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Estado de Minas

Pra�a da Liberdade e luneta da Rua Sapuca� s�o alvos de vandalismo

Reaberta h� poucos dias, Pra�a da Liberdade j� teve equipamentos danificados. No Floresta, luneta instalada h� poucos dias foi depredada


12/12/2018 06:00 - atualizado 12/12/2018 08:27

Uma das placas do bebedouro da Praça da Liberdade foi quebrada na série de dano verificada pouco mais de uma semana depois da área ser reinaugurada(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Uma das placas do bebedouro da Pra�a da Liberdade foi quebrada na s�rie de dano verificada pouco mais de uma semana depois da �rea ser reinaugurada (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)



Rec�m-revitalizada ao custo de R$ 5,2 milh�es, a Pra�a da Liberdade, ponto tur�stico da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, vai passar por uma vistoria para verificar danos que j� s�o observados pelos frequentadores pouco mais de uma semana depois de ter sido reinaugurada. Considerada um dos principais cart�es-postais da cidade, a pra�a ser� vistoriada pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha/MG), que vai convidar tamb�m a Prefeitura de BH (PBH) para registrar o que j� foi vandalizado, al�m de orientar poss�veis reparos. O bebedouro do espa�o de lazer teve uma placa quebrada, parafusos retirados e a tampa arrancada. Ontem, trabalhadores da manuten��o tentavam repor os aspersores da irriga��o do jardim que foram retirados e tamb�m cuidavam de �reas verdes pisoteadas.


Em outro ponto da cidade, cinco dias ap�s a instala��o, duas lunetas para observa��o em 360 graus de alguns pontos da cidade na Rua Sapuca�, no Bairro Floresta, Leste de Belo Horizonte, foram depredadas: um dos equipamentos foi quebrado e o outro pichado. E n�o s�o casos isolados. S� este ano foram 282 danos ao patrim�nio p�blico, 49 picha��es e 223 furtos no per�odo 1º de janeiro a 31 agosto 2018. Apesar de os preju�zos n�o serem contabilizados pelo �rg�o administrativo, os n�meros mostram um aumento de 411 para 654 registros.


Pelo menos nove trabalhadores da manuten��o da pra�a com uniformes da Prefeitura de BH faziam reparos no local na manh� de ontem. Dois deles faziam a recoloca��o de aspersores usados para irrigar os jardins, j� que cerca de 260 foram arrancados do solo. “Ontem (segunda-feira), fizemos a reposi��o de uns 70. Hoje (ontem), quando voltamos, j� observamos que desse total cerca de 20 j� tinham sido arrancados pela segunda vez”, conta um dos trabalhadores. Para marcar os lugares onde deveriam ser recolocados, os funcion�rios utilizaram palitos de madeira, todos recolhidos do ch�o da pra�a, principalmente usados para o consumo de algod�o-doce.


Uma das estruturas em que o vandalismo � mais vis�vel � o bebedouro da pra�a, �nica op��o de que a popula��o disp�e para beber �gua gratuitamente na �rea de lazer. Uma das placas do equipamento est� quebrada, com risco de cair em cima do p� de algu�m, j� que � necess�rio usar os p�s para apertar o bot�o e liberar o fluxo de �gua. Al�m disso, alguns parafusos foram retirados e a tampa da estrutura arrancada, abrindo espa�o para o descarte de lixo. “Se n�o tiver mais seguran�a, isso vai continuar. � um dos poucos espa�os verdes da cidade e, por isso, tem que ter uma fiscaliza��o mais atuante”, afirma o advogado Darci Alves, de 66 anos. J� a aposentada Maria de Lourdes Maciel, de 60, classificou a depreda��o da pra�a pouco tempo depois de sua inaugura��o como “horr�vel”. “Isso d� uma tristeza na gente. Quem quebra um espa�o como esse n�o tem amor a nada. Acho que falta educa��o e tamb�m mais policiamento”, diz ela.


Acostumado a rodar pela pra�a com seu cachorro, o estudante Pedro Lu�s Gon�alves, de 25, diz que muitas vezes ouve pessoas reclamando de quem tem animais, colocando a culpa da destrui��o na conta dos bichos. “O que falta aqui � mais pol�cia. Creio que o policiamento n�o � suficiente para o tanto de gente que circula pela pra�a durante a noite. De dia � mais tranquilo, mas os danos s�o comuns � noite”, afirma. Para o auxiliar de servi�os gerais Walberth Junio Ferreira, de 42, quem depreda um patrim�nio como a Pra�a da Liberdade n�o tem cabe�a. “As pessoas n�o d�o valor ao que recebem. Precisamos de mais pol�cia, mas principalmente de pais que eduquem seus filhos para n�o fazer isso”, afirma.

Na Rua Sapucaí, uma das lunetas para observação foi pichada e a outra quebrada cinco dias depois da sua instalação(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Na Rua Sapuca�, uma das lunetas para observa��o foi pichada e a outra quebrada cinco dias depois da sua instala��o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)


REVITALIZA��O Or�ada em R$ 5,2 milh�es, a reforma da pra�a teve R$ 2,9 milh�es destinados a partir de um conv�nio firmado entre o Governo de Minas, por meio do Iepha, e a Vale. O restante foi investido pela Prefeitura de BH. A reforma consistiu na recupera��o da ilumina��o, restaura��o e revitaliza��o paisag�stica. Elementos art�sticos como fontes, pintura da alvenaria do coreto e monumentos foram revitalizados, al�m da implanta��o e recomposi��o do piso e reformula��o e substitui��o do mobili�rio. Jardins tamb�m foram requalificados, com o replantio de mudas e a substitui��o e melhoria do sistema de irriga��o. A ilumina��o da pra�a teve um projeto especial, considerado de destaque para acabar com a escurid�o do cart�o-postal, implantado pela concession�ria BHIP, respons�vel pela gest�o da ilumina��o p�blica de BH.


O Iepha informou que entregou as obras da Pra�a da Liberdade � PBH no �ltimo dia de novembro, retomando sua fun��o de fiscaliza��o em rela��o a eventuais danos causados no patrim�nio cultural protegido. “Ser� realizada, ainda esta semana, uma vistoria na Pra�a da Liberdade, para a qual ser�o convidados representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e da Cemig para identifica��o dos danos causados e orienta��o sobre os reparos necess�rios aos respons�veis pela manuten��o da pra�a”, informou o Iepha por meio de nota. A MRV, que adotou a pra�a reinaugura, est� “fazendo um levantamento dos itens danificados em conjunto com a prefeitura e demais �rg�os e providenciar� os reparos. No pr�ximo ano, a MRV dever� realizar campanhas de conscientiza��o da popula��o sobre a import�ncia da preserva��o dos bens p�blicos”, informou a assessoria da empresa.

Segundo a Guarda Municipal, 13 agentes fazem parte do patrulhamento exclusivo da pra�a, que se dividem em turnos para garantir a fiscaliza��o no local 24 horas por dia. A institui��o informou que existem cinco c�meras no ponto tur�stico, sendo quatro delas do Olho Vivo, de responsabilidade da Pol�cia Militar, e uma da BHTrans, para acompanhar o tr�nsito. � a PM que define o posicionamento de cada equipamento, de acordo com a �rea que deseja monitorar. “A institui��o (PM) tamb�m � respons�vel pelo armazenamento das imagens captadas. As c�meras do Olho Vivo existentes na Pra�a da Liberdade, especificamente, ficam sob responsabilidade do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar”, informou a Guarda. A reportagem tamb�m procurou a BHIP, que n�o identificou problemas na ilumina��o da pra�a.

LUNETAS Em comemora��o do anivers�rio da capital mineira, foram instaladas lunetas de observa��o terrestre em dois pontos da cidade. Duas pe�as est�o na Rua Sapuca�, regi�o conhecida recentemente pelo renascimento cultural e pelas obras do Circuito Urbano de Arte (Cura). O outro local que ganhou o presente foi o Mirante dos Mangabeiras, com tr�s pe�as. Os aparelhos disponibilizados s�o compostos por lentes antirreflexivas de qualidade superior, montados em um corpo blindado de alum�nio fundido. T�m foco pr�-ajustado, conforme o local de instala��o e custaram R$ 33.400 aos cofres p�blicos. Os equipamentos escolhidas s�o resistentes a �gua, vento e sol. Por�m, n�o ao vandalismo. Cinco dias ap�s a instala��o, um dos equipamentos foi quebrado e o outro pichado.


A luneta foi danificada na madrugada de ontem e recuperada por um comerciante da regi�o. Aluzier Malab, presidente da Belotur, lamenta o epis�dio. “Precisamos fazer campanha de conscientiza��o. Esse tipo de a��o n�o pode ocorrer. Vandalismo � crime. Uma minoria n�o pode tirar o prazer da maioria da popula��o”, lamentou. Como os equipamentos foram instalados em menos de uma semana, j� passariam por revistas para poss�veis ajustes – o que consta no contrato. Inclusive, o equipamento estava com foco desregulado. “N�o ter� nenhum gasto adicional”, explicou Malab. Segundo ele, at� a pr�xima quarta-feira chegar� a nova pe�a.


De acordo com a Pol�cia Militar, o policiamento nos locais � feito por meio de ponto base ao longo do dia, bem como s�o realizadas opera��es diversas. “Na Rua Sapuca�, esquina com Av. Assis Chateaubriand, h� a Base de Seguran�a Comunit�ria, e a PM intensificar� as atividades j� realizadas”, informou por nota. Importante ressaltar que a Rua Sapuca� tem se evidenciado como um atrativo para diversos jovens, “o que gera uma aglomera��o de pessoas aos finais de semana, e muitos atos s�o praticados por alguns dos frequentadores do local.”


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