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Estado de Minas

'Crime ambiental', classifica o coordenador de comit� de bacias hidrogr�ficas em Brumadinho

Al�m das barragens da Vale, especialistas ambientais pedem atitude do Estado tamb�m com as de outras mineradoras


30/01/2019 11:33 - atualizado 30/01/2019 23:14

Ver galeria . 5 Fotos De propriedade da mineradora Vale, a barragem 1, situada na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, deixou pessoas mortas, desaparecidos e uma devastação ambientalTúlio Santos/EM/D.A Press
De propriedade da mineradora Vale, a barragem 1, situada na mina do C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, deixou pessoas mortas, desaparecidos e uma devasta��o ambiental (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press )


“Isso n�o � uma trag�dia, � um dos maiores crimes ambientais que j� tivemos”, afirmou o coordenador geral do comit� de bacias hidrogr�ficas (CBH) do Rio das Velhas, Marcus Vin�cius Polignamo, em coletiva na manh� desta quarta-feira, em Brumadinho, na Grande BH.

Membros de Comit�s de Bacias Hidrogr�ficas em visita t�cnica � cidade est�o preocupados com a possibilidade de novas trag�dias como a do rompimento da barragem de rejeitos de min�rio da Vale em C�rrego do Feij�o, na sexta-feira, e que deixou ao menos 84 mortos e centenas de desaparecidos, al�m de desabrigados.

Na fala � imprensa, al�m da Vale, o coordenador atribuiu a culpa pelo desastre ao poder pol�tico. “Queremos dizer da responsabilidade de todos: empresa, estado e poder pol�tico. Passaram tr�s anos e estamos aqui falando o mesmo do mesmo e ouvindo declara��es quase as mesmas das mesmas. � inadmiss�vel que continuemos fazendo esse tipo de pol�tica p�blica. N�o h� qualquer empreendimento econ�mico que justifique a perda de pessoas, de rio, de biodiversidade, da cultura e da esperan�a”, concluiu.

O coordenador elogiou a decis�o da mineradora de acabar com 19 barragens constru�das a montante, espalhadas por Minas Gerais, mas lamentou que a medida tenha chegado atrasada tr�s anos e voltou a condenar as escolhas das autoridades pol�ticas. “Nunca foi uma decis�o de tecnologia, sempre foi uma decis�o pol�tica e econ�mica.”

Por fim, ele pediu ao governo do estado que tamb�m tenha aten��o com as barragens que n�o s�o da Vale. “Queremos cobrar do Estado. Tem outras mineradoras que tamb�m t�m barragens a montante aqui nesse estado [MG]. Qual vai ser a atitude do estado em rela��o a esses barramentos? N�o basta ficar se justificando, n�s queremos atitude.”


Outros desastres

(foto: Paulo Galvão/EM)
(foto: Paulo Galv�o/EM)

“Primeiro prestamos solidariedade �s v�timas, que tanto sofrem. Mas temos de alertar que n�o foi s� aqui em Brumadinho que esse tipo de coisa ocorreu. Houve o rompimento de barragem em Barcarena, no Par� (em fevereiro de 2018), e tamb�m o vazamento do mineroduto que liga Minas ao Esp�rito Santo (em Santo Ant�nio do Grama, em mar�o). Precisamos dar um basta nisso”, diz o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica da Bacia do Rio S�o Francisco, Anivaldo Miranda, que defende “tirar da gaveta a Lei Nacional de Recursos H�dricos” para que novos desastres n�o ocorram.

O desastre de 2015, em Mariana, matou 19 pessoas, toneladas de peixes e deixou cerca de 392 quil�metros quadrados de �rea marinha contaminados pelos rejeitos. No caso da barragem do Fund�o, a estimativa � de que a natureza demore cerca de 100 anos para eliminar os rejeitos no oceano. 

Paraopeba

O Rio Paraopeba, um dos afluentes do S�o Francisco, foi bastante atingido pela lama da barragem da Vale, que soterrou dois c�rregos pr�ximos. Uma das preocupa��es das autoridades agora � que os rejeitos n�o cheguem ao Rio da Integra��o Nacional, pois as consequ�ncias seriam terr�veis.

“Esperamos que a empresa cumpra a promessa de instalar telas pr�ximas a Par� de Minas e tamb�m que a lama se dissolva antes de chegar � barragem de Tr�s Marias. J� estamos tranquilizando as popula��es de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, mas tamb�m atentos ao desenrolar dos fatos”, afirma Miranda.

J� Winston Caetano, o Tito, presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio Paraopeba, alerta para o risco � sa�de das pessoas o consumo de �gua nas �reas atingidas. “N�o � recomend�vel o uso nem para irriga��o”, declara.

*Estagi�rio sob supervis�o do editor Benny Cohen


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