
Os quatro policiais civis paulistas investigados por envolvimento em um tiroteio com policiais mineiros em outubro em Juiz de Fora, na Zona da Mata, foram soltos na noite deste domingo. Eles estavam no Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
Na �ltima sexta-feira, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), concedeu liminar de habeas corpus e mandou soltar o delegado Bruno Martins Magalh�es Alves. Com a decis�o, os investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Alexandre Barbosa de Miranda e o delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa tamb�m foram beneficiados. Todos v�o responder ao processo em liberdade. Nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) confirmou ao em.com.br que os detentos foram liberados por volta das 19h30 de ontem mediante alvar�.
A troca de tiros ocorreu no dia 20 de outubro no estacionamento de um condom�nio de consult�rios m�dicos ligados ao Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora. Segundo a Pol�cia Civil, os policiais davam cobertura a uma transa��o possivelmente ilegal entre dois empres�rios. A negocia��o deu errado quando se descobriu que parte das notas de real que seriam trocadas por d�lar eram falsas.
Conforme a Pol�cia Civil de Juiz de Fora, os policiais de S�o Paulo estavam fazendo abordagens de armas em punho, quando dois agentes de Minas Gerais teriam se identificado como policiais e tentado rend�-los. Outros policiais paulistas que estavam na retaguarda teriam iniciado o tiroteio. A intensa troca de tiros s� parou quando viaturas das pol�cias Civil e Militar cercaram a �rea.
A decis�o teve como base o pedido de revoga��o impetrado pelo advogado Leonardo Pantale�o, da Pantale�o Sociedade de Advogados respons�vel pela defesa dos delegados Bruno Martins Magalh�es Alves e Rodrigo Castro Salgado da Costa. O advogado sustentou a "ilegalidade da pris�o".
O ministro do STJ, ao concordar com os argumentos da defesa dos delegados da Pol�cia Civil de S�o Paulo, estendeu o efeito a todos os demais policiais paulistas presos.
Nessa ter�a-feira, a Justi�a mineira transformou as pris�es dos tr�s policiais civis mineiros em preventiva. Encarcerados desde o dia 12 de novembro, os suspeitos estavam presos temporariamente. Al�m deles, outros tr�s homens tiveram a pris�o preventiva decretada.
Defesa
O criminalista Leonardo Pantale�o, que defende os delegados Bruno Martins Magalh�es Akves e Rodrigo Castro Salgado da Costa, declarou que a decis�o do ministro do Superior Tribunal de Justi�a � de, "grande relev�ncia, pois restabelece o equil�brio processual necess�rio, capaz de facilitar condi��es para, durante o tramitar do curso da instru��o processual, viabilizar o enfrentamento puramente t�cnico das respectivas inculpa��es, o que, indubitavelmente, restaria comprometido com a perpetua��o de um encarceramento prematuro, potencialmente violador do princ�pio da n�o culpabilidade'. (Com Estad�o Conte�do)