
Reta final para quem ainda pretende viver o esp�rito natalino na virada do ano. At� 6 de janeiro, a Pra�a da Liberdade permanece decorada com a ilumina��o dedicada ao Natal – composta por mais de 400 mil microl�mpadas de LED, 1 mil l�mpadas estrobos, 1,5 mil metros de mangueiras luminosas e 78 projetores. Inaugurada no dia 6, a ornamenta��o enche de entusiasmo quem passa pelo cart�o-postal de Belo Horizonte rec�m-revitalizado.
Para a �ltima, a ilumina��o homenageia uma “refer�ncia” de Belo Horizonte. “O coreto ficou muito bonito e a criatividade me marcou bastante. Eu amo a Pra�a da Liberdade. Ela pertence a nossa cidade”, ressaltou.
O que j� se tornou rotina do Natal de Belo Horizonte tamb�m cria um ambiente perfeito para um passeio familiar.
“Eu gostei bastante da ilumina��o. � sempre muito bonito vir aqui para ver essas luzes. Meu filho gosta muito”, afirmou a m�e Izabela Franco, que estava com o filho Enzo Franco no colo e o marido Leandro Lira ao lado. Para cair nas gra�as do p�blico, a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) promoveu um concurso para escolher a decora��o deste ano.
Concorrentes de todo o estado participaram da elei��o, que, neste ano, teve o tema “M�sicas de Minas” como norte. A arquiteta Cristiana Rodrigues Cl�udio, moradora de Nova Lima, na Grande BH, foi escolhida como vencedora.
“Eu busquei representar as can��es por meio da linearidade das pe�as. H� linhas que simulam as partituras e a fluidez musical. Como figura representativa da m�sica mineira, eu escolhi a viola. A gente tem adornos e �rvores de Natal compostas por esse instrumento”, conta a profissional.
A escolha da arquiteta segue a linha do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha/MG). Neste ano, al�m de participar da reforma da Pra�a da Liberdade, o �rg�o ligado ao governo de Minas Gerais reconheceu a viola como patrim�nio cultural do estado, a partir de uma curadoria do Conselho Estadual do Patrim�nio Cultural (Conep).
“Com isso, nos voltamos � constru��o de pol�ticas p�blicas de salvaguarda e valoriza��o do saberes e express�es culturais diretamente relacionadas � tradi��o deste instrumento t�o ligado �s tradi��es mineiras”, ressalta a presidente do Iepha/MG, Michele Arroyo.
Moderniza��o
O ano de 2018 ficou marcado por novidades na pra�a. Entre 17 de julho e 3 de dezembro, o ponto tur�stico de Belo Horizonte recebeu investimento de R$ 5,2 milh�es, que abarcou uma ampla renova��o do espa�o, desde a restaura��o dos equipamentos at� a retirada de vegeta��o fora das condi��es ideais e planta��o de novas gramas, palmeiras e outras �rvores.
Para dar vida aos jardins da pra�a, o Iepha realizou um estudo fitossanit�rio das vegeta��es, para garantir a sa�de dos esp�cimes. A partir desse estudo, p�de-se reequilibrar as planta��es. Al�m disso, foram removidas cerca de 30 �rvores, que estavam consumidas por pragas e cupins.
A instala��o de rampas de acessibilidade; a extens�o da Alameda da Travessia, ligando-a ao Pal�cio da Liberdade; o ajuste das cal�adas para deficientes visuais; e a recoloca��o de placas indicativas tamb�m fizeram parte do cronograma.
A requalifica��o foi resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a BHIP (concession�ria respons�vel pela ilumina��o p�blica da capital), o Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha/MG) e a mineradora Vale.
Ainda em dezembro, a prefeitura anunciou uma parceria com a construtora MRV Engenharia para manuten��o da Pra�a da Liberdade ap�s a reforma. Com isso, a empresa privada se torna respons�vel por todos os servi�os de preserva��o do local. Isso inclui servi�os de capina, pintura, conserva��o do coreto, das ninfas, fontes, bancos e demais estruturas da pra�a.
A op��o pela MRV Engenharia ocorreu ap�s uma recusa da mineradora Vale, segundo o prefeito Alexandre Kalil (PHS). “A MRV aceitou prontamente nosso convite. Negociamos com a Vale durante um ano, mas ela tem problemas e n�s compreendemos”, disse o chefe do Executivo no dia em que anunciou a coopera��o. De acordo com Rubens Menin, presidente da construtora, a parceria entre as partes n�o tem prazo para terminar.