
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, voltou a falar sobre a auditoria das contas das empresas de �nibus da capital, que deve ser anunciada ainda nesta semana. A abertura da “caixa-preta” da BHTrans foi uma das promessas de campanha do prefeito.
Durante entrevista coletiva ap�s a apresenta��o das obras para conten��o de enchentes na Avenida Vilarinho, Kalil foi questionado sobre a aus�ncia de cobradores em grande parte das linhas da capital. “O que a gente pode fazer, a BHTrans � multar (as empresas), n�o podemos botar um cobrador dentro dos �nibus. Agora, quando a caixa-preta sair, e ser� algo surpreendente e em uma audi�ncia p�blica, a� as coisas v�o ser diferentes”, afirmou na manh� desta quarta-feira.
Kalil confirmou na semana passada que a auditoria j� estava pronta e que seria anunciada nesta semana. Na segunda-feira, logo pela manh�, o prefeito mandou um recado para as empresas de �nibus em seu perfil no Twitter. Ele escreveu: “Se as empresas de �nibus fazem o que querem, v�o receber o troco. Belo Horizonte tem governo”.
O prefeito tamb�m criticou o Tarifa Zero e seu estudo, divulgado ontem, mas sem citar diretamente o movimento. “N�o adianta virem com 'estudozinho', achando que conseguem entender como uma coisa complexa como a tarifa do transporte p�blico funciona. A nossa auditoria da caixa-preta � s�ria, feita por gente gabaritada, que tem curr�culo e � do ramo” disse.
Por meio de nota, o Movimento Tarifa Zero BH rebateu as declara��es do prefeito. “O documento foi elaborado por um corpo t�cnico competente, com economistas, administradores e um t�cnico de transporte com experi�ncia no c�lculo da tarifa de outras cidades, como Natal e Montes Claros. Al�m disso, o estudo contou com a supervis�o e valida��o de Jo�o Luiz da Silva Dias, ex-presidente da BHTrans, da Metrobel e da CBTU”, afirmou o grupo.
Por meio de nota, o Movimento Tarifa Zero BH rebateu as declara��es do prefeito. “O documento foi elaborado por um corpo t�cnico competente, com economistas, administradores e um t�cnico de transporte com experi�ncia no c�lculo da tarifa de outras cidades, como Natal e Montes Claros. Al�m disso, o estudo contou com a supervis�o e valida��o de Jo�o Luiz da Silva Dias, ex-presidente da BHTrans, da Metrobel e da CBTU”, afirmou o grupo.
O estudo do Tarifa Zero foi feito ao longo de 2018 com dados obtidos junto � prefeitura via Lei de Acesso � Informa��o. Ele teve como base a chamada planilha Geipot, com atualiza��es conforme recomenda��es da Ag�ncia Nacional de Transportes P�blicos (ANTT). Esse sistema de c�lculo tarif�rio foi usada em BH de 1982 at� 2007. No ano seguinte, entrou em vigor o atual contrato de concess�o, cuja validade se estende at� 2028, e por meio do qual os reajustes passaram a ser feitos pela aplica��o de uma f�rmula sobre o pre�o da passagem do ano anterior, que leva em conta apenas a infla��o de cinco insumos de produ��o, conforme explicou o Tarifa Zero, que h� cinco anos est� engajado em mudan�as no sistema de transporte na capital.
O resultado mostra que a tarifa dos coletivos na capital est� supervalorizada em aproximadamente 15% em rela��o ao valor atual. Logo, a passagem deveria custar R$ 3,45. Por contrato, o valor atual de R$ 4,05 vai at� 30 de dezembro, podendo aumentar a partir de 1º de janeiro. Na tarde passada, o movimento disse n�o aceitar qualquer reajuste e estar disposto a acionar a Justi�a para barrar novos aumentos. (Com informa��es de Junia Oliveira e Cristiane Silva)