
“O risco � m�ximo para qualquer pessoa”. Assim, a promotora de Justi�a de Nova Lima, Cl�udia Ignez, definiu a situa��o da Mina do Engenho, totalmente abandonada em Rio Acima, na Grande BH, desde que a Mundo Minera��o, respons�vel pelo empreendimento, interrompeu as atividades na represa em 2011. Em visita ontem, o Minist�rio P�blico e a Funda��o Estadual do Meio Ambiente (Feam) detectaram que a situa��o das duas represas do complexo � cr�tica, inclusive com fissuras em sua estrutura.
No local, h� uma barragem de �gua e outra com a superf�cie sedimentada. Ambas eram usadas na explora��o do ouro, que usa metais ainda mais pesados que a extra��o de min�rio de ferro, por exemplo.

A mina pertence ao grupo australiano Mundo Minerals, que abandonou o local em dezembro de 2011. Os s�cios respons�veis pelo empreendimento desapareceram desde ent�o, o que deixou at� os trabalhadores do complexo no preju�zo. Caminhonetes usadas na atividade, por exemplo, foram desmanteladas aos poucos por moradores pr�ximos, assim como demais estruturas.

De acordo com a Semad, um Termo de Coopera��o T�cnica, assinado em 2017, empenhou diversos �rg�os na elabora��o de estudos, projetos e a��es para cumprimento a uma a��o judicial movida pelo Minist�rio P�blico. Desde ent�o, o estado cumpriu as seguintes medidas: conserva��o e manuten��o de gram�neas nos maci�os das barragens; desobstru��o e limpeza das canaletas de drenagem; remo��o das obstru��es do sistema extravasor da barragem; al�m da recupera��o e manuten��o dos acessos para a barragem e cercamento e sinaliza��o do local.

Quanto � licita��o em curso para o descomissionamento das barragens, a pasta informou que o edital para as obras civis j� foi publicado, enquanto a concorr�ncia para tratamento de rejeitos deve ser lan�ada ainda neste m�s.
Ainda de acordo com a Semad, o Executivo entrou com uma a��o judicial contra a companhia australiana e obteve sucesso. Contudo, a determina��o n�o foi cumprida pela Mundo Minerals, em decorr�ncia do desaparecimento dos s�cios estrangeiros.