
O segundo boletim epidemiol�gico de monitoramento do Aedes aegypti em 2019, divulgado nesta segunda-feira (21), traduziu um aumento significativo dos casos prov�veis de dengue em Minas Gerais. S�o 4.112 casos prov�veis de dengue, aqueles que j� est�o confirmados ou s�o suspeitos. O dado representa um aumento de 161,7% em rela��o � semana passada, quando eram 1.571 diagn�sticos prov�veis. Para efeito de compara��o, os meses de janeiro e fevereiro do ano passado somaram 4.322 situa��es semelhantes.
O sinal de alerta est� ligado no estado desde outubro, quando o Levantamento de �ndice R�pido para Aedes aegypti (Liraa) apontou que ao menos 40,7% dos munic�pios est�o em situa��o de risco ou em alerta para a possibilidade de surto da doen�a. A apura��o realizada no ano passado j� se confirmou em oito munic�pios mineiros, onde a incid�ncia est� muito alta (mais de 500 casos prov�veis por 100.000 habitantes). S�o eles: V�rzea da Palma (Norte), Campina Verde (Tri�ngulo), Martinho Campos (Centro-Oeste), Guarani (Zona da Mata), Campo Azul (Norte), Una� (Noroeste), Mirabela (Norte) e Arcos (Centro-Oeste).
A situa��o mais preocupante est� em Arcos, onde 579 casos prov�veis j� foram computados entre 16 de dezembro e 12 de janeiro. Na semana passada, a prefeitura local decretou estado de emerg�ncia. Com o decreto, a administra��o municipal p�de dispensar a licita��o para a contrata��o e aquisi��o de bens e servi�os necess�rios para combater a epidemia. At� mesmo o prefeito e o secret�rio de sa�de foram para as ruas para eliminar os focos dos Aedes aegypti.
Em rela��o ao munic�pio de Arcos, a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES/MG) informou que tem adotado medidas para auxiliar no controle do vetor Aedes aegypti, como aplica��es de Ultra Baixo Volume (UBV) no munic�pio, conforme estabelecido nas diretrizes do governo federal.
Uma parceria entre a pasta e o Executivo municipal tamb�m garantiu que o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) ser� acionado diretamente, no caso dos pacientes graves. A medida ajuda os enfermos a se estabilizarem, o que evita �bitos. Ocorrer�, ainda, uma capacita��o com profissionais pr�ximos no dia 7 de fevereiro.
Outros tr�s cidades apresentam incid�ncia alta e 22 munic�pios est�o com m�dia incid�ncia. O baixo risco faz parte de 230 munic�pios, enquanto 590 est�o sem casos registrados. O governo do estado investiga dois �bitos que teriam sido provocados pela doen�a – uma suspeita foi descartada desde a �ltima semana.
Chikungunya e zika
Em rela��o � febre chikungunya, Minas Gerais registrou, neste ano, 63 casos prov�veis da doen�a, sendo uma gestante entre os casos suspeitos. Houve um crescimento de 370,5% no comparativo com semana passada, Em 2018, foram 11.765 notifica��es e uma morte confirmada, em Coronel Fabriciano (Vale do Rio Doce). Outras duas ainda est�o sendo investigadas.
No caso da zika, foram registrados 23 casos prov�veis da doen�a em 2019. At� semana passada, eram seis diagn�sticos confirmados ou suspeitos. Os quadros deste ano est�o distribu�dos em 12 cidades mineiras.