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Estado de Minas

Soldador que escapou em Mariana morreu no desastre de Brumadinho

Er�dio Dias, de 32 anos, estava no refeit�rio quando foi engolido pela lama da barragem da Vale


postado em 03/02/2019 17:37 / atualizado em 04/02/2019 13:31

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 
Uma parada para o almo�o salvou a vida do soldador Eridio Dias, de 32 anos, em 2015. Ele era um dos oper�rios que trabalhavam em Mariana. Na �poca, Dias escapou da lama que desceu da barragem de Fund�o e saiu vivo da trag�dia, que deixou 19 pessoas mortas. 

O irm�o do soldador, La�rcio Dias, contou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que constantemente o soldador relatava, com muita emo��o, como escapou ileso do rompimento em Mariana. "Ele contava que saiu pra almo�ar fora do local de servi�o naquele dia e, quando voltou, a lama tinha tomado conta da parte baixa da mineradora, bem onde ele trabalhava".

Tr�s anos depois a sorte n�o foi a mesma. Dias � uma das 226 pessoas desaparecidas na trag�dia em Brumadinho. "Ele estava almo�ando no refeit�rio quando veio aquele monte de lama e levou todo mundo", contou a tia de 49 anos, Luzia Aparecida Felipe.

Muito abalada e sem sinais do sobrinho, dona Luzia diz que n�o h� muitas esperan�as de encontr�-lo com vida. "Cheguei a pensar que estava em um mato ou tivesse sido socorrido por algu�m, que estivesse em alguma casa da regi�o. Mas a ficha vem caindo com o passar dos dias", contou emocionada.

"Naquela, ele se salvou, mas, nessa, a gente acha muito dif�cil. S� Deus sabe", disse o irm�o que veio acompanhar os trabalhos de busca. Antes de chegar � Brumadinho ele passou pelo Instituto M�dico Legal (IML) de Belo Horizonte onde amostras de DNA foram colhidas. "� muita dor, um sofrimento que n�o tem fim", comentou La�rcio.

Dias � funcion�rio de uma empresa terceirizada da Vale e sempre viaja para outras �reas de minera��o. N�o tinha base fixa, segundo a fam�lia. O rapaz tem uma filha de 7 anos e estava h� cerca de 6 meses prestando servi�os em Brumadinho. "A menina pergunta todos os dias pelo pai. J� n�o sabemos mais o que dizer", comentou o irm�o do desaparecido.

Revoltada, a tia faz um apelo. "Tem que acabar com essas barragens. Esta � a segunda vez que o meu sobrinho passa por isso. Segunda vez que inocentes morrem por trabalharem em �reas onde n�o h� condi��es e nenhuma seguran�a."


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