

O risco desta vez veio da Barragem B3/B4 da Mina Mar Azul, da Vale, com aproximadamente 3 milh�es de metros c�bicos de rejeitos e constru�da com estrutura a montante. Em nota, a mineradora informou que acionou o n�vel 2 do Plano de A��o de Emerg�ncia de Barragens de Minera��o (PAEBM) para a barragem B3/B4 da Mina Mar Azul. “A decis�o � uma medida preventiva e se d� ap�s a revis�o dos dados dos relat�rios de an�lise de empresas especializadas contratadas para assessorar a Vale. Cabe ressaltar que a estrutura est� inativa e essa iniciativa tem car�ter preventivo”, informou a mineradora.
O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, informou que 49 casas que estavam no plano de emerg�ncia foram evacuadas. “Sirenes foram acionadas, conforme o plano de emerg�ncia. O acionamento da sirene ocorre devido � eleva��o ao n�vel 2 de risco”, explicou.
O ponto de encontro dos moradores na noite de ontem foi o Centro Comunit�rio de Macacos, na Rua Dona Maria da Gl�ria, que fica a 200 metros da Igreja do distrito. O local ficou lotado de pessoas da regi�o e turistas, que tentavam encontrar uma rota segura para deixar Macacos. Sob forte chuva, que atingiu a cidade desde o in�cio da tarde, muitos motoristas se arriscaram em algumas vias. Turistas que estavam no distrito para curtir o fim de semana relataram correria em pousadas no momento do alerta. A estudante Fernanda Gabriela Lima de Faria, de 22 anos, estava desde a sexta-feira em Macacos e teve de deixar �s pressas o local ap�s ser informada por funcion�ria de pousada. “Estava descansando no momento. Na hora, todos apavoraram e o tr�nsito agarrou. Tinha policiais militares tentando resolver e n�o conseguiam.
Deixamos o carro e subimos para o ponto de apoio”, relatou ao EM. “Estou achando muito perigoso, meu cora��o est� disparado. � uma coisa que a gente nunca imagina pela qual passaria”, desabafou.
A dom�stica Sirlene Martins, de 37, disse que o alerta sonoro para deixar as casas informava que se tratava de um caso real de risco, refor�ando a obrigatoriedade de deixar as casas. “Algumas pessoas estava desacreditadas e acabaram voltando para suas casas. Alguns turistas, desesperados, perguntavam como voltar para BH sem ter de passar pelo trecho bloqueado pela PM”, disse. Sirlene criticou a falta de informa��o, que deixou v�rios moradores de �reas mais pobres da regi�o na chuva sem saber para onde ir. “Estamos aqui, ilhados, sem saber o que aconteceu e o que fazer”, afirmou. Muitos moradores questionaram ainda a efic�cia das sirenes, que n�o informavam para onde deveriam ir.
O comerciante Paulo Gon�alves de Melo, dono de uma distribuidora de g�s e morador h� 40 anos de Macacos, disse que depois do rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, a popula��o local come�ou a ser informada pela Vale sobre eventuais altera��es em barragens. “Agora � que eles est�o passando para a popula��o uma coisa que est�o escondendo h� muitos anos: de que existe o perigo”. Ele foi transferido de t�xi para um dos hot�is de BH reservados para os moradores. “Minha raiz est� aqui, minha fam�lia e meus amigos est�o aqui e ter de sair de uma hora para outra � triste”, desabafou.
Turistas que estavam no distrito para curtir o fim de semana relataram correria em pousadas no momento do alerta. A estudante Fernanda Gabriela Lima de Faria, de 22 anos, estava desde a sexta-feira em Macacos e teve de deixar �s pressas o local ap�s ser informada por funcion�ria de pousada. “Estava descansando no momento. Na hora, todos apavoraram e o tr�nsito agarrou. Tinha policiais militares tentando resolver e n�o conseguiam. Deixamos o carro e subimos para o ponto de apoio”, relatou ao EM. “Estou achando muito perigoso, meu cora��o est� disparado. � uma coisa que a gente nunca imagina pela qual passaria”, desabafou..
Proibi��o da ANM
Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM) vai propor uma resolu��o para acabar com todas as barragens a montante at� 2021. Atualmente, h� 84 barragens desse tipo em todo o pa�s, das quais 43 s�o classificadas como de alto dano potencial – quando o rompimento ou mau funcionamento acarreta perda de vidas humanas e danos sociais, econ�micos e ambientais. O modelo a montante era o mais comum nas d�cadas de 1970, 1980 e 1990, por ser um m�todo mais barato, reconhece a ANM. A proposta de resolu��o divulgada pela ANM prev� que as mineradoras fa�am o descomissionamento ou descaracteriza��o de suas barragens a montante at� 15 de agosto de 2021. O texto foi divulgado na sexta-feira e deve ser publicado na edi��o de amanh� do Di�rio Oficial da Uni�o
