
O Centro de S�o Sebasti�o das �guas Claras, mais conhecido como Macacos, distrito de Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, virou cen�rio para a express�o do medo e desespero de moradores e turistas que transitam pelo local. A desinforma��o mesmo entre autoridades � a t�nica, levando ang�stia para as pessoas.
Chuva aumenta transtornos em Macacos https://t.co/jtnI0oEFe5 pic.twitter.com/V30aoOqyC2
%u2014 Portal UAI (@portaluai) 17 de fevereiro de 2019
Na manh� deste domingo, o principal acesso ao distrito, pela rodovia BR-356, estava fechado, depois que a sirene soou o alarme de uma barragem da Vale pr�xima ao distrito, no s�bado � noite. As estradas mais acess�veis a Macacos s�o agora pelo condom�nio do Engenho ou por Pas�rgada.
Mas as vias at� o centro da comunidade continuavam abertas at� as 9h40 de hoje, quando a Pol�cia Militar fechou tamb�m as ruas do Centro. Agora o fluxo � apenas no sentido de quem vai deixar a comunidade, sendo proibido entrar.
�rea de risco
Janete Atan�sio, de 48 anos, chegou a passar mal, precisando ser amparada por moradores e policiais militares. "Moro bem embaixo, na �rea de risco. A noite foi um inferno. Vim para o centro para ter informa��es, mas senti fraqueza, tontura e ficou tudo preto", disse, antes de desmaiar e ser socorrida pelas pessoas e policiais militares.

Wedson da Silva Gon�alves, de 35 anos, microempres�rio, tem um bar e um estacionamento, mora em Macacos com a esposa e duas filhas, de cinco e tr�s anos.
"Hoje seria um dia de grande movimento, os dias que valem s�o os fins de semana. Mas ontem ( s�bado) foi morto e hoje tamb�m, fora a gente estar ilhado, sem resposta de quando a situa��o vai voltar ao normal. Minhas filhas passaram a noite com medo, perguntando: papai, para onde n�s vamos? Porque viram todo mundo ir embora, aquela confus�o de todo mundo fugindo com medo. Eu falava que n�o estamos em �rea de risco e que vai ficar tudo bem, mas n�o sei, fico me lembrando das imagens de Brumadinho e Mariana que n�o saem da nossa cabe�a", contou o microempres�rio.
Preju�zo

Nagib Catarino da Costa, 43 anos, subgerente h� 20 anos no Restaurante Acervo da Carne, conta que hoje seria um dia, mesmo que com chuva, com clientela garantida e estimada em torno de 250 pessoas. Entretanto, ele calculou que o movimento hoje caminha para o fracasso.
"Estou justamente no lugar de onde vem a lama, pelo Ribeir�o dos Macacos. O rio passa bem na nossa frente, se romper mata todo mundo aqui no caminho", destacou.
Micro�nibus

A Vale disponibilizou micro�nibus para evacuar as pessoas, mas os ve�culos n�o est�o conseguindo passar pelas ruas estreitas em meio ao fluxo de carros que tamb�m tenta evacuar a �rea.
Apesar do esfor�o, a iniciativa da Vale tem criado ainda mais congestionamento. Os micro�nibus t�m placas de acesso garantido por autoriza��o da Defesa Civil (Cedec-MG).