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Estado de Minas

Abatimento a tiros, apreens�o de ONGs e sobrecarga de equipes aumentam tens�o sobre busca a animais em Brumadinho

Organiza��es n�o Governamentais tentam acesso a �reas de resgate para mapear locais de risco


postado em 29/01/2019 18:05 / atualizado em 29/01/2019 18:19

Em meio � procura por desaparecidos, uma outra preocupa��o aflige as pessoas que trabalham nas buscas p�s-rompimento da barragem em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte: encontrar animais em meio � lama. Desde a �ltima sexta-feira - data da trag�dia -, ONGs t�m encontrado dificuldades para acessar locais de resgate e auxiliar as equipes oficiais, sobrecarregadas fisicamente e psicologicamente.

“Trabalhamos por 15 dias em Mariana, no rompimento da barragem em 2015. Os animais est�o perdidos, sem acesso, sem atendimento, completamente abandonados, com fome e sede. De sexta-feira para c�, a gente n�o conseguiu fazer absolutamente nada com rela��o a adentrar os locais. Estamos aqui com uma equipe de veterin�rios, para tratamento, para resgate”, relatou ao Estado de Minas a presidente da ONG paranaense For�a Animal, Danielly Savi.

A reportagem flagrou dois bovinos na regi�o em que o Corpo de Bombeiros tenta desenterrar um �nibus desde essa segunda-feira. Enquanto um j� foi atendido e alimentado, outro segue debaixo da lama. Em outra regi�o de resgate, equipes oficiais fazem buscas por animais de pequeno porte, como cachorros e gatos.

A For�a Animal, que conta com cerca de 15 integrantes em Brumadinho, n�o � a �nica ONG atenta � causa na regi�o. Segundo a pr�pria organiza��o, estima-se que cerca de 60 pessoas, entre volunt�rios e especialistas, trabalham no local com esse intuito.

Abatimento

Outra preocupa��o das ONGs � o tratamento aos animais que est�o presos na lama. Ao jornal Estado de S. Paulo, o chefe da Defesa Civil de Minas Gerais, coronel Evandro Geraldo Borges, confirmou que deu permiss�o �s equipes para abater a tiros os que estiverem em locais cr�ticos, de dif�cil acesso.

“O que vamos fazer? Deixar o animal sofrendo? Estamos, sim, com equipe em campo executando esse trabalho, mas essa decis�o s� � tomada nos casos em que n�o h� outra op��o. N�o tem jeito. Tem animal preso, outro com perna quebrada. Temos de fazer escolhas, de retirar as pessoas, ir atr�s de sobreviventes. Tudo que est� sendo feito foi pensado. � isso”, disse.

O sacrif�cio em situa��es espec�ficas foi confirmado pela Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF). A Defesa Civil emitiu nota em que garante que o abate aleat�rio de animais n�o foi permitido. Segundo o posicionamento oficial, a eutan�sia ocorre por meio de inje��o letal. Os que forem encontrados com vida s�o levados a um s�tio nas proximidades do local. Por l�, s�o alimentados e atendidos por uma equipe de veterin�rios.

A ONG For�a Animal lamentou o abate por meio de tiros e defendeu que h� outras formas de contornar a situa��o. “N�s temos preparo para analisar o animal e, se for o caso, fazer a eutan�sia, mas n�o queremos que seja por helic�pteros a tiros. Poderia ser de outra forma. N�o que os animais pudessem ser retirados. A gente concorda que, se n�o puder, n�o vamos colocar nenhuma vida em risco. Mas a gente podia, como m�dico veterin�rio, descer l� e fazer uma eutan�sia digna para a vida do  animal”, defendeu o m�dico veterin�rio Rodrigo Gobo, que trabalha na For�a Animal em S�o Paulo.

Enquanto percorria a �rea de resgate nesta ter�a-feira, a reportagem conversou com integrantes de equipes oficiais que buscam os animais em escombros de casas e na lama. Eles refor�aram que os grupos respons�veis avaliam coletivamente a situa��o de cada animal encontrado para evitar sacrif�cios.

Enquanto n�o podem ter acesso direto �s �reas cr�ticas, as ONGs preparam a��es para alimentar e cuidar de animais que est�o nos entornos dos locais mais afetados. Entre as propostas est� a retirada de peixes de um dos locais contaminados para coloc�-los, num primeiro momento, em reservat�rios.


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