
A dengue assombra a popula��o mineira h� anos, mas medidas de preven��o parecem n�o surtir efeitos – ou est�o sendo negligenciadas. Prova disso � que � o resultado do Levantamento de �ndice R�pido para Aedes aegypti (Liraa), divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES/MG). O estudo mostra que 56,6% dos munic�pios est�o em situa��o de risco ou em alerta para a possibilidade de surto. Entre eles, Belo Horizonte. Enquanto isso, os efeitos se espalham em ritmo acelerado. Duas mortes foram confirmadas, sendo um morador de Betim, na regi�o metropolitana, e outro de Uberl�ndia, no Tri�ngulo. Outros 18 �bitos de febre hemorr�gica, crit�rios em que se enquadram os casos de dengue, seguem em investiga��o, sendo tr�s na capital mineira.
O levantamento de �ndice r�pido foi realizado em janeiro. O resultado mostrou preocupa��o. Dos 853 munic�pios mineiros, 803 enviaram informa��es sobre o estudo. Destes, 129 cidades tiveram �ndices maiores que 4%, o que � considerado situa��o de risco para ocorr�ncia de surto. A porcentagem indica que, de cada 100 im�veis pesquisados, em quatro foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti, que, al�m da dengue, transmite os v�rus da zika e da febre chikungunya. Em outros 354, o �ndice ficou entre 1% e 3,9%, o que indica situa��o de alerta. J� 320 munic�pios apresentaram valores at� 0,9%.
Houve aumento consider�vel em rela��o ao �ltimo levantamento, de outubro. Na ocasi�o, dos 853 munic�pios mineiros, 819 enviaram informa��es ao governo. Em 60 deles, o �ndice foi superior a 4%. Em outros 288 munic�pios, ficou entre 1% e 3,9%. Foram encontrados diferentes criadouros do Aedes aegypti, como reservat�rios de �gua em 189 cidades. J� os dep�sitos domiciliares, que tamb�m servem para os mosquito depositar suas larvas, estavam em 203 localidades, e o lixo, em 194.
Belo Horizonte est� entre as cidades em situa��o de alerta. Foram registrados 472 casos de dengue. Tr�s mortes por febre hemorr�gica est�o sendo investigadas. “N�o podemos dizer ainda se � dengue, e se a pessoa contraiu a doen�a dentro do munic�pio”, comentou o subsecret�rio municipal de Promo��o e Vigil�ncia em Sa�de de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta.
O Liraa em 2,6% indica que, de cada 100 im�veis, em quase tr�s foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti. De acordo com Pimenta, o estudo serviu para nortear as a��es no munic�pio.
“O resultado mostra uma fotografia em janeiro. Ent�o, utilizamos os dados de maneira apropriada para direcionar as a��es de rotina para aqueles locais onde o Liraa demonstrou �ndice maior”, explicou.
CONTROLE DOM�STICO Segundo o subsecret�rio, 81% dos criadouros estavam nas casas ou nos seus arredores. “Em linhas gerais, o criador mais frequente em janeiro foram os inserv�veis, que s�o potes de iogurtes, copos descart�veis, embalagens, marmitex. Depois, foi o prato de vaso de planta, seguido dos recipientes dom�sticos, que s�o os regadores que ficam no quintal com �gua, panelinha usada como bebedor de animal, entre outros”, detalhou.