
Nos �ltimos 34 dias, Wilson Francelino Caetano percorria aproximadamente 78 quil�metros entre Nova Lima e Brumadinho, cidades da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, em um s� objetivo: encontrar o corpo do filho. Luis Paulo Caetano trabalhava como mec�nico em uma empresa terceirizada da Vale na Mina C�rrego do Feij�o, onde uma barragem se rompeu em 25 de janeiro. Na noite dessa quarta-feira, o Instituto M�dico Legal (IML) da Pol�cia Civil conseguiu identificar o corpo do homem. O sepultamento est� marcado para aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira em Nova Lima.
Desde o dia do rompimento da barragem, que deixou 186 mortos e outros 122 desaparecidos, Wilson acompanhava de perto as buscas do Corpo de Bombeiros em meio a lama de rejeitos na esperan�a de encontrar o corpo do filho. Nessa quarta-feira, quando voltava de Brumadinho para Nova Lima, ap�s ver o trabalho dos militares, ele recebeu a not�cia de que Luis foi identificado como uma das v�timas.
“Estava voltando para casa quando recebi a not�cia do IML que tinham identificado o corpo do meu filho. Foi um certo al�vio, por enquanto. Porque a dor � a mesma, n�o para”, lamentou Wilson. “Eu estive todos os dias acompanhando as buscas na esperan�a de encontrar meu filho. Gra�as a Deus vencemos o come�o da batalha”, desabafou.
A fam�lia � moradora do Bairro Nova Sui�a, em Nova Lima. O corpo de Luis ser� enterrado entre 16h e 17h em um cemit�rio da cidade. “A gente fica triste, porque, querendo ou n�o, volta tudo de novo”, lamentou Fernanda Maria de Neiva, cunhada de Luis.
Buscas
As buscas por desaparecidos devido ao rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, da Vale, j� supera um m�s. Mais de 120 militares participam da opera��o. O n�mero de mortos foi atualizado pela Defesa Civil de Minas Gerais. J� foram identificadas 186 v�timas. Outras 122 pessoas continuam desaparecidas.
Equipes do Corpo de Bombeiros continuam as buscas em 15 frentes de trabalho. As a��es acontecem na �rea de remanso, nas proximidades do centro administrativo da mineradora e no p�tio da Sotreq. “Considerando o tempo inst�vel e desfavor�vel para uso dos drones, a opera��o segue com maior for�a nas escava��es via maquin�rio pesado”, informou a corpora��o. Ao todo, 111 militares do Corpo de Bombeiros e 13 de outros estados participam da opera��o. Eles contam com a ajuda de 62 m�quinas pesadas que fazem a escava��o e a retirada de estruturas met�licas que s�o encontradas em meio a lama.
Placas informativas est�o sendo instaladas ao longo da zona quente, �rea atingida pela lama de rejeitos em Brumadinho. O objetivo � refor�ar que ainda h� riscos na regi�o. “Lembramos que se trada de uma �rea ainda insegura, contendo materiais perigosos, tais como cilindros de g�s, transformadores, combust�veis diversos”, informou o Corpo de Bombeiros. Ao todo, est� previsto a instala��o de 200 placas ao longo do per�metro.