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Estado de Minas

'A dor n�o para', diz pai que durante 34 dias foi a Brumadinho procurar o filho; corpo foi identificado

Wilson Francelino Caetano foi a Brumadinho todos os dias desde 25 de janeiro para acompanhar as buscas do Corpo de Bombeiros. Filho dele, Luis Paulo Caetano trabalhava como mec�nico em uma empresa terceirizada da Vale. Corpo foi identificado pela IML nessa quarta-feira


postado em 28/02/2019 15:35 / atualizado em 28/02/2019 21:39

Wilson Francelino Caetano foi em Brumadinho para acompanhar as buscas pelo filho, Luiz Paulo Caetano, que trabalhava como mecânico em uma empresa terceirizada da Vale na Mina Córrego do Feijão(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Wilson Francelino Caetano foi em Brumadinho para acompanhar as buscas pelo filho, Luiz Paulo Caetano, que trabalhava como mec�nico em uma empresa terceirizada da Vale na Mina C�rrego do Feij�o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

Nos �ltimos 34 dias, Wilson Francelino Caetano percorria aproximadamente 78 quil�metros entre Nova Lima e Brumadinho, cidades da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, em um s� objetivo: encontrar o corpo do filho.  Luis Paulo Caetano trabalhava como mec�nico em uma empresa terceirizada da Vale na Mina C�rrego do Feij�o, onde uma barragem se rompeu em 25 de janeiro. Na noite dessa quarta-feira, o Instituto M�dico Legal (IML) da Pol�cia Civil conseguiu identificar o corpo do homem. O sepultamento est� marcado para aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira em Nova Lima.


Desde o dia do rompimento da barragem, que deixou 186 mortos e outros 122 desaparecidos, Wilson acompanhava de perto as buscas do Corpo de Bombeiros em meio a lama de rejeitos na esperan�a de encontrar o corpo do filho. Nessa quarta-feira, quando voltava de Brumadinho para Nova Lima, ap�s ver o trabalho dos militares, ele recebeu a not�cia de que Luis foi identificado como uma das v�timas.

“Estava voltando para casa quando recebi a not�cia do IML que tinham identificado o corpo do meu filho. Foi um certo al�vio, por enquanto. Porque a dor � a mesma, n�o para”, lamentou Wilson. “Eu estive todos os dias acompanhando as buscas na esperan�a de encontrar meu filho. Gra�as a Deus vencemos o come�o da batalha”, desabafou.

A fam�lia � moradora do Bairro Nova Sui�a, em Nova Lima. O corpo de Luis ser� enterrado entre 16h e 17h em um cemit�rio da cidade. “A gente fica triste, porque, querendo ou n�o, volta tudo de novo”, lamentou Fernanda Maria de Neiva, cunhada de Luis.

Buscas


As buscas por desaparecidos devido ao rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, da Vale, j� supera um m�s. Mais de 120 militares participam da opera��o. O n�mero de mortos foi atualizado pela Defesa Civil de Minas Gerais. J� foram identificadas 186 v�timas. Outras 122 pessoas continuam desaparecidas.

Equipes do Corpo de Bombeiros continuam as buscas em 15 frentes de trabalho. As a��es acontecem na �rea de remanso, nas proximidades do centro administrativo da mineradora e no p�tio da Sotreq. “Considerando o tempo inst�vel e desfavor�vel para uso dos drones, a opera��o segue com maior for�a nas escava��es via maquin�rio pesado”, informou a corpora��o. Ao todo, 111 militares do Corpo de Bombeiros e 13 de outros estados participam da opera��o. Eles contam com a ajuda de 62 m�quinas pesadas que fazem a escava��o e a retirada de estruturas met�licas que s�o encontradas em meio a lama.

Placas informativas est�o sendo instaladas ao longo da zona quente, �rea atingida pela lama de rejeitos em Brumadinho. O objetivo � refor�ar que ainda h� riscos na regi�o. “Lembramos que se trada de uma �rea ainda insegura, contendo materiais perigosos, tais como cilindros de g�s, transformadores, combust�veis diversos”, informou o Corpo de Bombeiros. Ao todo, est� previsto a instala��o de 200 placas ao longo do per�metro.


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