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Estado de Minas

BH pode ter mais opera��es contra recepta��o de celulares em shoppings

Na segunda batida da semana em shoppings populares, quase mil aparelhos de telefonia e outros eletr�nicos foram apreendidos por ter sido furtados ou por falta de nota fiscal


postado em 07/11/2018 06:00 / atualizado em 07/11/2018 10:14

(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
 

As pol�cias Militar e Civil, Receita Federal, Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) e Prefeitura de Belo Horizonte fecharam o cerco aos receptadores de celulares roubados que comercializam produtos em boxes de shoppings populares da capital. Ap�s uma a��o no Shopping Xavantes na segunda-feira, a opera��o foi estendida ao Shopping Oiapoque ontem. Nessa segunda fase, foram apreendidos quase mil celulares e outros produtos eletr�nicos com suspeita de terem sido furtados ou sem comprova��o de origem, a maior opera��o do tipo na hist�ria da capital. Somente ontem, 12 pessoas foram presas, somando-se a outras 17 detidas no dia anterior.

“Muitos desses celulares furtados e roubados acabam tendo como destina��o shoppings populares para comercializa��o n�o s� do produto em si, mas tamb�m de pe�as. Como eles n�o conseguem fazer o retorno para uso na comunica��o de muitos aparelhos, o caminho que t�m � exatamente a venda de pe�as desse produto”, informou a procuradora C�ssia Gontijo, do MPMG.

Ao final da a��o de ontem, um balan�o da Pol�cia Militar registrava o cumprimento de 31 mandados de busca e apreens�o, sendo 22 em boxes do shopping popular Oiapoque e nove no Xavantes. A a��o resultou no recolhimento de 23 celulares com restri��o no site da Anatel/ Reds, al�m de 145 inv�lucros totalmente carregados com produtos em desacordo com a legisla��o fazend�ria, sendo 743 aparelhos de telefonia m�vel, 132 tablets e outros produtos. Onze pessoas foram presas por recepta��o e uma mulher de 18 anos terminou detida com 28 tabletes com cerca de 30kg no total contendo subst�ncia semelhante a maconha, no Terminal Rodovi�rio. Outro fato que se destaca foi a apreens�o e remo��o de dois ve�culos que estavam em um estacionamento na Rua Guaicurus, 624, nos quais foram encontrados v�rios celulares com restri��o.

Desde segunda-feira foram cumpridos 69 mandados de busca e apreens�o em boxes dos shoppings populares. Durante o primeiro dia de a��o, 17 pessoas foram detidas, 16 ligadas diretamente � opera��o e uma com um mandado de pris�o em aberto, localizada nas imedia��es dos shoppings populares.

“Os �ndices de criminalidade em Minas Gerais est�o em franca decad�ncia. Temos hoje uma redu��o, em m�dia de 32%, de todos os crimes que comp�em esse �ndice. Todavia, temos verificado, tanto por meio da Pol�cia Militar quanto do Minist�rio P�blico e Pol�cia Civil, a persist�ncia da pr�tica de crimes de roubos e furtos de celulares na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Diante disso, foi planejada essa opera��o intrainstitucional para quebrar essa cadeia de recepta��o de celulares em Belo Horizonte”, detalhou o tenente-coronel Frederico Ferreira, comandante do Batalh�o de Pol�cia de Choque.

Segundo ele, tudo faz parte de uma cadeia criminosa. “A partir do momento em que existe uma demanda social pela compra de celulares ou de pe�as a menores pre�o haver� sempre pessoas dispostas a furtar e roubar aparelhos. Habitualmente, esses smartphones s�o vendidos a pre�os tabelados de R$ 150 para esses receptadores. Constatamos tamb�m que essas pessoas, respons�veis pelos crimes, convertem essa moeda em droga para consumo. Ent�o, � uma cadeia criminosa que come�a com roubo, recepta��o e o consumo de drogas”, detalhou o militar.

Policiais enchem caminhão com mercadorias apreendidas ontem, quando 12 pessoas foram presas. Na segunda-feira, as detenções chegaram a 17(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Policiais enchem caminh�o com mercadorias apreendidas ontem, quando 12 pessoas foram presas. Na segunda-feira, as deten��es chegaram a 17 (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
“� a apreens�o de smartphones e telefones celulares na cidade de Belo Horizonte mais expressiva de todos os tempos”, afirma o tenente-coronel Micael Henrique, comandante do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar. Os celulares apontados como resultado de furto ou roubo foram encaminhados a delegacias. Os demais foram recolhidos pela Receita Federal porque n�o tinham comprova��o de origem. Quem teve um aparelho roubado ou furtado e quiser checar se ele est� entre os recolhidos nas Centrais de Flagrantes da Pol�cia Civil 1 e 2, que ficam na Regi�o Leste de Belo Horizonte, deve apresentar o boletim de ocorr�ncia e documentos. “Com o registro do furto do celular, isso colabora muito no momento da localiza��o para que a gente encontre tamb�m o real propriet�rio do aparelho”, orientou.

Na manh� de ontem, equipes da PM e da Receita Federal puderam ser vistas enchendo caminh�es com os materiais recolhidos nos boxes. “V�rios outros produtos foram apreendidos, a maioria relacionada a celulares. S�o baterias, cabos, capas e outros acess�rios. Mas tamb�m tivemos ocorr�ncia de cigarros, de rel�gios e outras coisas. Tudo isso nas duas opera��es que a gente j� efetuou”, explicou o chefe da Divis�o de Repress�o aos Crimes de Contrabando e Descaminho, Leonardo Martins, da Receita Federal. Parte do material apreendido n�o tinha comprova��o de regularidade com o fisco. Os donos de boxes que levarem a nota fiscal � Receita Federal ter�o os produtos devolvidos. Caso isso n�o ocorra ser�o representados ao Minist�rio P�blico, que vai dar andamento ao caso na esfera penal em rela��o ao crime de descaminho.

Novas a��es � vista


As autoridades n�o descartam realizar a��es em outros shoppings ou locais onde seja constatada recepta��o de celulares ou outros atos il�citos. O tenente-coronel Frederico fez um alerta aos respons�veis pelos estabelecimentos e prometeu toler�ncia zero para esse tipo de crime. “Esse recado vai para a ger�ncia dos shoppings populares e para aqueles comerciantes de boa-f�. Solicitamos aos senhores que n�o coadunem com qualquer pr�tica criminosa nos recintos comerciais onde voc�s atuam. A sociedade mineira n�o tem que passar por esse momento de instabilidade na seguran�a que esses perpetradores est�o promovendo. A Pol�cia Militar e o Minist�rio P�blico, com apoio da Receita Federal, Pol�cia Civil e tamb�m a Prefeitura de Belo Horizonte n�o vai se furtar em momento algum de fazer frente a essa modalidade criminosa”, enfatizou.

Leonardo Martins ressaltou ainda que os respons�veis pelos shoppings podem, eventualmente, ser penalizados. Isso ocorrer�, informou, se quem estiver � frente dos boxes onde a mercadoria foi encontrada n�o for realmente o locat�rio do espa�o, n�o pagar o aluguel. 


Consultados pela reportagem, o Shopping Xavantes reafirmou nota emitida na segunda-feira na qual informa que “os lojistas est�o com contratos de loca��o em dia, sendo de responsabilidade dos mesmos as mercadorias comercializadas”. O texto diz ainda que “a fiscaliza��o dos produtos s� pode ser realizada pela pol�cia” e que o estabelecimento apoia e colabora com as opera��es, mesmo posicionamento do Shopping Oiapoque.


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