postado em 28/01/2019 09:05 / atualizado em 28/01/2019 10:06
(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press - 21/12/2018)
“Isso � um genoc�dio”, disse o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) na manh� desta segunda-feira, sobre a trag�dia em Brumadinho, quando houve o rompimento da Barragem da Mina do C�rrego do Feij�o, empreendimento da Vale.
Para o prefeito, a impunidade � causa exclusiva dessa trag�dia se repetir em Minas Gerais. “Se o presidente da Vale tivesse sido preso pelo desastre de Mariana, esse desastre (Brumadinho) certamente n�o aconteceria”, disse.
“Isso que revolta, que entristece. Isso n�o � �rvore, n�o � passarinho, n�o � boi, n�o � cachorro. Eu acredito que passe de 300 o n�mero de v�timas. Isso � um genoc�dio. � um crime que, pelo menos preventivamente, essa diretoria da Vale tinha que estar na cadeia, isso n�o aconteceria nunca mais com qualquer lei que se colocar”, desabafa o prefeito.
Durante a entrevista � TV Record, Kalil disse que deixar as leis mais rigorosas n�o adianta, pois a corrup��o est� instalada no meio da minera��o. “Eles fazem o que querem, s�o bilion�rios. N�o vamos comparar com ‘empresariozinho’ de boate do interior do Rio Grande do Sul com a Vale do Rio Doce. Aquilo foi um acidente grav�ssimo, isso que estamos vendo pela segunda vez em Minas Gerais, � crime”, compara o prefeito, com a trag�dia da Boate Kiss, que deixou 242 jovens mortos em 2013.
Alexandre Kalil disse que a trag�dia de Brumadinho n�o deve ter o mesmo tratamento que em Mariana. Para ele, o presidente da Vale tamb�m n�o deveria estar reunido com governantes. “O presidente da Vale tinha que estar no lugar onde a irresponsabilidade se mata 300 pessoas. � injustific�vel, � revoltante e desanima ser brasileiro numa hora dessa”, completa.
O prefeito tamb�m registrou sua insatisfa��o com o Minist�rio P�blico, que tem investigado o aumento da tarifa do transporte p�blico em Belo Horizonte. “� hora de todos que trabalham tanto com aumento de passagem, o pr�prio Minist�rio P�blico est� preocupado que aumentou 50 centavos na passagem, pediu 104 mil documentos, pra ver se tem algum ‘vagabundo’ mexendo com isso ou qualquer coisa que o valha”.