
O promotor de Justi�a Guilherme de S� Meneghin, respons�vel h� mais de tr�s anos por dar assist�ncia �s v�timas do rompimento da barragem de Fund�o em Mariana (MG), afirmou que os respons�veis por epis�dios como o que voltou a acontecer em Brumadinho (MG) na �ltima sexta-feira, 25, devem ser punidos com "tranca". De acordo com ele, as trag�dias devem ser entendidas como crimes e n�o acidentes.
"Estes fatos n�o s�o acidentes, s�o crimes. S�o homic�dios, les�es corporais, crime ambiental. E a pena � de pris�o, � tranca como se diz no jarg�o popular", disse Meneghin em entrevista concedida � r�dio Eldorado na manh� desta segunda-feira, 28.
O promotor afirmou que este tipo de barragem deveria ter sido proibido ap�s a trag�dia de Mariana e pontuou que, do ponto de vista preventivo, nada foi feito depois do rompimento da barragem em 2015.
"A gente tem que ressaltar que o sistema processual � atrasado, n�o est� adaptado para situa��es como essas, Na minha vis�o, deveria ter um procedimento especial para apura��o desses casos", disse.
Meneghin pontuou ainda que as duas trag�dias t�m caracter�sticas parecidas e ressaltou que a experi�ncia adquirida pelos promotores no epis�dio de Mariana poder� ajudar aqueles que trabalhar�o no caso de Brumadinho.

"Uma coordena��o entre todas as autoridades � muito importante. O caso de Mariana foi in�dito e causou uma descoordena��o entre os �rg�os que estavam no caso", disse. "Os peritos que trabalharam no caso de Mariana podem ajudar muito os que v�o trabalhar no caso de Brumadinho", completou.
At� o momento, tr�s decis�es diferentes da Justi�a j� determinaram o bloqueio do montante de R$ 11 bilh�es em bens da mineradora Vale para a repara��o de danos causados �s v�timas e ao meio ambiente por conta do rompimento da barragem de Brumadinho.
Al�m disso, a empresa foi multada em R$ 250 milh�es, pelo Ibama; e em R$ 99,139 milh�es pelo Estado de Minas Gerais. Em nota, a Vale informou que j� foi intimada das decis�es judiciais e das san��es administrativas aplicadas.