A primeira sobrevivente da trag�dia de Brumadinho a receber alta do hospital falou na manh� desta sexta-feira. O resgate de Paloma Prates, de 22 anos, repercutiu por um v�deo que mostra Claudiney Coutinho arremessando uma corda � jovem, presa na margem da dos rejeitos liberados pelo rompimento da barragem I da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho. Ap�s muito esfor�o, o homem conseguiu socorr�-la. Ap�s o resgate, Paloma ficou internada no Hospital Pronto-Socorro Jo�o XXIII. Ela perdeu o marido na trag�dia e ainda tem a irm�, de 13 anos, e o filho de apenas 1 anos e seis meses desaparecidos.
Em entrevista ao programa Mais Voc�, da Rede Globo, Paloma contou como foi o momento em que se deparou com toda a trag�dia. “Eu consigo lembrar, mas � muito ruim ficar lembrando disso, � muito triste. Eu estava em casa com meu esposo, minha irm� e meu filhinho. Na hora que eu escutei o barulho, j� n�o tinha tempo de fazer mais nada. Na hora que eu me dei por si, eu j� estava ali naquele desastre”, contou.
Paloma morava na pousada Nova Est�ncia h� quatro anos com sua fam�lia. Destru�do completamente pelo tsunami de rejeitos, o local tamb�m era onde seu marido trabalhava.
A respeito do resgate, a jovem conta que, no momento em que Claudiney chegou, ela estava muito cansada. “A lama � muito pesada, n�o estava conseguindo me movimentar. Tava com muita dor no peito e n�o conseguia respirar direito.”
Palomla ainda diz estar muito feliz por te sido resgatada e agradeceu Claudiney. “Eu queria fazer um apelo. Eu queria que voc�s mostrassem que eu estou muito feliz do Claudiney ter me ajudado, ele salvou a minha vida porque �s vezes poderia ter acontecido coisa pior”, agradeceu.
Sobre sua situa��o atual, Paloma diz estar muito machucada, com escoria��es, nariz quebrado, ossos, pr�ximos ao pulm�o e cora��o, quebrados e com muitas dores no corpo. “� muito dif�cil porque eu ainda n�o sei o que vou fazer daqui pra frente. Meu filho ainda est� desaparecido, minha irm� tamb�m e eu perdi meu esposo. Eu acho que, no momento, a �nica coisa que eu queria era a minha fam�lia do meu lado. Direito nenhum vai trazer eles de volta.
A jovem ainda criticou a mineradora Vale por, segundo ela, n�o estar prestando as devidas provid�ncias com as fam�lias das v�timas. “A mineradora n�o entrou em contato com a gente at� hoje pra perguntar o que a gente t� precisando, � muito dif�cil.”
Por fim, Paloma pede para que algu�m que saiba alguma informa��o sobre seus familiares entre em contato com ela. “Queria que se algu�m soubesse do filho e da minha irm�, que entrasse em contato com a gente, porque a Vale n�o est� deixando os hospitais identificar as pessoas que est�o l�”, concluiu.
A irm� de Paloma, de 13 anos, se chama P�mela Prates da Cunha. J� seu filho chama Heitor Prates M�ximo da Cunha e tem apenas 1 anos e seis meses.
*Estagi�rio sob supervis�o do editor Benny Cohen