
Brumadinho - O rompimento da barragem do C�rrego do Feij�o, administrada pela Vale, na �ltima sexta-feira, alterou completamente a rotina dos moradores de Brumadinho. Entre a tristeza por causa da trag�dia e das vidas perdidas e a esperan�a na busca por sobreviventes, a popula��o tenta, ainda de forma t�mida, voltar � rotina.
Esta segunda-feira, tr�s dias ap�s o rompimento da barragem, foi o primeiro dia �til ap�s a trag�dia. Desde as primeiras horas do dia, o centro comercial de Brumadinho esteve pouco movimentado, reflexo do sofrimento da popula��o com a situa��o. Poucas lojas estavam abertas. Algumas, al�m das portas fechadas, traziam o s�mbolo de luto na fachada.
Quem teve for�a para encarar o dia de trabalho ainda lamentava a trag�dia. Todo mundo perdeu algum conhecido pr�ximo. Uma comerciante, que preferiu n�o se identificar, afirmou que s� abriu a loja de roupas no centro da cidade para tentar esquecer um pouco as imagens de horror que s�o revividas pela mem�ria a todo tempo.

"Eu perdi amigos e clientes. Familiares, felizmente n�o, mas a cidade � pequena e todo mundo se conhece. Muita gente n�o abriu a loja, foram parentes perdidos. A gente entende o lado de cada um. Eu vim para a loja apenas para espairecer um pouco, tentar apagar da mente, pelo menos um pouco, tudo que aconteceu", disse.
Algumas lojas abriram apenas para limpeza. As ruas, vazias, indicaram o clima vivido em Brumadinho. O esvaziamento � reflexo das dificuldades que as pessoas est�o em andar pela cidade.
"Quem mora do outro lado de onde rompeu a barragem n�o consegue chegar aqui para trabalhar", completou a comerciante.
O �nico lugar de grande movimenta��o foi o Cemit�rio Parque das Flores, no bairro Salgado Filho. Nesta manh�, as primeiras v�timas da trag�dia come�aram a ser sepultadas.