Igualdade salarial, mesmas oportunidades profissionais, legaliza��o do aborto e o fim da viol�ncia dom�stica. Essas s�o s� algumas das pautas levantadas em bandeiras e nos gritos de centenas de mulheres que se re�nem no centro da capital mineira no fim da tarde desta sexta-feira. O ato do dia Internacional da Mulher, organizado por movimentos de mulheres, por coletivos, agrupa��es, movimentos sociais e mulheres independentes, concentrou-se pela tarde em dois pontos da capital – a Pra�a da Esta��o e a Pra�a Raul Soares. Posteriormente, seguiram at� a Pra�a Sete, onde foi lido um manifesto.
"No dia 8 de mar�o vamos tomar as ruas para dizer n�o �s pol�ticas machistas e reacion�rias deste governo que est� contra os direitos do povo e atinge principalmente �s mulheres trabalhadoras. Venha dizer n�o ao capitalismo, ao patriarcado e � viol�ncia de g�nero", convoca o grupo de mulheres pela rede social. O evento contou com 4,5 mil pessoas interessadas em participar. O protesto � pautado por cr�ticas a medidas do governo do presidente Jair Bolsonaro, como a reforma da Previd�ncia, e homenagens � vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros no ano passado. Al�m disso, palavras de ordens s�o destinadas � Vale. At� o momento, 197 mortes foram confirmadas na trag�dia de Brumadinho e 111 pessoas seguem desaparecidas.
A programa��o come�ou com o lan�amento do livro "Guaicurus - A Voz das Putas", obra coletiva, escrito por mulheres de muitas idades, todas trabalhadoras sexuais. Trata-se de uma realiza��o da Associa��o de Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) . Logo o ato contou com interven��es art�sticas de distintos grupo.
A programa��o come�ou com o lan�amento do livro "Guaicurus - A Voz das Putas", obra coletiva, escrito por mulheres de muitas idades, todas trabalhadoras sexuais. Trata-se de uma realiza��o da Associa��o de Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) . Logo o ato contou com interven��es art�sticas de distintos grupo.
O bloco Sagrada Profana foi um deles, que fez uma breve apresenta��o neste primeiro momento, com sua bateria, sopristas e performers e esteve junto com outros grupos art�sticos da cidade. O cortejo seguiu para a Pra�a Sete, no centro da capital, onde mulheres de v�rias frentes se encontraram num grande ato.
"O que me trouxe aqui hoje � a luta pelos direitos das mulheres de todas as gera��es, de todas as orienta��es sexuais. N�s queremos nossos direitos, n�s queremos viver e n�s queremos liberdade. O dia das mulheres � um dia de luta, � o dia de reconhecer os direitos que n�s j� conquistamos e de continuar lutando por tantos outros.", disse a psic�loga Louise Pinheiro, de 25 anos.
L�dia Silva, de 29, destaca a import�ncia da presen�a da mulher negra no ato. "Estamos aqui para ser resistentes, principalmente, n�s, mulheres negras. Ser mulher negra � muito mais dif�cil. N�s somos guerreiras", contou. J� Renata Barros, de 29,� banc�ria e luta contra o machismo no trabalho. "N�s falamos tanto sobre isso, mas, os homens continuam nos cargos mais altos. O tratamento continua sendo diferenciado", disse. Al�m do mais, lamenta os retrocessos quanto a legaliza��o do aborto no pa�s. A bandeira pela legaliza��o estava por todas as partes – tanto em cartazes e faixas quanto em mensagens estampadas nos corpos das mulheres.
O Brasil e Minas Gerais ostentam n�meros preocupantes. Segundo os diagn�sticos de viol�ncia dom�stica e familiar contra a mulher divulgados pela Secretaria de Estado e Seguran�a P�blica, em Minas, no ano de 2016, foram registrados 406 feminic�dios (138 consumados e 268 tentados); no ano de 2017, 459 feminic�dios (150 consumados e 309 tentados); e, em 2018, 433 feminic�dios (156 consumados e 277 tentados). Mais de 300 nomes de mulheres envolvendo casos relacionados a feminic�dio foram bordados em varal que comp�s exposi��o a c�u aberto na Pra�a Sete.
O Dia Internacional da Mulher contou com uma s�rie de manifesta��es por igualdade de g�nero em ao menos 48 pa�ses. Pelo menos 34 protestos est�o marcados para cidades brasileiras. O protesto M8 foi concretizado ap�s as greves realizadas por ativistas na Pol�nia e na Argentina, como resposta � viol�ncia social, legal, pol�tica, moral e verbal enfrentada pelas mulheres. A proposta � que elas suspendam por um dia as tarefas dom�sticas e as atividades remuneradas, se re�nam e debatam a desigualdade de g�nero.
Mais cedo, a Pol�cia Militar (PM) e a Ordem dos Advogados do Brasil-OAB-MG apresentou a popula��o de Belo Horizonte com uma apresenta��o da Banda de M�sica da corpora��o na Pra�a Sete. As policiais femininas distribu�ram flores � plateia e, junto com advogadas, panfletos sobre preven��o � viol�ncia dom�stica e garantias de direito ao p�blico feminino. Uma iniciativa da entidade de advogados da Companhia Independente de Preven��o � Viol�ncia Contra a Mulher.
Devido � manifesta��o, o tr�nsito na Avenida Afonso Pena, via que corta a Pra�a Sete, ficou congestionado.
