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Estado de Minas

Desinforma��o e condi��es clim�ticas mant�m popula��o de Brumadinho apreensiva

Moradores questionam a necessidade da retirada, mas os que ficam questionam como v�o retomar a rotina, j� que est�o sem �gua e telefone


postado em 27/01/2019 13:49 / atualizado em 27/01/2019 14:53

Ver galeria . 26 Fotos  Tragédia de Brumadinho - Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão (Córrego Feijão)Gladyston Rodrigues/EM/D.A press
Trag�dia de Brumadinho - Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feij�o (C�rrego Feij�o) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press )


Com a falta de informa��es, o risco de rompimento na barragem 6 e as condi��es clim�ticas que dificultam os resgates de v�timas, os moradores de C�rrego do Feij�o, localidade mais pr�xima da barragem da Vale em Brumadinho que rompeu na sexta-feira, 25, est�o apreensivos. Hoje, por volta das 5 horas da manh�, diversos moradores foram retirados de casa, inclusive com ajuda da Pol�cia Militar, por conta dos riscos de rompimento da segunda barragem.

Os moradores questionam a necessidade da retirada, mas os que ficam questionam como v�o retomar a rotina, j� que est�o sem �gua e telefone, o acesso mais usado foi destru�do e um outro acesso, que passa pela �rea da Vale, est� fechada.

A moradora Sandra Gon�alves, de 40 anos, chegou a passar mal e foi atendida pelos socorristas e pela psic�loga Rozane Marques, que estava como volunt�ria no local. "A press�o dela foi a 16 por 10 e ela n�o tem problema de press�o. Al�m de ter sido retirada de casa, ela chorava pela prima que morreu no acidente da barragem. Era uma pessoa que dava suporte a ela e n�o est� mais aqui", contou a psic�loga.

Retirado de casa pela Pol�cia ainda de madrugada, Nelson Jos� da Silva qualificou de covardia a iniciativa e diz que pretende ficar. Ele est� com a filha, que � enfermeira da Vale, desaparecida. Reclama que a trag�dia destruiu a principal estrada de acesso � localidade, o que vai impedir as pessoas de trabalharem a partir de manh�, primeiro dia �til ap�s o desastre. Ele diz que a Vale precisa abrir o outro acesso, que passa por dentro da �rea da empresa.

(foto: Mauro Pimentel / AFP)
(foto: Mauro Pimentel / AFP)


"� covardia da Vale. N�o tem risco dessa barragem estourar e a quantidade de �gua que tem l� n�o oferece risco"

O aposentado H�lio Gon�alves Maia, de 74 anos, foi retirado de casa por volta de 5h, quando ainda estava escuro. A filha, N�bia Maia, que mora em Conselheiro Lafayete, mas foi para a C�rrego com o marido e a filha de 2 anos, para ajudar os pais. Ela usou o carro para tirar os pais e outros parentes. "A gente n�o esperava o que aconteceu, mas mesmo se a �gua subir, � um pouco dif�cil chegar l� em casa", disse.

Apesar da d�vida, a maior parte dos moradores est� acatando a determina��o. Sirlei Gon�alves da Silva, que est� com o marido, terceirizado da Vale, desaparecido, deixou pr�pria casa com duas bolsas. "Eles mandaram pegar algumas coisas e disseram que v�o levar a gente para algum lugar", disse, chorando. "N�o como h� tr�s dias", completa.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Dezenas de carros e Policiais Militares de Minas Gerais chegaram na manh� de hoje � C�rrego do Feij�o. Eles trabalham para evitar qualquer tipo de acesso �s �reas atingidas pela lama da barragem da Vale, que rompeu na sexta-feira, e para retirar moradores de suas casas, amea�adas pelo rompimento de outra barragem de �gua. De acordo com volunt�rios do local, o risco de rompimento aumentou na manh� de hoje.

Enquanto isso, os bombeiros passaram praticamente toda a manh� parados. Primeiro, eles esperavam a melhora das condi��es clim�ticas, j� que uma forte neblina atingia a regi�o. De qualquer forma, qualquer tipo de acesso por terra est� proibido. As poucas tentativas est�o sendo feitas por meio de helic�ptero.


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