
Segundo o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), o esquema criminoso foi descoberto em 2017. Ap�s investiga��es, constatou-se que um dos agentes penitenci�rios chefiava a quadrilha, contando com o suporte dos outros dois. O ex-detento do Ceresp atuava como interlocutor entre o agente chefe, os presos e a m�e e cunhada de um desses detentos.
As investiga��es do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justi�a de Combate ao Crime Organizado de Juiz de Fora apontaram que um dos detentos era o respons�vel por negociar os produtos no interior do pres�dio. Os aparelhos celulares e as drogas eram encomendados ao ex-detento. Durante as investiga��es, os agentes foram afastados de suas fun��es.
Ainda de acordo com o MPMG, a m�e e a cunhada do detento ajudava na compra e na entrega dos produtos ao ex-presidi�rio, que atuava como atravessador. Os outros dois presos resgatavam o material em locais previamente determinados pelos ent�o agentes.
Em uma das a��es descobertas, em agosto do ano passado, os criminosos conseguiram entrar no pres�dio com dois tabletes de maconha, quatro aparelhos telef�nicos, tr�s carregadores e cinco chips de celular.
Durante as investiga��es, foram apreendidos na casa de um dos agentes condenados comprovantes de dep�sitos banc�rios; na casa de outro havia tr�s celulares, 22 cartuchos, al�m de capa de colete com duas placas bal�sticas e dois pares de algemas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
Condena��o
A 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora condenou o agente penitenci�rio que chefiava o esquema a 24 anos de cadeia por tr�fico e associa��o ao tr�fico, porte ilegal de armas e favorecimento. O segundo agente foi sentenciado a 21 anos de pris�o pelos mesmos crimes, exceto, pelo porte ilegal de armas. E o terceiro, a seis anos de deten��o por associa��o ao tr�fico, favorecimento e peculato.
J� o ex-presidi�rio foi sentenciado a 24 anos de cadeia por tr�fico, associa��o ao tr�fico e favorecimento. Pelos mesmos crimes, o detento que negociava os produtos recebeu pena de 22 anos de pris�o, e a m�e e a cunhada dele foram condenadas a 21 anos de cadeia cada uma. J� os dois presos que ajudavam na distribui��o do material il�cito receberam penas de 22 e 23 anos de cadeia.
Como se trata de uma decis�o de primeira inst�ncia, os condenados ainda podem recorrer.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a