a frota de Minas Gerais caminha para a marca de 11 milh�es de carros, motos, caminh�es, �nibus e outros em pouco tempo. Dados do Detran apontam 10,8 milh�es de unidades, com quase 6 milh�es de autom�veis e 2,4 milh�es de motocicletas. O estado tem um aumento percentual ligeiramente maior do que o da capital, j� que dobrou sua frota em 11 anos, um a menos que a capital mineira. Em 2007, a frota estadual apontava 5,2 milh�es de ve�culos, o que indica aumento de 105% at� este ano.

 

 

 

Adeus ao velho rotativo de papel


 

Termina hoje o longo reinado dos t�quetes de papel do Estacionamento Rotativo em Belo Horizonte. Implantados em 1976, os tal�es deixam de ser comercializados nos pontos de venda, embora os que est�o em poder de motoristas n�o percam a validade. O sistema passa agora a operar a partir de plataformas digitais, em que os condutores devem adquirir cr�ditos eletr�nicos por aplicativos para celular ou no com�rcio tradicional. O pre�o continua em R$ 4,40, assim como o b�nus de at� 30 minutos por unidade adquirida. Os apps do Rotativo Digital est�o dispon�veis em lojas virtuais para sistemas Android e iOS.


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