postado em 30/01/2019 17:04 / atualizado em 30/01/2019 17:18
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Foram em clima de consterna��o e revolta as �ltimas homenagens � advogada, escritora e professora Sirlei de Brito Ribeiro, que morreu aos 48 anos, na sexta-feira (25), v�tima do rompimento da barragem de rejeitos da Vale em C�rrego do Feij�o.
Amigos, familiares e autoridades lotaram o plen�rio da C�mara Municipal de Brumadinho mesmo sem a presen�a do corpo, que do Instituto M�dico Legal (IML) de Belo Horizonte apenas passou pelo local antes de ir para o cemit�rio onde foi enterrado.
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
“A Sirlei sempre trabalhou em prol da comunidade e alertou para o risco de rompimento das barragens de rejeito de min�rio. As mineradoras, n�o s� a Vale, chegavam a dizer que ela era muito chata. Agora, n�o vai ser s� uma chata, v�o ser quatro chatos clamando por justi�a”, disse Sirlene de Brito Ribeiro, irm� da v�tima, que tamb�m era coordenadora do curso de direito da Faculdade Asa de Brumadinho e ainda secret�ria municipal de servi�o social.
Mesmo muito abalada, chegando a chorar compulsivamente, ela n�o deixou e clamar por puni��o. Afinal, segundo ela, est� claro que houve, no m�nimo, neglig�ncia da empresa, o que resultou na morte n�o s� de trabalhadores como de quem n�o tinha rela��o direta, como era o caso da irm�.
Os familiares tamb�m reclamaram da falta de informa��es nos primeiros dias depois da trag�dia. Como Sirlei n�o era funcion�ria nem prestava servi�o para a Vale, seu nome n�o constava na lista de desaparecidos, o que levou todos ao desespero.
“Tivemos de implorar por ajuda para achar o corpo. Felizmente os bombeiros foram sensacionais e nos ajudaram a encontr�-lo. Fica a dor de uma perda enorme”, explica Eliana Cristina de Brito Toscano, sobrinha da advogada.
Entre as autoridades, esteve presente no enterro o prefeito de Brumadinho, Nenem da Asa. E muitos alunos, ex-alunos, companheiros de trabalho e de profiss�o de Sirlei.