Mais de 74% dos jovens em idade de aquirir a primeira carteira de motorista s�o favor�veis ao monitoramento de aulas e de exames pr�ticos veiculares, cuja ado��o obrigat�ria em Minas Gerais, em teste desde meados do ano passado em Nova Lima, est� suspensa por meio de liminar concedida em novembro ao sindicato que re�ne os centros de forma��o de condutores (CFCs) no estado. O dado � de pesquisa realizada pela Federa��o do Com�rcio de Minas Gerais (Fecom�rcio), em parceria com o Sindicato dos Propriet�rios de Centros de Forma��o de Condutores do Estado de Minas Gerais (Siprocfc-MG), o mesmo que foi � Justi�a contra a mudan�a, prevista nas portarias 238/14 do Denatran e 1.218/18 do Detran de Minas.
De acordo com o presidente do Siprocfc, Alessandro Dias, as empresas n�o s�o contra a determina��o e somente questionaram “a forma e a pressa na instala��o do sistema sem que houvesse uma ampla discuss�o com o setor, que desconhecia o custo a arcar, j� que n�o haver� recursos do estado”. Ele estima um aumento entre 10% e 15% nos valores pagos pelos candidatos para se preparar para adquirir uma carteira de habilita��o. O valor m�dio hoje, segundo Dias, varia entre R$ 1.800 e R$ 2.500.
Para Alessandro Dias, o monitoramento proporcionar� transpar�ncia durante todo o processo de forma��o e exames e permitir� “acabar com questionamentos” sobre a qualidade da avalia��o ou cumprimento da carga hor�ria das aulas. “Vai registrar e permitir auditoria de todo o processo. As empresas com pr�ticas incorretas n�o ter�o mais lugar”, defende. Em Minas, s�o 1.814 empresas de autoescolas em 600 munic�pios de Minas, abrigando 12 mil ve�culos e respons�veis por um milh�o de exames anuais.
A possibilidade de redu��o de fraudes foi apontada por 28,3% dos aspirantes a motoristas como motivo para apoiar a implanta��o do monitoramento. Entre os entrevistados, 19,1% apostam no aumento da seguran�a e 11,4% acreditam que a medida elevaria suas chances de conquistar a habilita��o. Entre os pontos negativos, os entrevistados citam a possibilidade de diminui��o das chances de tirar a carteira (7,7%) e de o candidato ficar mais nervoso (4,4%). Outros 6,6% se preocupam com acr�scimo nos custos.
E na hora de escolher a autoescola os pre�os cobrados e a localiza��o impactam de forma significativa, na avalia��o de 48,9% e 46,9% dos jovens, respectivamente. A localiza��o � apontada como o fator mais importante por 30,6% dos entrevistados. Desse percentual, cerca de 57% preferem que ela esteja pr�xima � resid�ncia e 24,8% do trajeto casa/trabalho/escola. Em segundo lugar, a oferta de op��es de parcelamento � o que mais atrai os clientes (17,2%), seguida pela disponibilidade de variadas formas de pagamento (12,1%).
Ainda conforme a an�lise feita pela Fecom�rcio, atualmente mais da metade dos jovens de Belo Horizonte em idade para iniciar a dire��o (51,1%) t�m interesse em iniciar os tr�mites para conseguir a carteira de motorista, sendo que 67,4% planejam tomar essa atitude nos pr�ximos 12 meses. J� 9,9% est�o com o processo em andamento. A decis�o de se habilitar � tomada pela necessidade (31,5%), seguida por exig�ncias do trabalho (11,8%) e por fatores como facilidade/comodidade (11%).
TESTE Na Auto Escola Jardim Canad�, uma das indicadas pelo Detran para testar os equipamentos em car�ter experimental, a novidade foi bem avaliada por instrutores e alunos. Foram instaladas c�meras nas salas de aula e em tr�s ve�culos da empresa. “Os carros contam com duas c�meras internas. Uma mostra o instrutor, e a outra � virada para a frente do ve�culo, fornecendo a imagem vista pelo estudante. Al�m disso h� sensores que registram todos os comandos. Sabemos quando o aluno pisou no freio, quantas vezes ele deu seta, conseguimos identificar no fim da aula todos os procedimentos do aluno”, conta Rafael Ramos, propriet�rio do estabelecimento. Sua �nica preocupa��o � com os valores de manuten��o do sistema. “Isso ainda n�o nos foi repassado, devido � suspens�o da execu��o da portaria. Ele avalia que poder� haver um acr�scimo entre R$ 150 e R$ 200 na cobran�a das 20 aulas obrigat�rias. “Entre R$ 7 e R$ 10 por aula”. A autoescola usou o sistema durante todo o m�s de dezembro, por 200 horas-aula.