Policiais federais cumprem, na manh� desta quarta-feira, mais de 100 mandados judiciais contra uma organiza��o criminosa que extra�a ilegalmente, h� v�rios anos, pedras de quartzito do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais. A a��o ocorre simultaneamente em Alpin�polis, Passos, Ita� de Minas, Carmo do Rio Claro, S�o Jo�o Batista do Gl�ria, Piumhi e Belo Horizonte e na cidade paulista de Batatais.
Ao todo, segundo a Pol�cia Federal (PF) s�o 160 mandados expedidos pela Justi�a Federal de Passos, sendo 77 de busca e apreens�o, 73 de pris�o (20 preventivas e 53 tempor�rias, e 10 apreens�es de caminh�es. A Justi�a tamb�m determinou a demoli��o de alojamentos clandestinos usados pelos extratores e a apreens�o de todas as m�quinas.
As investiga��es come�aram h� oito meses e revelaram que as pedras extra�das eram transportadas para v�rios dep�sitos em Capit�lio e Alpin�polis, sendo vendidas posteriormente para diversos estados.
“A fim de facilitar as investiga��es, os respons�veis pela extra��o ilegal foram divididos em grupos: Extratores; Negociadores; Vigia; Donos de Dep�sitos e Motoristas. Dentre os Extratores, alguns exerciam a fun��o de donos de bancos, que correspondem a uma pequena �rea onde o quartzito � retirado. Os Donos de Dep�sito encomendavam e adquiriam as pedras dos Extratores, diretamente ou por meio dos Negociadores, executando o beneficiamento do material para posterior comercializa��o”, detalhou a Pol�cia Federal, por meio de nota. “Os Motoristas eram respons�veis pelo transporte clandestino das pedras extra�das no PARNA, para os dep�sitos onde seriam beneficiadas. O Vigia, al�m de trabalhar como negociador, recebia um percentual para permanecer durante todo o dia em local estrat�gico no PARNA, avisando aos Extratores e Motoristas sobre qualquer a��o dos �rg�os governamentais; al�m de monitorar qualquer ve�culo que adentrava no Parque”, explicou a PF.
Al�m da representa��o � Justi�a Federal, foi apresentada uma per�cia demonstrando que houve degrada��o ambiental pela extra��o ilegal. Como a atividade era clandestina, n�o havia plano de manejo. Assim, de acordo com a Pol�cia Federal, os rejeitos eram depositados em diversas �reas do parque, at� mesmo em leitos de rios e nascentes que formam a bacia do Rio Grande. “Esses rejeitos, em �poca de chuvas, eram levados para o lago de Furnas, al�m de ficarem espalhados por diversas �reas do PARNA (Parque Nacional). Ao todo, foram identificados nove locais de extra��o, alguns com mais de dois quil�metros de extens�o”, disse a pol�cia.
A retirada das pedras era feita com explosivos e ferramentas, sendo que 85% do material era de rejeitos. Envolvidos chegaram a colocar fogo no parque para facilitar a extra��o ilegal. Todos os presos ser�o encaminhados ao pres�dio de Passos. Eles ser�o indiciados por organiza��o criminosa, extra��o ilegal de minerais e danos ambientais decorrentes.