Vale pretendia elevar capacidade produtiva de mina em Brumadinho

A trag�dia de Brumadinho atropela os planos nos quais a mineradora Vale vinha trabalhando para ampliar a vida �til da jazida C�rrego do Feij�o. Embora n�o esteja entre as maiores e mais expressivas reservas de min�rio de ferro da companhia em Minas, C�rrego do Feij�o integra o chamado complexo minerador Paraopeba, que ajudou a Vale a conquistar recorde hist�rico de produ��o no Brasil, de 104,9 milh�es de toneladas, no terceiro trimestre do ano passado.

O farto resultado premiou a mineradora com lucro l�quido de US$ 1,408 bilh�o de julho a setembro de 2018, e o pr�prio presidente da companhia, F�bio Schvartsman, comentou � �poca que os “fortes resultados” foram reflexo da condi��o da Vale de melhor empresa posicionada no mercado de produtos premium. O projeto da empresa para as opera��es em Brumadinho contempla C�rrego do Feij�o e uma �rea cont�gua chamada de Jangada.

A companhia pretende adequar e aproveitar estruturas de explora��o nas duas minas, elevando a capacidade produtiva delas dos atuais 10,6 a 17 milh�es de toneladas por ano. Nos nove primeiros meses de 2018, �ltimo per�odo de resultados operacionais e financeiros divulgados pela mineradora, o complexo Paraopeba produziu 20,608 milh�es de toneladas, j� com aumento de 3,4% em rela��o a id�nticos meses de 2017.



A mina pertenceu � antiga Ferteco Minera��o, que foi incorporada pela Vale no fim de 2010. A negocia��o � �poca envolveu as reservas de C�rrego do Feij�o e F�brica, esta �ltima localizada em Congonhas, na Regi�o Central de Minas, al�m de uma planta de pelotiza��o (que concentra o min�rio em pelotas destinadas � exporta��o) tamb�m no complexo de F�brica.

O plano de expans�o em Brumadinho est� longe de ser o �nico da empresa em Minas, que parecia relegada a segundo plano quando a Vale inaugurou, no fim de 2016, o S11D, a supermina de ferro no Par�, que recebeu US$ 6,4 bilh�es em investimentos. Prefeitos dos munic�pios mineradores e profissionais do setor no estado, que � ber�o das atividades da mineradora, chegaram a cogitar que Minas perderia import�ncia no mapa da empresa.

Contudo, apesar da idade avan�ada e dos teores de ferro mais baixos das reservas de Minas, elas continuam contribuindo com destaque para os resultados da companhia. Recentemente, em conversa com jornalistas na capital mineira, o diretor da cadeia de ferrosos da Vale, Vagner Loyola, afirmou que h� estudos para expans�o da produ��o no estado dentro e fora das reservas que hoje a companhia explora.

A Vale opera 22 minas de ferro, das quais nada menos de 19 est�o localizadas em Minas. O �ltimo grande investimento feito pela companhia no estado azeitou m�quinas e equipamentos do complexo produtor de min�rio de ferro de Itabira, com cerca de 76 anos de opera��o.