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Estado de Minas

Cresce n�mero de resgates em �reas de cachoeiras e rios de Minas

Opera��es do tipo avan�aram 16% em 2018. Neste janeiro, tr�s morreram afogadas


postado em 19/01/2019 06:00 / atualizado em 26/12/2019 16:25

Ação de militares do Corpo de Bombeiros na Cachoeira da Farofa e no Véu da Noiva(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
A��o de militares do Corpo de Bombeiros na Cachoeira da Farofa e no V�u da Noiva (foto: Corpo de Bombeiros/Divulga��o)


F�rias e calor combinam com �gua. O que n�o combina � a falta de cuidado. Quem procura se refrescar nas belas cachoeiras e rios das Minas Gerais deve estar atento �s amea�as que esses lugares escondem. Para chegar ao destino e voltar com seguran�a, o visitante precisa se preparar para passar por trilhas e tem que verificar as condi��es do clima. O registro de problemas vividos pelos visitantes tem aumentado. No ano passado, houve um crescimento de 16,3% no resgate de pessoas em todo o estado, na compara��o com 2017. Relatos de sobreviventes ajudam a entender as situa��es adversas nesses pontos.

Na ter�a-feira, um homem de 43 anos morreu ao tentar salvar o filho, de 11, que se afogava em um curso d’�gua conhecido como Cachoeira do Argenita, em Arax�, no Alto Parana�ba. Na quinta-feira, outro homem, de 27, teve o mesmo destino ap�s passar mal quando nadava em um rio da Fazenda Itinga, a cerca de 70 quil�metros de Salinas, no Norte de Minas. O pai, de 60, tentou salv�-lo, mas n�o conseguiu. No fim de 2018, oito pessoas foram surpreendidas em dois pontos ap�s um temporal na Serra da Canastra, onde nasce o Rio S�o Francisco. Duas delas morreram afogadas em S�o Roque de Minas e outras cinco na Cachoeira do Z� Pereira, em S�o Jo�o Batista do Gl�ria, a sete quil�metros de Passos, no Sul de Minas. Um homem sobreviveu e foi encontrado por um conhecido depois de vagar na mata por tr�s dias. Somente nos tr�s primeiros dias deste ano, 20 pessoas ficaram ilhadas em cachoeiras da Serra do Cip�. Nenhuma delas ficou ferida, mas o medo se instaurou entre os visitantes.

O bombeiro Walter Raimundo Marques da Costa, de 46, experiente no resgate de pessoas ilhadas, participou de um salvamento na Cachoeira V�u da Noiva. “No dia o c�u estava fechado com risco de pancadas de chuva, por isso os preju�zos poderiam ter sido maiores”, conta. Os militares chegaram no local 20 minutos depois de receberem o chamado. “Fizemos o sobrevoo de helic�ptero para tra�ar uma estrat�gia de como encontrar o pessoal. O trecho do rio tinha dois pared�es com vegeta��o, n�o tinha condi��es de retir�-los pelo helic�ptero, ent�o decidimos entrar pela mata. � muito perigoso, a vegeta��o � completamente fechada, tivemos que ir abrindo o caminho com fac�o. Quando chegamos l�, tinha v�rias pessoas em cima de �rvore e pedra. Cada um se abrigou da forma que podia”, descreve o militar. 

 

ATENDIMENTOS Esse cen�rio tem se tornado mais comum que o habitual. De janeiro a novembro de 2018, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais realizou 526 atendimentos a pessoas perdidas, contra 452 no mesmo per�odo de 2017, desaparecidas e ilhadas em locais como trilhas, matas, acampamentos, cachoeiras, rios, enxurradas e outros locais. Esse n�mero representa um aumento de 16,7% em rela��o ao mesmo per�odo em 2017.

Em todo o ano de 2018, ocorr�ncias de afogamento em cachoeiras, lagoas e rios tamb�m registraram um aumento, de 19,5% em rela��o a 2017. Foram 619 casos no ano passado, contra 518 no anterior. Para evitar que as estat�sticas aumentem neste ano, os bombeiros recomendam que as pessoas busquem informa��es sobre a possibilidade de chuva no local antes do passeio e que n�o visitem lugares proibidos e com sinaliza��o de perigo.

No �ltimo domingo, mais uma pessoa foi resgatada em uma cachoeira. Uma mulher escorregou e ficou presa nas pedras da Cachoeira do Tabuleiro, em Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central do estado. Priscila Martins Vieira, de 38, sofreu luxa��o no tornozelo e n�o conseguia andar. Outros visitantes comunicaram aos seguran�as do Parque Natural Municipal do Tabuleiro do acontecido. Eles ent�o, chamaram o Corpo de Bombeiros e conseguiram acalmar Priscila. Como o lugar era muito escorregadio e de dif�cil acesso, os bombeiros tiveram que usar um helic�ptero para auxiliar no resgate.

“Um bombeiro foi at� ela, a imobilizou e a levou at� um local em que a aeronave conseguia alcan�ar para finalizar o resgate”, conta a major Karla Lessa Alvarenga Leal, que comandou a a��o. Para ela, mesmo sem chuva, � preciso seguir algumas recomenda��es. “� importante que as pessoas deem prefer�ncia em visitar �reas controladas, como nos parques, onde existe o controle do tr�fego de pessoas. Saber das suas limita��es tamb�m � imprescind�vel, o p�blico n�o deve fazer o que extrapola a condi��o f�sica de cada um, at� para preservar a sa�de”, alerta.

(*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Regina Werneck)


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